Processo de certificação internacional FSC de açaizais acontece em novembro nas Comunidades do Arquipélago do Bailique/AP

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Áreas de grupos comunitários produtores de açaizais do Arquipélago do Bailique/AP Foto: Luis Fernando Iozzi

O Protocolo Comunitário do Bailique, instrumento de empoderamento local e de gestão territorial e conservação da biodiversidade, dá mais alguns passos importantes para sua consolidação durante o mês de novembro.

Os trabalhos desenvolvidos pela Associação das Comunidades Tradicionais do Bailique (ACTB) com o apoio técnico da Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (OELA) e do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) propiciou, por meio de oficinas de boas práticas do Manejo dos Açaizais a capacitação técnica dos comunitários para a realização do bom manejo florestal.

A ACTB constituiu o grupo de manejadores de açaí composto por aproximadamente 100 produtores, que agora terão os planos de manejos auditados pela equipe do Instituto de Manejo e Certificação Florestal (IMAFLORA), entre 14/11 a 18/11 para o processo de certificação dos açaizais pelo padrão SLIMF para pequenos produtores da certificação FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal).

Esse processo de organização dos produtores de açaí em busca das melhorias na qualidade e quantidade da produção dos açaizais, ao acesso direto ao mercado diferenciado é parte de uma articulação maior do Protocolo Comunitário como uma estratégia de sustentabilidade a criação e manutenção da Escola Família Agroextrativista do Bailique, através da constituição de um fundo financeiro oriundo do mercado do Açaí FSC.

De acordo com o diretor executivo da OELA, Rubens Gomes, a Escola Família Agroextrativista do Bailique é o caminho que as comunidades encontraram para dar continuidade ao legado de conhecimento e infraestrutura que o Centro de Vocação Tecnológico (CVT) deixará ao iniciar o Curso Técnico em Alimentos da Agrobiodiversidade em 2017, em parceria com Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/AP), OELA, Instituto Mamirauá, ACTB, e como coordenação geral a Universidade Federal do Rio Grande (FAURG) e como coordenação local a recém criada Associação da Escola Família Agroextrativista do Bailique.

O edital do CVT, será publicado no início de novembro e as inscrições ocorrerão na ACTB que fica localizada na comunidade do Arquipélago do Bailique e a prova acontecerá dia 20/11 na sede da Escola Bosque Vila Progresso/Bailique. O curso técnico em alimentos (1200 h/a) será aplicado na modelagem da pedagogia da alternância e realizado na comunidade do Arraiol, o mesmo terá início em janeiro de 2017. Link para mais informações sobre a abertura do edital é http://www.faurg.furg.br/.

O Curso Técnico em Alimentos da Agrobiodiversidade tem como ênfase produzir superalimentos, liofilizando as polpas dos frutos nativos para a produção de super misturas como suprimentos nutricionais, algo inovador para as comunidades.

A ACTB juntamente com a OELA estão organizando a cadeia produtiva do açaí, base de insumo para um possível processamento local sustentável utilizando biotecnologia e integrando com a formação técnica da juventude local egressos do CVT, que tem como meta produzir superalimentos para a merenda escolar para fortalecimento nutricional dos alunos.

Dando sequência aos bons resultados, o Grupo de Conhecimento Tradicional da ACTB realizará nos dias 18/11 e 19/11, na comunidade do Franquinho, a III Oficina de Boas Práticas para a produção de fitoterápicos para os membros do Grupo de Trabalho do Conhecimento Tradicional (GTCT). Esta oficina terá a participação da pesquisadora do Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) Terezinha de Jesus que será acompanhada pelas lideranças comunitárias locais Guimar Sarges e Valdirene Rocha.

A meta do Conhecimento Tradicional (CT) e disseminar as boas práticas no intuito propiciar um padrão básico para a produção de fitoterápicos que possibilitara a criação da primeira farmácia da terra do Bailique. Tradicionalmente elas utilizam 136 plantas na feitura dos remédios fitoterápicos e os utilizam também na produção de cosméticos.

Tanto a decisão da plenária do 8º Encontrão de instituir a Associação da Escola Família Agroextrativsta do Bailique (EFA), abertura do processo seletivo para o Curso Técnico em Alimentos do CVT/MCTI/FURG, embrião da EFA Bailique, quanto o processo de certificação FSC dos açaizais dos produtores locais são alguns dos bons resultados concretos do Protocolo Comunitário do Bailique.Que conta com o apoio financeiro do Fundo Vale/Natura.

Rubens Gomes salienta a importância do fortalecimento das organizações sociais formadas no processo de construção do Protocolo, como a ACTB e a Associação da Escola Família do Bailique, que se destacam pelo diferencial no trabalho da organização da cadeia produtiva sustentável, a coleta padronizada dos açaís e organização dos produtores locais, o que agrega qualidade ao produto final.

Busca Rápida:

Quê?

Processo de certificação internacional FSC de açaizais acontece em novembro nas Comunidades do Arquipélago do Bailique/AP (1ª iniciativa do Planeta/Mundo)

Seleção da primeira turma do Curso Técnico em Alimentos do Centro de Vocação Tecnológica do Arquipélago do Bailique/AP

Oficina de Boas Práticas de Produção de Fitoterápicos capacitará comunidades do Arquipélago do Bailique/AP

Quem?

Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (OELA)

Quando?

De 14 a 20 de novembro

Onde?

Comunidades do Arquipélago do Bailique em Amapá

Assessoria de Comunicação
Geise Melo 92 9 8207 0016
Kézia Melo 92 9 9118 1515

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