Por Darth J. Vader
Descobri o que me fazia tão infeliz quando escrevia os poemas, em minha adolescência, e o porquê destes serem tão melancólicos. Eu já havia aceitado que era lésbica e já sabia, de antemão, quão iria sofrer se abrisse a boca.
Descobri o que me fazia tão infeliz quando escrevia os poemas, em minha adolescência, e o porquê destes serem tão melancólicos. Eu já havia aceitado que era lésbica e já sabia, de antemão, quão iria sofrer se abrisse a boca.
Um dia, porém, isso teve que acontecer, e o foi exatamente como o esperado: brigas diárias, preconceitos escarrados, indiretas fulminantes e a rotina de humilhações. Não me matei porque já tinha minha filha, mas confesso: tentei ainda uma vez depois que ela nasceu.
A covardia me deu a oportunidade de continuar. Ainda sim, preferia ficar só. Eu sofri e sofro com estas humilhações até hoje. Por isso, raramente me assumo no trabalho onde estou, mal falo com minha família, tenho horror a festas familiares e nojo de certas reuniões hipócritas que eles, graças a Deus, pararam de insistir a minha presença.
O importante agora é que, apesar da mágoa ainda pulsante, há pessoas que me amam por quem eu sou. São poucas, mas não tem problema. Quase cheguei ao estágio de não me importar completamente com aqueles que deveriam me amar, dizendo que se importam, mas eu ainda desconfio ser de verdade…#Prontofalei