Soneto da ilusão
Cortejo as linhas fúteis do teu corpo
Que outrora foram minhas por direito
Fuligens de um orvalho tortuoso
Migalhas desse amor que tens no peito.
Servi-me das descrenças que são tuas
Fui frio entre sóis de primavera
Deixei minhas verdades todas nuas
Tombei-me ante a dor que degenera.
E hoje lembro inócuo e reticente
O dia em que jurei não mais querer-te
O dia em que entreguei-me à solidão.
Não pude te esquecer eternamente
Por mais que eu jurei nao pertencer-te
O fiz sem perguntar meu coração.
Bruno Muniz
*Poema do livro “Cem versos putos sobre mim”.
2 Comentários para "Poema de agora: Soneto da ilusão – A poesia musicada de Bruno Muniz"
Usando palavras do Elton
P O R R E T A.
Genial, posto que o soneto é a métrica mais difícil de musicalizar.
Aí Bruno Muniz vem com esse bolero brega com linguagem moderna.
Gosto deste cara , resta-nos o tempo.