MEMÓRIAS DE UMA CAFTINA
não há mais cortinas nas janelas
não há velas nos castiçais
não há mais mulheres desnudas
nem homens ébrios, há mais.
não há mais a gargalhada
nem os convites sutis
ninguém paga mais uma rodada
as noites não são mais febris
os desejos só ardem em mim
e ninguém me visita mais
apagou-se, enfim,
a suave luz do abajur lilás
Pat Andrade
1 Comentário para "Poema de agora: MEMÓRIAS DE UMA CAFTINA – Pat Andrade"
In memória!
Chorando a saudade.
Belo!