Amanhã o hoje
Será ontem
E o poeta entoará
O óbvio ululante
Em tonalidades
Medianas.
Amanhã
Os lupanares
Abrirão até
Às treze e trinta
E todas as flâmulas
Drapejarão
A meio-pau.
Amanhã
Todo mundo
Para o pátio
Que é lua
De Sangue!
Obdias Araújo