EU QUERO É SOL! – Por Mariana Distéfano Ribeiro

Por Mariana Distéfano Ribeiro

Ei… sou apenas eu ou vocês também estão sentindo falta do sol?

Hoje até que fez um calorzinho pra secar um pouco a terra cheia de lama, mas há dias em que não passa um fiozinho sequer de raio solar entre as frestas das nuvens mal-humoradas. Tem dia que não dá nem pra tentar fritar uma formiga com uma lupa.

Às vezes me sinto num barco em alto mar com o Ragnar, o Loki e o Rollo, naquele episódio em que eles ficam à deriva, porque as nuvens estão encobrindo toda luz do dia e eles não conseguem usar a pedra do sol pra orientar navegação e indicar o rumo que estariam indo! Haha…

Desculpem, momento de tentativa de elaborar uma piada geek. Só que eu não sou muito boa nem em piada nem no universo geek!

Enfim, nesses dias chuvosos a temperatura fica mais fria, até o ar condicionado funciona melhor e às vezes nem precisa ligar, as plantas ficam bem verdinhas e a gente fica limpinho por mais tempo porque não soa tanto.

O lado bom é que a gente não frita a pele ao andar na rua, não derrete ao descer do ônibus e andar até o local de trabalho ou até a escola e não morre sufocado ao entrar no carro. Dá até pra economizar energia e água se você souber reaproveitar a água da chuva.

O que eu não gosto de toda essa água caindo do céu é que a gente lava roupa e pendura dentro de casa ou na varanda e demora uns dois dias pra secar. Aí, quando seca, sempre tem alguma peça de tecido mais pesado que fica com aquele cheirinho de roupa molhada.

Até as louças que a gente deixa em cima da pia, no escorredor, não secam direito! (Eu não uso pano de prato pra secar louça. Num tem sentido! É só deixar a louça ali, que mais cedo ou mais tarde vai escorrer tudinho!).

A grama então, nem se fala, fica toda ensopada. As ruas, ainda que asfaltadas, as que são mal planejadas e mal construídas (a maioria) sempre têm um côncavo onde a água fica empossada.

Andar a pé e não se molhar é impossível. Dá até vontade de usar aquelas capas e botas de chuva que a gente vê nos filmes… Que nem aquele figurino que o Bruce Willis usa em “Corpo Fechado”.

As ruas que são de terra então, nem se fala. Vira tudo um lamaçal terrível que, em alguns lugares, quase que não passa nem caminhonete com tração!

O carro mesmo nunca fica limpo. Lava na segunda e na quinta já está cheio de barro, ainda que não trafegue por vias sem asfalto.

E as moscas? Eca! Ainda que você deixe tudo impecavelmente limpo dentro de casa, sempre tem uma mosquinha teimosa que insiste em voar por ali só pra te irritar. E se você for meio bagunceirinho, aí é que elas tomam conta mesmo. E os pobres dos cães são os que mais sofrem com os insetos.

Pra falar a verdade, nunca pensei que fosse sentir tanta falta desse calor que faz aqui em Macapá. De sentir a pele fritando ao andar a pé, de ter que deixar as portas do carro abertas por alguns minutos pra poder entrar, de ver que nem o ar condicionado não dá conta de gelar o quarto durante o dia.

Fico pensando como sobrevivem as pessoas que moram nesses lugares do mundo onde o clima é frio e é sempre tudo taciturno, gelado, lúgubre. Dá impressão que é tão triste.

Aliás, já li em vários lugares que pessoas que moram em países tropicais, como o Brasil, têm maior probabilidade de serem felizes por causa da incidência dos raios solares.

Então a gente quer é ver o Sol fritando mesmo!

Pra dar gosto de ir tomar banho nesses balneários deliciosos que a gente tem à disposição.

Pra usar aquela sandalinha aberta e saber que não vai molhar e se arrebentar toda.

Pra tomar sol e ver a marquinha do biquíni bem delineada.

Pra ver a roupa esturricando no varal.

Pra sentar naquele botequinho bem gostoso no fim de tarde, tomar uma cervejinha bem gelada e ver o Sol se cobrindo no manto do Rio Amazonas.

Não vejo a hora de esse período de chuvas acabar. Já está na hora dar uma trégua, né não São Pedro?!

*Além de feminista com orgulho, Mariana Distéfano Ribeiro é bacharel em Direito, servidora do Ministério Público do Amapá e adora tudo e todos que carreguem consigo o brilho de uma vibe positiva.

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