Por Luiz Felype Santos
Divulgar empreendimentos amapaenses e incentivar o comércio local. Para a população conhecer os produtos fabricados no Estado, o Governo do Amapá promoveu a Feira de Negócios e Inovação do Selo Amapá. O evento iniciou na sexta-feira (9) e seguiu até hoje (11), no Complexo Turístico da Beira Rio. Durante três dias, mais de 350 mercadorias foram expostas em 50 estandes.
Os gêneros incluem feijão, arroz, açúcar, café, farinha de tapioca, chocolate, sorvete, pescado, artesanato, madeireiras, materiais de construção, entre outros. Todos os artigos recebem o Selo Amapá: uma certificação do Governo que atesta a originalidade dos itens. “A ideia dessa feira é que a população conheça o que é fabricado na localidade, para que possa dar preferência a consumir esses produtos, pois, dessa forma, vai gerar mais emprego e renda”, ressalta o diretor-presidente da Agência Amapá, Joselito Abrantes.
A autenticação permite reconhecer local, nacional e internacionalmente os bens fabricados na região. A novidade para 2022 foi a parceria da Feira de Negócios e Inovação com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que, durante o evento, cedeu uma carreta para realização do curso de panificação para o público presente. A ideia foi capacitar a população para produzir bolos e massas com ingredientes conhecidos do dia-a-dia da sociedade.
“Temos produções derivadas do processo de inovação. Ensinei aos alunos como fazer biscoito com biomassa de banana, e farinha de castanha do Pará. Fizemos geleias de açaí e de abacaxi com pimentão amarelo. Queremos mostrar ao público que é possível adotar e incorporar novos ingredientes com produtos regionalizados. A intenção é despertar a criatividade do aluno para que aprenda a se desenvolver e, quem sabe, se tornar um bom empreendedor para apresentar essa novidade nas próximas feiras”, conclui o professor do Senai, Francisco Oliveira.
Marciana Dias exibiu ao público utensílios de cozinha fabricados a mão, como panelas, xícaras e pratos. A artesã explicou a importância de divulgá-los ao povo amapaense. “Serve para dar mais atenção e valor ao nosso artesanato. Fico muito feliz e satisfeita por esse momento”.
Já Rômulo Pereira, que representou a empresa Rem Tijolo Eco, destacou o diferencial da fabricação dos tijolos: utilizar resíduos de areia, aterro e, ainda, caroços de açaí triturados.
Ele enfatizou que o método alternativo “não agride o meio ambiente”. “Serve para conscientizar as pessoas a usarem ferramentas sustentáveis, pois, além do nosso tijolo ser econômico, não agride o meio ambiente e não precisa de forno para preparação. É uma secagem natural que não emite gás carbono. Além disso, reduzimos o consumo de água. Em um processo para fabricação de 1.000 tijolos, gastamos apenas 10 litros de água”, explica.
“Praticamente todos os alimentos que chegam à mesa do consumidor, é produzido no Amapá. A importância do evento é despertar a população para conhecer essa produção local, alcançar e incentivar os produtos. É uma forma de valorizar as empresas, fazer novos investimentos, empregar mais pessoas e, consequentemente, a arrecadação do Estado vai aumentar”, diz Joselito Abrantes.