Do mister
Se não for possível
Entre excelentíssimos e excelências
Esse mundo menos grifado em negrito
E mais colorido arco-íris
A gente deixa adentrar na sala
Alguma fresta de luz do dia
E faz poesia em meio a concreto e asfalto,
Olha pro alto e colhe o azul do céu na retina…
Se não for possível
Deixar de lado tanto polimento e poeira
a gente se pinta de esperança por dentro
e guarda o melhor do sentimento
Pra desaguar no Amazonas…
Lá, onde as lavadeiras nascem
E a alma, enfim, descansa
O perfume do peito
exala aquilo que a memória ama…
E se fizer barulho demais
A gente fala de amor baixinho
E se acelerar o passo,
A gente sonha bem devagarinho
E jamais desiste de fazer e acontecer
De um jeito fraterno, leal e diferente,
Porque a gente só guarda da vida, meu bem
Aquilo que o peito sente.
Jaci Rocha