Quilombolas do Amapá começam a ser beneficiados com internet rápida

Representante no Amapá na CONAQ-AP), Núbia Souza

Lideranças de sessenta comunidades quilombolas do Amapá estarão reunidas para o início do processo de instalação de internet através do projeto Conexão Povos da Floresta. Nesta quarta-feira, 05, a representante no Amapá da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ-AP), Núbia Souza, estará reunida com os representantes para a instrução. O projeto está beneficiando povos tradicionais da Amazônia Legal, afim de facilitar o acesso à internet rápida para mais de 5 mil comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas até 2025.

O projeto é coordenado pela CONAQ, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Legal (COIAB) e Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), responsáveis pela articulação de recursos de entidades filantrópicas do Brasil e exterior, e execução. O objetivo do projeto é que, com o acesso à internet, os moradores tenham mais facilidades aos serviços de telemedicina, educação à distância, incentivo ao empreendedorismo digital, e ajudem no combate ao desmatamento e queimadas e na preservação da ancestralidade. Tasso Azevedo, do MapBiomas está à frente do projeto em nível regional, e José Galiza, da CONAQ, na coordenação no Amapá.

“Com a internet nestas comunidades, os moradores poderão fazer consultas online, e os que estiverem estudando têm mais esta opção para aumentar o conhecimento. Além do mais vamos combater as fake news com agilidade e eficiência, visto que este foi o principal fator que contribuiu para que as campanhas anti-vacina se espalhassem rapidamente. Outra vantagem é que vamos poder disseminar e fortalecer nossa cultura com mais elementos virtuais e ainda fazer denúncias de crimes ambientais”, pontua Núbia Souza.

Para fazer parte das comunidades beneficiadas foi necessário estar dentro de critérios, entre eles, nível de isolamento, dificuldade de conexão, baixa renda per capita e energia tradicional. No Amapá serão liberados 150 acessos por comunidade beneficiada, com prioridade para educação, saúde, negócios virtuais e meio ambiente. As comunidades priorizadas receberão os equipamentos necessários e em contrapartida serão os responsáveis pela construção da estrutura física para atender o projeto. Galiza informa que, neste primeiro momento, as comunidades com energia serão os primeiros, e as demais, quando receberem o kit de energia solar.

A reunião de instrução será às 16h, no Centro de Cultura Negra do Amapá Raimunda Ramos (CCNA). No dia 15 de julho será feita a entrega dos equipamentos para instalação.

Mariléia Maciel
Assessoria de comunicação

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