Poema de agora: NOTURNO – Obdias Araújo

NOTURNO

Sou um poeta
Solitário e triste.
Um vate macambuzio
Um menestrel repleno
De dor e de amargura.
No meu jardim
As flores já não cantam
E os pintassilgos
De celofane multicor
Olvidaram-me o florir.

Mas meu derradeiro poema
Ainda traz em si
A majestade sublime
Das pedras.

Obdias Araújo

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