Um ano após o apagão que afetou 90% do Amapá, o senador Randolfe Rodrigues (REDE) reuniu na manhã desta quarta-feira (3), na sede da Justiça Federal no Amapá, com o juiz federal dr. João Bosco Costa Soares para tratar da crise energética que segue afetando o estado.
Na reunião, foram tratados três temas sobre a questão energética: sobre a construção de uma nova subestação no estado que capte e distribua energia no Amapá, sobre a relação com a empresa Equatorial Energia, que passará a administrar os serviços do setor no estado e sobre os processos de indenização e reparação às vítimas do apagão.
O Dr. João Bosco informou ao senador Randolfe Rodrigues que, como resultado da ação popular de autoria do parlamentar, foi elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética, órgão ligado ao Ministério das Minas e Energia, uma solução técnica para que o Amapá tenha um sistema autônomo de fornecimento e distribuição de energia elétrica. Trata-se da construção de uma nova subestação no estado, com previsão de funcionamento até 2025.
“Nós temos um ano da ação proposta pelo senador Randolfe e felizmente já temos um estudo técnico feito pela EPE que pontuou a possibilidade e necessidade de uma nova subestação, que capte energia no próprio Amapá e que seja distribuída sem risco de tanta intercorrência como é trazer energia de Tucuruí“, destacou o juiz João Bosco.
Já o senador Randolfe destacou a necessidade do estado distribuir internamente parte da energia produzida pelas hidrelétricas que aqui desenvolvem atividades.
“Temos pelo menos quatro hidrelétricas no Amapá, essas usinas que produzem energia não geram energia para o Amapá. O produzido por essas hidrelétricas é produzido para fora do estado“, criticou.
Sobre a nova empresa que irá administrar o setor energético no estado, a Equatorial Energia, o senador informou que reunirá ainda nesta quarta-feira com representantes da empresa para saber sobre os investimentos para modernização do sistema no Amapá.
Randolfe tratou ainda sobre os processos de indenização e reparação aos amapaenses vítimas do apagão e sobre a realização de audiências nos próximos dias.
“O mais trágico é que o apagão foi resultado de uma série de negligências e que ainda hoje não tivemos reparação. Agradeço ao dr. João Bosco por ter dado celeridade à nossa ação popular, que está ajudando a pressionar o Ministério das Minas e Energia. Vamos seguir buscando todas as formas possíveis por uma solução definitiva, para que não mais se repita, e para que seja feita justiça a quem tanto sofreu nos mais de 20 dias de apagão“, concluiu.
Serviço:
Texto: Júlio Miragaia
Fotos: Kallebe Amil
Assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues.