Poema de hoje: DECEPÇÃO


DECEPÇÃO

       No caminho ao desespero,
    Na casa do POVO, ferve o caldeirão
  E o amor da educação ao mosteiro
Acaba-se no gesto do bolso e da mão.
      O silêncio quebra a monotonia,
    O amor abate-se com o acórdão,
  A mira atinge o alvo da melancolia
E a luva de película mancha a mão.
       Mancha a mão de negligência,
    De dólar na meia e cueca carregado,
  Ao POVO, desrespeito a sua inteligência.
E ao pobre, o gosto do voto amargo.
              Perda da vara de condão, só violência,
                      Mensalinho, mensalão, mesadão,  
                    Filhotismo, verba indenizatória, excelência,
                  Fraco, covarde, falso e zangão.
      Vida, morte, mãos sujas, contramão,
    Mundo, IMUNDO, comunhão,
  Negativo? Não!
Crença, consciência, com o voto, a PUNIÇÃO.

               JOÃO BARBOSA

Fonte: http://escritoresap.blogspot.com.br/

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