Reduzir, Reutilizar e Reciclar – Por Eliazar Bezerra

Foto: Eliazar Bezerra

Por Eliazar Bezerra

Muito se fala em desenvolvimento sustentável. Esse desenvolvimento não pode ser confundido com crescimento sustentável. Existe uma preocupação atual da necessidade de bom relacionamento da humanidade com os seres vivos e com o meio ambiente em que vivem. Para que um estado seja melhor e mais completo, é mister governar pensando em projetos sustentáveis para o futuro de nosso meio ambiente.

O que de fato queremos? Crescer ou desenvolver?
”Crescer é tornar-se maior e desenvolver-se é tornar-se diferente, chegar a um estado melhor e mais completo.” Assim define o escritor Herman Delay.” A temática não é nova e nem é exclusividade de determinada zona geográfica. É uma questão global que atinge todo o planeta. Temos que nos manter de olhos abertos a esses processos de mudanças.

O atual ritmo depredador que vem sendo utilizado em alguns estados brasileiros tem-se revelado muito preocupante como agente gerador da má qualidade de vida para todos nós. Existe hoje no mundo uma “grita” de pesquisadores e ambientalistas lutando por uma necessidade urgente de mudança de mentalidade mundial. Eles lutam contra aquela velha visão global de crescimento econômico e prosperidade à custa da depredação do meio ambiente. A bandeira é sensibilizar governos pela prática da sustentabilidade e conservação ambiental.

A Lei Nacional de Crimes Ambientais (9.605/98) regula relações que devem ser estabelecidas entre cidadãos e a Mãe Natureza. É uma ferramenta de cidadania para oportunizar ao Meio Ambiente o justo status constitucional com consciência coletiva sustentável do homem. A conservação e o manejo sustentável devem ser vistos como princípio universal.

O Poder Público e a população brasileira tem esse arcabouço jurídico que considera danos ambientais como crimes, prevendo severas penas tanto a pessoa física quanto a jurídica. Cabe a nós exercitá-la, dando amplo para o mundo. Antes havia apenas leis esparsas e de difícil aplicação. Hoje temos uma legislação consolidada onde as penas aplicadas têm uniformização e gradação adequada, e as infrações são claramente definidas.

Nem tudo está ao nosso alcance, porém, juntos podemos fazer a diferença. Devemos ensinar as próximas gerações a tomar atitudes construtivas contra hábitos nocivos que prejudicam o meio ambiente. Lutemos para que haja o engajamento de muitos nesse processo de construção de valores em prol da questão ambiental. Gestos diários na defesa do meio ambiente podem produzir impactos positivos no ecossistema de qualquer região com melhoria na qualidade de vida da população.

Reduzir, Reutilizar e Reciclar é contribuir para a redução da quantidade de resíduos gerados, do consumo de energia e da extração de recursos naturais. São normas ou regras simples de orientação ou de boa convivência com o meio ambiente em que vivemos. Na minha avaliação pessoal é uma necessidade vital para assumirmos uma atitude mais contribuinte diante das várias situações que enfrentamos no nosso dia a dia.

Foto: Eliazar Bezerra

Portanto, reduzir é diminuir o consumo de água, de eletricidade, de papel, de combustível. Reutilizar é observar tudo aquilo que nos é proposto como descartável, mesmo que precise de um consumo adicional de energia no processo de reciclagem. Podemos reciclar com mais efetividade através de campanhas educativas tais como a separação diferenciada do lixo orgânico: restos de vegetais, frutas, carnes, ou inorgânicos: papel, plástico, vidro, metais, etc. Essas simples tarefas podem ser realizadas por pessoas de qualquer idade e em qualquer lugar.

Entendemos que a cultura ecológica não é uma tarefa sem esforço. Ela produz resultados quando percebemos a diminuição dos níveis de poluição no solo, na água e no ar. Não enxergamos solução para a melhoria do meio ambiente sem que haja mudança em nosso estilo de vida, nossos costumes. Todo santo dia é dia de exercitar autodisciplina com amor a Mãe Natureza.
Façamos a nossa parte!

A Mãe Natureza penhoradamente agradece e estará sempre pronta a nos ajudar. Agora, Ela não vê com bons olhos os depredadores do meio ambiente e as absurdas experiências atômicas subterrâneas e aquáticas. As consequências já são conhecidas: morte da vida marinha, poluição do ar, aquecimento, maremotos, furacões, tornados, terremotos, etc. Um sinal de alerta de que temos de mudar antes que seja tarde para todos.

* Eliazar Bezerra é jornalista e articulista.

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