Aspectos culturais que James Bond influenciou na trajetória da franquia 007

*Da Redação

É inegável James Bond tornou-se um marco cultural. Agora, quase seis décadas após a estreia da franquia britânica nos cinemas, em “007 -Dr. No” (1962), Bond não representa somente o agente secreto mais famoso do mundo, ele também é sinônimo de autoestima e sofisticação em muitos segmentos.

Desta maneira, a grande maioria do povo britânico tem orgulho da reserva cultural que está entrelaçada junto à série James Bond. De seu clássico smoking aos carros esportivos, há alguns aspectos culturais de Bond que são costurados no tecido do personagem e da instituição que ele representa.

Representatividade de 007 para a cultura dos cassinos

No livro “Cassino Royale”, de autoria de Ian Fleming, criador da franquia 007, o autor descreve em um trecho que Bond sempre foi um jogador de cassino e que gosta do conforto que as salas de jogos oferecem.

Isso explica o porquê de tantas cenas filmadas com Bond em cassinos nas produções da franquia.

Alguns dos filmes marcantes que o agente secreto interage com cassinos:

• “007 – Dr. No” (1962);
• “007 Contra a Chantagem Atômica” (1965);
• “007 – Os Diamantes São Eternos” (1971);
• “007 Contra GoldenEye” (1995);
• “007 – Cassino Royale” (2006).

Coincidência ou não, o fato é que na grande maioria dos sites de cassino online é comum encontrar títulos temáticos de caca níquel com alguma referência a agentes secretos, tamanha é a associação cultural do personagem Bond junto ao setor.

A influência James Bond na indústria automotiva

Em praticamente 60 anos de James Bond nas telas dos cinemas, carros esportivos icônicos sempre estiveram conectados ao espião britânico de alguma forma. Sugerido por Ian Fleming, o primeiro carro de Bond nas telonas foi o clássico Sunbeam Alpine, do Grupo Rootes.

Muitos especialistas em cinema se referem à lenda Sean Connery, encarregado por interpretar o agente secreto nas seis primeiras produções da série, como um dos principais responsáveis pela forte conexão que o seu personagem criou com os automóveis esportivos na indústria cinematográfica.

O terceiro filme da franquia, “007 contra Goldfinger” (1964), marcou a primeira aparição do icônico Aston Martin DB5, que talvez seja o carro que mais se identifique com Bond. Não por acaso, o veículo que Sean Connery estrelou nos anos 1960 voltou a ser fabricado pela Aston Martin em versão comemorativa recentemente.

A montadora de carros britânica produziu 25 unidades batizadas de Aston Martin DB5 Goldfinger Continuation. O modelo, inclusive, foi utilizado na despedida de Daniel Craig como Bond em “007 – Sem Tempo para Morrer” (2021).

007 e sua relevância no contexto da moda

Do black-tie, com ternos alinhados, ao estilo mais casual para ir à praia, as vestimentas do espião britânico se tornaram parâmetro e servem como inspiração para a moda masculina há muitos anos.

Tudo começa no livro “Cassino Royale”, quando Ian Fleming menciona a clássica vestimenta de Bond, no momento em que 007 “deslizou seu paletó de smoking sobre a pesada camisa de seda de noite”.

Tanto que, no primeiro filme da série, Fleming fez questão de levar Sean Connery ao seu próprio alfaiate, Anthony Sinclair. O primeiro terno do espião britânico ficou conhecido como Conduit Cut — um terno simples, mas que se destaca pela elegância.

Segundo Lindy Hemming, figurista da franquia 007 em cinco produções, uma das coisas mais fascinantes sobre Connery na franquia foi justamente a dinâmica causada pelo figurino.

Na década de 1970, quando o ator Roger Moore assumi Bond na série, terno Conduit Cut foi dispensado para dar espaço à moda daquela época. Sendo assim, o agente britânico mais famoso dos cinemas passou a vestir roupas em tons de marrom, dando prioridade à vestimenta de estilo esportivo.

A partir dos anos 1990, quando Pierce Brosnan se tornou o novo James Bond, os smokings modernos marcaram o personagem. Durante 11 anos, a franquia manteve uma parceria com a alfaiataria italiana Brioni. A empresa vestiu o espião pela última vez em “007 – Cassino Royale” (2006), longa-metragem que marcou a estreia de Daniel Craig na pele de Bond.

Desde a produção “007 – Quantum of Solace” (2008), o figurino de James Bond recebe a assinatura da famosa etiqueta norte-americana Tom Ford, colocando em evidência a elegância do agente secreto por meio de figurinos modernos e acessórios de luxo da marca.

Curiosidade: com a recente despedida de Daniel Craig na franquia, quem será o próximo agente 007?

Desde que Daniel Craig anunciou que faria a sua última aparição como James Bond em “007 – Sem Tempo para Morrer”, muito tem se especulado na imprensa sobre quem será o próximo agente 007.

Pois bem, de acordo com Barbara Broccoli, produtora da franquia, ainda há uma definição de escolha do ator que viverá o personagem nos próximos anos da série. Brocolli declarou, em entrevista à BBC Radio 4, que a concretização do novo profissional será oficializada a partir de 2022.

Ainda segundo Broccoli, muito provavelmente o novo agente 007 continuará sendo interpretado por um artista masculino. Por enquanto, os mais cotados para viver James Bond são: Luke Evans, Idris Elba e Regé-Jean Page.

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