Poema de agora: BAR COTIDIANO – Marven Junius Franklin

BAR COTIDIANO

No bar da esquina
engulo quimeras urbanas
(no cardápio
escondidinho
de esperança
a suavizar doses de fogo)


Assim mesmo
– enquanto o dia falece
detrás da basílica –
cumprimento
o senhor que passa
[de semblante sofrido
& amargura]
(presto atenção ao adejo acanhado
das borboletas amarelas
que bailam no telhado ao lado)


As horas passam
os ônibus passam em direção ao centro
& não me levam em seu trajeto cotidiano
(estou ali – sempre –
preso na sucessão dos dias)

Marven Junius Franklin

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