Sobre o que rolou no Festival de surf na pororoca do Marajó

O Festival de surf na pororoca do Marajó, que ocorreu do dia 03 a 07 de Junho, no município de Chaves, reuniu atletas e jornalistas de todo o Brasil. A organização e os atletas estão em busca de trazer o circuito de surf para o estado do Amapá novamente, que por sua vez parou de realizar os encontros após o fim da Pororoca do Araguari.

O evento teve o objetivo de desenvolver o eco turismo e a economia local, já que o evento ocorreu no mesmo período do aniversário de 268 do município de chaves, com diversas programações ao decorrer do dia, como a corrida de cavalo, corrida de búfalo, a luta marajoara e muito mais.

O evento organizado pela Abraspo, Associação Brasileira de Surf na Pororoca, teve a colaboração do Governo e a Prefeitura de Chaves, levou uma grande movimentação aos negócios locais de chaves, como bares restaurantes, lojas de roupas e artesanato.

Os organizadores Noélio Sobrinho, junto aos surfista, levam a pratica do surf ás crianças da região e em um dos dias do evento, foi levado as crianças mais experientes para também sufarem na pororoca, na parte que possui menos força, com o objetivo de incentivar essas crianças a pratica de esportes, assim como a pratica também a pratica de Skinboard, na margem do município, feito de um material de fibra e com custo de produção quase 0.

‘‘Os Auêra-Auáras e o Ritual das Águas é uma cerimônia de batismo dos novos surfistas da pororoca, momento de confraternização entre a equipe dos surfistas (tribo dos Auêra Auáras) e as pessoas das comunidades ribeirinhos e comprometimento de todos na proteção das águas do planeta. O ritual tem um significado que abrange muito mais que apenas aquele momento. Ele representa além dessa união dos povos na proteção das águas, levar a todos a nossa mensagem que está embutida no significado da palavra Auêra auára.

Palavra criada por nossa própria galera juntando a palavra wêra que em nheengatu (língua compilada pelos padres jesuítas para uso e maior entendimento dos diversos dialetos usados para comunicação entre os povos originários) Wêra = luz e Auára uma palavra de complemento fonético que já usávamos entre nós e que espelha um sentimento bom. O que resulta em : tudo de bom que tenho no coração passando pra você e vice versa! Isso é auêra auára.

Porém a expressão não se resume apenas a uma só situação de apresentação pessoal. Podemos usar essa expressão em várias situações como: bom dia!, Olá!, boa Tarde! Boa noite! Vai com Deus! Fica bem! Etc.’’ – Como explica o surfista e cacique do ritual, Marcelo Bibita

Texto e fotos: Lukas Sitta
Assessoria de comunicação

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