Em Oiapoque, governador Clécio Luís entrega nova sala para a saúde indígena do hospital estadual

Com a saúde como prioridade da gestão, o governador Clécio Luís entregou na sexta-feira, 26, a nova sala do Núcleo Estadual de Saúde Indígena (Nesi) que funciona no Hospital Estadual de Oiapoque. Mas acolhedor, o espaço ganhou uma identidade visual com grafismo dos povos Palikur, Galibi o Marworno, Karipuna e Kali’na.

A iniciativa de reestruturar o ambiente garantiu um espaço mais amplo para a atuação da equipe multiprofissional no atendimento dos pacientes indígenas. A sala faz o acolhimento hospitalar, acompanhamento do serviço social, conta com intérprete da língua materna indígena e leva assistência de enfermagem.

“Tenho muito orgulho de ter um ambiente como esse aqui, bonito e feito para recepcionar bem, para acolher bem os indígenas que não têm o hábito de frequentar o hospital. Trazê-los para o melhor conforto emocional possível é fundamental na recuperação deles e devemos esse respeito a eles”, destacou o governador.

A vice-coordenadora do Conselhos de Caciques, Renata Lod, reforçou a importância de valorizar a cultura e as crenças das comunidades indígenas para que os pacientes se sintam à vontade.

“Ter o Núcleo dentro de um hospital para a gente é muito bom. Principalmente quando somos tratados por indígenas que conhecem, inclusive o nosso lado espiritual. Porque quando a gente está doente, a gente entende também que o nosso lado espiritual está doente. Então, ter e reconhecer esse núcleo é muito importante para todos nós”, afirmou Renata.

O município de Oiapoque concentra 71% da população indígena do estado, abrigando quatro etnias. Para a coordenadora estadual de saúde indígena, Alessandra Macial, o novo ambiente proporciona um atendimento inclusivo a todos.

“Quando eles chegam aqui, encontram profissionais indígenas representando seu povo, em um espaço acolhedor, onde ele pode chegar e conversar com os caciques, ou com o familiar de forma mais reservada e tranquila. Esse não é só um espaço administrativo, ele serve também para os nossos assistentes sociais fazerem o acolhimento, para atendimento com psicólogo. Somos indígenas, mas cada povo tem uma cultura diferente”, destacou Alessandra.

O enfermeiro Rogério Santa Rosa trabalha há 20 anos com saúde indígena, e há seis anos ele atua no Hospital de Oiapoque. Ele reconhece todos os avanços que a gestão já realizou na unidade de saúde.

“O hospital progrediu muito em relação a estrutura e a equipe Nesi. E quem ganha é a população indígena. A gente fica muito grato por esse crescimento, essa evolução que foi muito importante, não só para nós como profissionais da saúde, mas para a população, que é o principal objetivo de todo o nosso trabalho”, agradeceu o enfermeiro.

Para a secretária de Saúde, Silvana Vedovelli, o espaço garante a aplicação da política nacional de atenção à saúde dos povos indígenas, orientada por suas especificidades étnicas e culturais.

“Essa é uma forma de reconhecer a importância de oferecer um acolhimento especializado, e de abraçar as etnias que dependem do serviço oferecido pelo hospital”, pontuou a gestora.

A ambientação do lugar é composta de grafismo, que representam as principais etnias da região. Ela traz os símbolos que mostram uma história cultural, um pensamento, um valor representados nos objetos e na pintura das paredes.

Texto: Jamile Moreira
Fotos: Gabriel Maciel/Sesa
Secretaria de Estado da Comunicação

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