“Vamos lá, fazer o que será” – Por Randolfe Rodrigues – senador da República pelo Amapá

Por Randolfe Rodrigues – senador da República pelo Amapá

No primeiro domingo de outubro do ano passado 264.789 amapaenses, pela segunda vez, me conduziram para a maior tarefa da minha vida, ser seu representante na casa da federação brasileira, desta feita com 46,26% dos votos válidos, a maior da história de nossa terra e proporcionalmente a maior do Brasil dentre aqueles que concorreram ao senado.

Tal consagração não será gozo para vaidade pessoal. Aprendi com os ensinamentos do próprio povo e com os meus pais e ancestrais, o valor indissolúvel e permanente da humildade. Encaro este desafio, mais uma vez como missão, e missão não se pede. Aceita-se, para cumprir com sacrifício e não proveito.

A democracia e a justiça social conformam a face mais bela, generosa e providencial do desenvolvimento, aquela que olha para os despossuídos, os subsalariados, os desempregados, os ocupados em ínfimo ganha-pão ocasional e incerto, enfim, para a imensa maioria dos que precisam para sobreviver, em lugar da escassa minoria dos que têm para esbanjar!

Desenvolvimento sem democracia e justiça social não tem esse nome. É crescimento ou inchação, é empilhamento de coisas e valores, é estocagem de serviços, utilidades e divisas, estranha ao homem e seus problemas.

Não há democracia e nem justiça social quando quase metade dos amapaenses vivem abaixo da linha da pobreza, quando 80.000 amapaenses, irmãos nossos, não têm emprego, quando apresentamos a maior taxa de mortalidade infantil do Brasil.

A irresponsabilidade fiscal do governo, com inchaço de 62 órgãos em nível de primeiro escalão, desleixo com a gestão do dinheiro público culminando em um déficit de aproximadamente 1,5 bilhões de reais em 2018, inviabilizando a promoção do desenvolvimento no Amapá.

Para alcançarmos a verdadeira democracia, reitero a proposta que no primeiro mandato apresentei, independente de partidos e lideranças, urge construirmos um Pacto pelo Desenvolvimento do Amapá. Reafirmo cada um dos compromissos firmados com os Amapaenses, nas reuniões, comícios e eventos da campanha.

1) Avançaremos para consolidar a Zona Franca Verde, já conquistada em nosso primeiro mandato, como principal mecanismo de mudança da nossa matriz econômica;
2) Foram as emendas desta atual bancada federal responsáveis pelas principais obras geradoras de emprego que estão em curso hoje no Amapá: O Aeroporto Internacional, o Hospital Universitário e o Hospital de Amor. Defenderei para o próximo período na bancada como prioridades dos próximos anos a integração total do nosso eixo rodoviário com a conclusão do trecho norte e sul da BR 156, assim como a pavimentação da perimetral norte até Serra do Navio;
3) As duas emendas constitucionais de transposição de servidores e cidadãos amapaenses para o quadro da União foi a maior conquista desde a promulgação do texto de 1988 que elevou o Amapá a condição de Estado. Defenderei a transposição contra todas as ameaças que a ela se levantarem, como um direito de um dos poucos cantos desta enorme geografia, que é Brasil, porque lutou para integrar o território nacional;
4) Apoiarei os cortes nos gastos perdulários ou ineficientes do orçamento do executivo estadual e no repasse aos poderes para investimento direto nos serviços públicos e na inclusão social; e
5) Lutarei pela renegociação das dívidas geradas ou herdadas pelo governo reeleito com a imediata a retomada das obras paradas, com o respectivo incremento do emprego e renda através da construção civil.

Continuarei defendendo com convicção as prerrogativas do funcionamento do Ministério Público, em especial a mais destacada que resultou no desbaratamento de quadrilhas do dinheiro público no último período, a sua prerrogativa de investigar, com a mesma ênfase combater a corrupção é combater privilégios descabidos presentes em todos os poderes da esfera pública.

As eleições de 2018 varreram no Brasil todo a política tradicional, assim como o modelo de ser “governo” incondicionalmente e ser “oposição” intransigentemente. A estátua dos Estadistas não é forjada pelo varejo da rotina ou pela fisiologia do cotidiano.

Não é somente para entrar no céu que a porta é estreita, conforme previne o evangelista São Mateus, no Capítulo XXIII, versículo 24. Por igual, é angustiosa a porta do dever e do bem, quando deles depende a redenção de um povo. Espero sinceramente que o Presidente Jair Bolsonaro e o Governador Waldez Góes a transponham.

A oposição dará as próximas administrações a mais alta, leal e eficiente das colaborações: a crítica e a fiscalização. A oposição oferece aos governos o único caminho que conduz a verdade: a controvérsia, o diálogo, o debate, a independência para dizer SIM ao bem e coragem para dizer NÃO ao mal, em uma palavra o que já proclamamos: a democracia.

Somos poeira finita deste universo denominado Cosmos, designados pelos nossos semelhantes através da melhor invenção que a humanidade ergueu nos últimos séculos: o regime democrático. Consagrados pela força do voto popular reafirmo minha fé infinita na capacidade humana de fazer o bem, na força da Vida a ser preservada de todas as formas. Mais uma vez o povo me delegou uma missão. Assim como antes proclamo: a cumprirei com Amor, Dedicação e sobretudo sem MEDO.

  • Dignidade, seu nome é Randolfe Rodrigues. Apesar do caos em que o Brasil está entrando, saber que existe um senador desse nível, nos dá ânimo para acreditar que existe um Sol brilhando no horizonte.

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