Após a descoberta de 12 locais com pororocas na costa do Amapá, surfistas do mundo inteiro voltaram a despertar interesse em surfar o fenômeno natural que acontece a partir do encontro das águas de rios da Amazônia com o Oceano Atlântico.
Dessa vez, o Carioca Lucas Chumbo, atual campeão do Nazaré Tow Surfing Challenge, em fevereiro de 2022 e dezembro de 2021, e vice-campeão na categoria ‘maior onda remada’ do ‘Oscar’ das Ondas Gigantes, em 2022, chegou ao Amapá na última segunda-feira (20) para realizar um dos seus sonhos de atleta: surfar uma pororoca.
Junto dele, está o big rider e campeão Mundial Marcos Monteiro, que também veio em buscar do desafio.
Para chegar até uma das localidades onde acontece o fenômeno, Chumbo e Marcos foram até o Distrito do Bailique, região que fica distante 145 km da capital Macapá. O local é de difícil acesso e para chegar é necessário o uso de embarcações ou aeronaves, já que não possui acesso terrestre.
Para tentar pegar a onda, os atletas ficarão no Amapá até o dia 22 de março, na ‘caça’ da pororoca, que costuma acontecer apenas uma vez ao dia.
Pororoca
A pororoca é uma corrente oceânica que entra em embate com a corrente amazônica e no momento que essa pressão o ocorre, conjuntamente com as luas novas e cheias, a corrente avança uma sob a outra.
O encontro de águas que popularizou o fenômeno, do rio Araguari com o Oceano Atlântico, foi afetado e, desde 2013, essa pororoca não mais acontece. Segundo o ICMBio, a atividade pecuária, principalmente a criação de búfalos, criou valas e canais que drenaram o curso d’água.
Agora, um grupo já identificou pororocas desde o Bailique até o município de Oiapoque: na Vila Cassiporé e na Terra Indígena Uaçá.
Fonte: Globo Esporte Amapá