Eterno Retorno
Desde que acordei
Já deixei pra trás tanta coisa!
Meu sonho esquecido da noite anterior,
A beleza da lua passada,
E até um belo par de asas…
É que o tempo cria demônios
Redemoinhos e tufões
E leva embora tudo que somos – efemeridade
Para trazer, com o mover do mundo,
Novas partículas de segundo.
Por isso, adeus, adeus!
Mas é sempre até breve…
Pois na curva do arco-íris
O amor (mágica infinita)
Em si, repete.
O vento que fez a curva,
Girou a roda do universo
voltou no dobrar da esquina,
arejou certezas,
e hoje dança com as cortinas…
2 Comentários para "Poema de agora: Eterno Retorno – Jaci Rocha"
Bonito que dói!!!
Da noite veloz o sobejo do bronze entre os lençóis
A lua de mármore que cintilava madrepérola
O caminho de mãos na beleza táctil do escuro.
O tempo reino denso, pelúcia da matéria escura.
Luz comprimida, monadas sefiroticas de atributos divinos.
Os quatro signos que quedam nas faces rochosas da grande pirâmide!
Seu corpo constelação zodiacal. O sol e a lua!
Sua voz um cicio docemente sorrindo.
As cores do prima, de um espelho se abrindo…
Arco-íris entre nuvens. Nuvens toscas onde me procuro .
Agrimensor de versos, barco pequeno a deriva.
Num turbilhão de enganos.
Parabéns lindos seus poemas estou amando ler-te!