“Conhecendo o Cerrado amapaense” foi tema de palestra para alunos de ensino médio em Macapá


Alunos de ensino médio do Colégio Santa Bartolomea Capitanio, de Macapá (AP), conheceram as características do Cerrado amapaense e seu potencial para expansão da produção agrícola do Amapá, durante palestras ministradas por pesquisadores da Embrapa Amapá, na última quarta-feira, 25/10, no auditório da instituição de pesquisa. O conteúdo apresentado servirá para os estudantes organizarem materiais para uma amostra de trabalhos científicos a ser realizada em 14 de novembro deste ano, nas instalações do colégio. A professora Renata Cardoso Redig, responsável pela disciplina Redação, acompanhou a turma. Ela explicou que a escola trabalha anualmente com a valorização de pesquisas cientificas relacionadas ao tema da Campanha da Fraternidade, coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB, entidade da Igreja Católica. “Neste ano de 2017 o tema é fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida. A exposição vai falar de todos os biomas, então dividimos os alunos por grupos de biomas. Os que estiveram na Embrapa vão apresentar o bioma cerrado, explicando características dos solos, vantagens e desvantagens deste bioma para a produção agrícola na perspectiva do agronegócio, e vários outros fatores. As apresentações foram ricas em conhecimento, a Embrapa é nossa principal fonte de pesquisas neste assunto e com certeza os alunos saem com muita informação”, acrescentou a professora. Professora Elionai Lobo e orientadora educacional Keyla Vasconcelos

O chefe de transferência de tecnologias da Embrapa Amapá, Nagib Jorge Melém Junior, destacou que as apresentações na Embrapa fizeram parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2017 (SNCT), que tem o objetivo de aproximar a ciência e tecnologia da população, promovendo eventos que congregam instituições com atividades de divulgação científica em todo o país. A SNCT é realizada de 23 a 29 de outubro de 2017 com o tema “A matemática está em tudo”. Em seguida, ele ministrou a palestra intitulada “Conhecendo o Cerrado Amapaense” ressaltando como está estruturado o sistema nacional de pesquisas da Embrapa, uma empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura com atuação em todo o Brasil por meio de centros de pesquisas e parcerias com outras instituições de pesquisas e de ensino. Entre os 46 centros de pesquisas da Embrapa está a Embrapa Amapá, caracterizado como um centro ecorregional com abrangência de estudos no Amapá e Estuário Amazônico, e infraestrutura de três campos experimentais instalados em dois biomas: cerrado e floresta. “Contamos também com cinco laboratórios para pesquisas e prestação de serviços, uma biblioteca especializada com mais de 15 mil títulos disponíveis, e uma equipe de quase 100 empregados, entre pesquisadores, analistas, técnicos e assistentes”, acrescentou o pesquisador Nagib Melém. Sua palestra foi ilustrada com gráficos e imagens remetendo à diversidade de solos, clima e vegetação do estado.

O cerrado como oportunidade de desenvolvimento para o Amapá foi o tema da palestra do pesquisador Luis Wagner Rodrigues Alves, abordando desde o mapeamento das áreas disponíveis para produção de alimentos neste bioma, conceito e aplicação dos sistemas Plantio Direto e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), até a elaboração do calendário agrícola para o Estado do Amapá que indica os períodos preferenciais para plantio e colheita do arroz, feijão-caupi, milho e soja no cerrado amapaense. Luis Wagner ressaltou que a região se caracteriza, ao longo do ano, por altas temperaturas e duas estações de chuvas bem definidas: a mais longa considera o período de excedente hídrico (segunda quinzena de dezembro a julho), e a mais curta com déficit hídrico (junho a novembro). E é justamente essa singularidade que define os meses e até datas em que é mais vantajoso para o produtor plantar e colher as quatro culturas indicadas no calendário. Mostrando o calendário agrícola projetado no telão, ele explicou que o feijão-caupi, por exemplo, tem janela preferencial de plantio da segunda quinzena de maio até a primeira quinzena de junho, antes disso o risco de prejuízo é grande devido esta cultura não tolerar chuvas durante a colheita.

A Base de Dados em Pesquisa Agropecuária (BDPA) e os repositórios digitais de acesso aberto (Infoteca-e, Alice e Sabiia) também foram apresentados aos estudantes e professoras participantes da programação na Embrapa. A bibliotecária Adelina Belém informou que a BDPA permite acesso fácil e gratuito a um vasto acervo de livros, artigos de periódicos, monografias, teses, cartilhas, relatórios técnicos, folderes e folhetos. Podem ser baixados pelo link http://www.bdpa.cnptia.embrapa.br

Dulcivânia Freitas, Jornalista DRT/PB 1063-96
Núcleo de Comunicação Organizacional
Embrapa Amapá
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Macapá/AP

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