Patti Smith: a lendária poetisa do rock – Por @Adnoelp

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Por Adnoel Pinheiro

Quem conhece a trajetória de patti Smith, tanto nos palcos quanto na literatura, sabe da sua real importância para o contexto de ambos. Ao longo dos seus 69 anos, a artista já nos brindou com trabalhos importantíssimos. Conhecida como “poetisa do punk” Patti se tornou proeminente exatamente quando o movimento estava fervilhando nos EUA, e ela, nos trouxe um lado mais feminista, uma abordagem mais poética e com isso se tornou uma das mulheres mais influentes do rock and roll de todos os tempos.

Filha de pai ateu e mãe testemunha de Jeová, patrícia lee Smith, nasceu em Chicago, Illinois e se tornou uma das principais influências da cena punk de nova York, muito cedo abdicou dos estudos para trabalhar numa fabrica e também teve um filho de quem abriu mão para adoção. Em 1975 lançou o álbum tão aclamado intitulado “horses”, considerado um mártir do Proto-Punk, misturando rock and roll com poesia recitada. É nesse álbum de estreia que ela destila uma das frases mais icônicas do rock “Jesus morreu pelos pecados de alguém, mas não pelos meus”. Frase imortalizada no livro “Mate-me, por Favor,” (uma história sem censura do punk) de Legs Mcneil e Gilliam McCain.

Passado o clima de estreia de Horses e o lançamento de rádio Ethiopia, Easter e Wave a cantora entra em um período de hiato. Mesmo com toda a agitação e clima conturbado na década de 70, patti Smith dividia seu tempo com a arte de escrever. Reunindo lembranças e acontecimentos de toda uma geração contra cultural a cantora teve tempo para lançar alguns livros como, “só garotos”, obra prometida a seu esposo, o fotógrafo, Robert Mapplethorpe antes do mesmo morrer de AIDS. Ainda não tive oportunidade de ler o livro, mas certamente é mais uma das coisas inesquecíveis que ficaram guardadas na década de 70 e que só podem se acessadas através de livros como este e da própria música que configurou a época, por isso a importância desses manuscritos para quem que conhecer um pouco mais da vida de quem realmente viveu em meio ao caos do desemprego, sem dinheiro, mas com disposição para produzir ou quando simplesmente seu esposo assume ser gay antes de morrer de AIDS. Acontecimentos que figuraram a vida e carreira de Patti Smith, realmente extraordinário!

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