A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta, 27/05, a operação Contrapartida*, com o objetivo de apurar a conduta de um agente público no exercício de suas funções na Receita Federal do Brasil.
Cerca de dez policiais federais deram cumprimento a dois mandados de busca e apreensão na capital amapaense: um na residência do investigado e o outro em seu local de trabalho. A ação de hoje decorre de material encontrado nas investigações que culminaram na Operação Ágora, que a Polícia Federal deflagrou em 2020 no município de Oiapoque/AP. Na oportunidade, estavam sendo apuradas fraudes na reforma da praça principal daquela cidade.
As investigações evidenciaram um arranjo criminoso entre um contador e um servidor da Receita, que possibilitava o acesso privilegiado a informações restritas do órgão. A suposta influência dentro da instituição era utilizada pelo contador para beneficiar seus clientes. O agente público, por sua vez, recebia vantagens indevidas a cada novo “negócio” angariado pelo contador.
Durante as buscas, os policiais federais apreenderam R$ 3.750,00 que estavam escondidos em uma bolsa, dentro de uma gaveta do banheiro da residência do investigado. Até o momento, o trabalho policial resultou no afastamento cautelar do servidor das funções, decretado pela Justiça Federal. A Polícia Federal ainda busca reunir mais elementos para saber se outras pessoas estão envolvidas no esquema. Os crimes investigados são os de corrupção ativa e passiva, com penas que podem chegar a 12 anos de reclusão.
*Contrapartida ocorre quando se oferece uma coisa em troca de outra; no caso, fornecimento de informações privilegiadas para o ganho de vantagens indevidas.
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