Setembro – Pequena crônica revista e ampliada de Ronaldo Rodrigues (republicada em homenagem à Macapá)

Pequena crônica revista e ampliada de Ronaldo Rodrigues

Quando entrou setembro e a boa nova andou nos campos, eu cheguei aos campos do Amapá, em Macapá. A boa nova foi/é Macapá.

Depois de um turbilhão de vendavais emocionais & tais, Macapá entrou pela última janela aberta no temporal e abriu para mim mais uma etapa, mais um suspiro de resistência, mais um fôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôlego!

Meu primeiro dia em Macapá foi num primeiro de setembro. O ano era 1997 e ainda não havia para mim Gino Flex, a mais completa tradução de Macapá e de tudo o que há de intraduzível.

Respirei a brisa do rio Amazonas, Macapá entrou no meu sangue, o marabaixo abençoou e a linha do Equador assinalou meu lugar no meio do mundo. Me tornei um amaparaense. Ou um paramapaense.

Curuçá, Belém e Macapá completam o complexo anarquitetônico-suburbanístico-humano de três cidades no coração, na mente, nos atos do dia a dia.

Mais um ciclo se encerra hoje, outro começa, outros virão e se cumprirão a cada dia, a cada segundo.

Nesses 20 anos e nos muitos amigos que me deste, Macapá, ainda estou te descobrindo.

Obrigado pelo que rolou até agora, coloque mais algumas das tuas loucuras na minha vida e um pirão de açaí com tamuatá!

Valeu, tá valendo, vai valer sempre!

Citação das músicas Sol de Primavera (Beto Guedes/Ronaldo Bastos), Sampa (Caetano Veloso) e Vida Boa (Zé Miguel); e do poema Três Cidades no Coração (Francisco Weyl).

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