Randolfe cobra reparação urgente e diligência em área contaminada no Rio Amapari

Na quinta-feira (16), o senador Randolfe Rodrigues (REDE) pautou e cobrou providências urgentes sobre o caso de contaminação por cianeto nos igarapés da região do Rio Amapari, no município de Pedra Branca do Amapari, região central do estado do Amapá.

O parlamentar informou em discurso no plenário do Senado Federal que peticionou ao Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal apuração rigorosa para que se chegue aos responsáveis pela presença da substância na região. Randolfe também encaminhou para a Comissão de Meio Ambiente do Senado pedido para que se opere uma diligência até o local da contaminação.

“É urgente a reparação dos danos ao meio ambiente e, sobretudo, às comunidades ribeirinhas do município de Pedra Branca do Amapari”, cobrou o senador.

Mortandade de peixes

Desde o mês de novembro, moradores ribeirinhos de regiões de igarapés ligados ao Rio Amapari, na região do município de Pedra Branca do Amapari, no Amapá, têm denunciado o aparecimento de enorme quantidade de peixes mortos e animais silvestres por razões aparentemente inexplicáveis.

A magnitude do evento foi tamanha que já foram contabilizadas, segundo pescadores e ribeirinhos, mais de 2 (duas) toneladas de peixes e animais mortos da região, causando enorme impacto social e humanitário a moradores de Pedra Branca do Amapari, dependentes dos igarapés para o abastecimento de água e subsistência alimentar.

Laboratório confirma contaminação por cianeto

A desconfiança dos ribeirinhos dos igarapés Xivete e Silvestre, de que seria cianeto o provável causador da mortandade de animais na região, foi confirmada por um laboratório de Belo Horizonte (MG).

A Fundação Ezequiel Dias (Funed), um instituto de pesquisas e tecnologia, atestou a presença do composto químico nas amostras de água coletadas do Igarapé do Areia, onde os moradores apontavam como sendo o caminho da morte de peixes e pequenos mamíferos, passando para outros igarapés e chegando ao Rio Amapari

O Igarapé do Areia tem sua cabeceira coincidindo com as instalações da mineradora canadense Mina Tucano. À imprensa local, a empresa informou utilizar o cianeto no seu processo de extração do ouro, mas negou qualquer tipo de acidente ou vazamento em sua operação.

“Tem sido uma triste chaga, de nossa região amazônica, a ocorrência de crimes ambientais e os responsáveis pelos crimes reiteradas vezes ficam impunes. Essa prática, que nós conhecemos no Amapá, não pode continuar”, criticou Randolfe em seu pronunciamento.

Texto: Júlio Miragaia
Fotos: Agência Senado

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