Poema de agora: Manhãs de Vanusa – Luiz Jorge Ferreira

Manhãs de Vanusa

Nem é Setembro para partirmos afinados em Si Bemol
…nem está o Sol, nem está Mercúrio, nem aquele burburinho por trás do Palco se faz presente.
Para onde vão os nascidos em Setembro, para onde vão as Manhãs de Setembro…
Estão na Feira, dentro de um paneiro de Mucajá?
Ou estão estão espalhadas pela Praia do Araxá.
Ou talvez no veio d’água do Pacoval.

Manhãs de Setembro, não estamos em Outubro…
Estamos em Novembro.
Porquê essa fila de dias intermináveis.
Porquê essa fila de meses intermináveis.
Porquê essa fila de coisas intermináveis.
E porquê esses intermináveis, não vão embora.
O que os faz ficar presente aqui comigo, não é comigo…comigo.
É comigo…contigo, consigo, e convosco.
Eu tenho a voz rouca, e não posso cantar mais…
Mas eu gostaria de poder cantar, do topo de um lugar bem alto para todas as paralelas que eu encontrasse.
Vanusa foi embora.
…Está bom…Tá bom…
Eu ia dizer, que não estava, mas eu tenho que dizer, que está bom.
O encontro das Paralelas…se faz no infinito.

Luiz Jorge Ferreira

*Osasco (SP) – 08.11.2020 – Não por acaso, hoje.

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