O Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio da 1º Promotoria Criminal de Santana e Núcleo de Mediação do MP-AP, participou, nesta quarta-feira (9), na sede da Promotoria, do lançamento do Projeto Restaurar. A iniciativa, realizada em parceria com a 1º Vara Criminal da comarca e Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (Cejusc), objetiva a humanização no atendimento às vítimas de roubo.
De acordo com a titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Santana, juíza Priscylla Peixoto Mendes, a ideia do projeto surgiu de um sentimento de desconforto, da falta de atenção do sistema de Justiça Criminal às vítimas, tendo em vista que o crime de roubo causa não apenas danos materiais às vítimas, mas também psicológicos e, por vezes, físicos.
Para a titular do Juizado da Infância e Juventude de Santana, juíza Larissa Noronha, o atendimento às vítimas também visa tirar o estigma de impunidade para casos de roubo, reiterando que é importante a participação das vítimas no processo judicial.
De acordo com o promotor de Justiça Anderson Batista de Souza, da 1ª Promotoria Criminal de Santana, o projeto tem essa preocupação, que é olhar com um pouco mais de atenção e de empatia para essas pessoas que passam por este tipo de violência. “Ser roubado é lamentável. Já fui uma vítima e é uma experiência muito triste, relatou o promotor.
A coordenadora do Núcleo de Mediação, Conciliação e Práticas Restaurativas (NMCPR) promotora de Justiça Sílvia Canela, destacou que o intuito é criar um canal direto à vítima, entender suas necessidades e ampliar a atuação do Ministério Público. “A finalidade é voltar o olhar para a vítima, empoderar, curar, restaurar a vítima que sofre traumas, fica ferida, fica quebrada por dentro e esse é o papel dos círculos restaurativos, é fazer com essa pessoa se sinta forte novamente”, frisou a promotora.
Na primeira etapa do projeto serão oferecidos círculos restaurativos de apoio e suporte para as vítimas de roubo de 14 ações criminais ajuizadas de janeiro a abril de 2018, com o objetivo de ajudá-las a superar o trauma vivido. Os trabalhos em círculos estão sendo coordenados pela assistente social e supervisora do Cejusc de Santana, Neide Santos.
“Primeiro nós vamos ouvir as vítimas sobre o fato, saber o que elas estão sentindo e o que elas precisam para superar esse trauma, esse medo que fica depois do crime”, explicou Neide.
SERVIÇO:
Com informações das Ascom Tjap
Fotos: Ascom Tjap
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