Por John Pacheco
Os registros violentos de roubos em Macapá motivaram o estudante do curso de análise de sistemas Danillo Nobre, de 25 anos, a desenvolver um game para smartphone que reúne cenários considerados “perigosos” na capital, onde o jogador tem que “eliminar” o assaltante e evitar o crime.
O aplicativo “Me Rouba Logo”, ainda está em análise na Play Store, mas o arquivo para instalação foi disponibilizado na página pessoal de Danilo no Facebook. O estudante disse ter tido elogios positivos por parte de amigos que instalaram, e diz que em nenhum momento incita a violência ao colocar o jogador para “acertar” o criminoso.
Para jogar, é necessário atirar nos assaltantes que aparecem na tela, que tem como fundo, dependendo da fase, locais considerados perigosos pelo estudante em Macapá, como a Fortaleza de São José, a orla do rio Amazonas, o Conjunto Habitacional Mucajá e a região conhecida como Caesinha, no bairro Perpétuo Socorro.
O assaltante “representado” no jogo foi retirado de uma foto viralizada na internet no fim de setembro, que mostrava um adolescente sendo abordado por um homem armado na orla da capital em plena luz do dia.
“Como Macapá está perigosa e esse assalto eu fiquei inconformado pela maneira como terminou, já que era um trabalho da faculdade, resolvi adicionar um pouco da nossa realidade e pontos turísticos onde têm assaltos”, contou Danillo, que diz estar “melhorando” o jogo, incluindo novos cenários que ele preferiu não revelar.
Índice de crimes
Assaltos como o representado no jogo aumentaram no Centro de Macapá nos seis primeiros meses de 2017. Números da Polícia Militar (PM) mostram que de janeiro a junho os roubos subiram de 250 para 298. Bairros como conjunto São José (+24), Novo Horizonte (+22) e Zerão (+20) também tiveram mais casos que o mesmo período do ano passado.
Foto de assalto na orla
O caso que repercutiu na web e que motivou a elaboração do game aconteceu em 17 de setembro no Parque do Forte. Dias depois, o homem flagrado com a arma se apresentou à delegacia e confessou o crime. Ele disse ter sido reconhecido pelos vizinhos do bairro onde mora.
Mesmo confessando o crime, ele foi liberado porque não havia mandado de prisão contra ele e não havia flagrante. Um inquérito foi aberto.
Fonte: G1 Amapá