Poema de agora: Nova lua – Luiz Jorge Ferreira

Nova lua.

O boto deflorou-se na lua.

Sentiu a vista turva.

E um enjoo de caju.

No ventre ergueu-se um caroço.

Depois do mexerico dos outros peixes.

Escondeu-se no meio do esterco, flutuante do cais.

E deu cria a um pedaço pequeno de luz.

Chamado…Luar.

Luiz Jorge Ferreira

* Do livro Cão Vadio – 1986.

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