Doutor Eurico, ame ou odeie mas respeite – Por Marcelo Guido – @Guidohardcore

Por Marcelo Guido

“A mão do Eurico”, documentário que estreou na Globo play conta causos aventuras e desventuras de um dos maiores vascaínos que já pisaram na terra. Truculento, bonachão, bravateiro, competente, amado por muitos e odiado por vários, serie documental que estreitou no ultimo dia 13, conta parte da vida de Eurico Ângelo Miranda, para muito o Dr. Eurico.

No Vasco desde os anos 70, como diretor de patrimônio, leal a suas convicções e antes de tudo sempre em prol a favor dos interesses do Vasco. Vasco e Eurico eram umas simbioses comuns, simplesmente um representava o outro.

Durante os anos 80, sua linhagem começa a dar o ar de voz dentro da colina histórica, seu primeiro grande feito, a volta do craque Roberto Dinamite, que depois de um período apagado na Espanha, mais diretamente no Barcelona volta para o Brasil, para o Vasco e arrebenta um Corinthians de Sócrates em um Maracanã lotado.

Os bastidores de tal epopeia de volta do craque, coloca uma possível contratação pelo rival, aliais um pré contrato já assinado e rasgado pelas mãos de Eurico, enquanto a possibilidade do maior ídolo vascaíno ir parar na Gávea , para ele era algo impensável.

Inventou com bravatas e provocações, o “clássico dos milhões”, Vasco x Flamengo, ou vice versa era só um clássico local, onde não se tinha nenhuma expressão nacional e hoje em dia discutimos, paramos o Brasil para assistir, sem duvidas esse mais um grande legado dele.

De uma figura ríspida, com um indefectível charuto nas mãos, tratava o Vasco como seu reino. Isso prejudicou muito o time, de certo. Durante muito tempo o Vasco foi um espécie de vilão do futebol nacional, mas isso não apaga os infindáveis esquadrões que o mesmo montou e fez a alegria de muitos, inclusive esse que escreve.

Eurico é antes de tudo uma figura acima do bem e do mal, que pelo Vasco desafiou de governadores de estado, senadores e ate o maior traficante de drogas do mundo na época . Ganhou muito, perdeu outro bocado, mas sem duvida alguma deixou um legado de amor para com uma instituição centenária . No qual ajudou a levantar muitas vezes. Dentre seus erros e acertos o saldo é positivo.

O Vasco que Eurico sonhou, era imbatível dentro e fora de campo, e quem não quer isso para seu time. Quem olha o futebol com amor, sem duvidas queria uma figura dessas do seu lado.

De invasões de campo, a chapéu no maior rival para retirada de um craque, da invenção da Copa do Brasil ao desafio de peitar o maior conglomerado de comunicações da América Latina. De sua maior conquista, de ser o primeiro Presidente Brasileiro nato da historia do Clube de Regatas Vasco da Gama.

Eurico partiu no dia 12 de março de 2019. Em seu leito de morte disse “Ninguém amou mais o Vasco que eu”.

E agora de certo, ao lado de muitos grandes vascaínos que já se foram, entoa como sempre entoou o “CASACA”.

E como já disse Fidel, a história também o absolverá .

Vale a pena conferir a serie. 

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