Poema de agora: Vertigem – Luiz Jorge Ferreira

Vertigem

A moeda com que pago a saudade.
São duas lágrimas salgadas… escorrendo…
e provocando arrepios na face.

A distância que tenho da saudade, é a metade de um abraço interrompido por um adeus.
A memória que tenho de Ontem, essa se esconde no Porta Retratos.
O olhar no meu que tenho do seu, esse se esconde atrás de duas grossas lentes de grau, que tornam as distâncias ansiosas por chegar.

Não consigo me distanciar da chegada do fim… renuncio recomeçar…livre dos princípios…a esculpir detalhes antigos na brisa leve que sustenta as espumas sob as luzes vindas do Mar.
O mar é em mim, salgando o que escorre na minha face…


Sou eu que me renuncio… em mim, a mim.
A alma me apazigua, mas a alma não ama.
Apenas me vê triste, e me abraça…eternamente ímã…irmã.

Luiz Jorge Ferreira

*Osasco (SP) , em 3 de março de 20201.

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