Estilofóbico? Fundamentalista? Não, tenho bom gosto mesmo!


Há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante, aprendi a escrever lendo, ouvindo Rock and Roll, Samba e Música Popular Brasileira. Além de gravar na memória estórias de amigos e amigos de amigos, meus personagens do cotidiano. Sou fã de muitos músicos e compositores, brasileiros e gringos. Gosto de boa música.

Sei que é politicamente errado julgar as pessoas e suas preferências. Minha mãe sempre diz que eu não respeito o gosto musical alheio. Claro que respeito, não suporto é o ecletismo banalizado, o mau gosto mesmo. 

Sempre digo que não tenho preconceito quando o assunto é música, o que tenho é conceito. Há mais ou menos três meses, por conta do meu “fundamentalismo” musical, uma colega jornalista disse que sou “estilofóbico”.  

Azar dos que formaram suas personalidades ao som de famigeradas trilhas sonoras como axé music, que embala macacos amestrados e suas coreografias; sertanejo, que cantam mais histórias de cornos do que as crônicas de Nelson Rodrigues; funk, barulhão carioca sem sentido algum, pagode, imitação pífia de samba, quase sempre com letras babacas ou tecnobrega/melody, fenômeno sonoro nortista que parece sempre a mesma música, acompanhada de teclados, claro. Todos ritmos sem conteúdo. 

Pior do que ter mau gosto, é fingir que gosta de som bacana. O famoso eclético, tão instável quanto gato em teto de zinco quente. Vão do pagode ao metal, pois adoram afirmar que gostam é de “estar na onda”.  

Aí dirão argumentos apaixonados e rasos, contra ou a favor da música e da liberdade de escolha. Não se trata de imposição e sim da minha opinião, gosto de registrar aqui de vez em quando. Sabem bom gosto? Então. Claro que aliado a minha chatice. Tenham todos uma ótima semana, sejam amigos ecléticos ou não.  

Elton Tavares
  • Eu não acreditoooooo!!! Pela primeira vez encontrei alguém que pensa exatamente como eu. Eu ODEIO quem se diz “eclético” quando pergunto sobre o gosto musical. Aliás, encontrei teu blog porque digitei no Google “Não suporto gente que se diz eclética” e fiquei muito surpresa quando li o teu texto. Parece eu falando, igualzinho, usa até as mesmas palavras. Incrível!

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