Lideranças ou coadjuvantes – Por Ricardo Iraguany

Por Ricardo Iraguany

Não, não começa do nada, pois pelo menos você tem que ter o desejo de ser um político, as vezes começa pelo movimento sindical, movimento popular e muitas vezes pela força do dinheiro, mas quando você não é dono do capital financeiro, você começa agregando pessoas, pessoas que pensam como você ou que tem ideias semelhantes. Aí você vai fazendo pequenas reuniões em casa de amigos, parentes, militantes da sua sigla partidária e admiradores da sua postura política. Assim você irá construindo o seu capital político para se lançar como candidato a uma das esferas de poder. Seja municipal, estadual, ou federal, para o parlamento ou executivo, as vezes consegue se eleger na primeira candidatura, as vezes não, mas uma coisa é certa, o candidato que não desiste de se candidatar a vida pública um dia vai se eleger, pois ele vai compreendendo os meandros da política, os acordos, as formas de financiamento entre outros arcabouços que permeiam esse campo de poder.

De alguma forma em algum momento de sua trajetória de tentativas como candidato, se não desistir acaba se elegendo em algum pleito eleitoral e a depender da sua postura, retórica e construção da sua imagem política se cacifa para outras empreitadas de conquista de poder. Vereador, prefeito, deputado estadual, governador, deputado federal, senador e quiçá as vezes até presidente da República, não necessariamente nessa ordem.

O fato é que o caminho é longo e infelizmente quanto mais poder, mais bajuladores, com a ascensão ao poder político, muitos dos primeiros apoiadores, simpatizantes e militantes vão sendo deixados de lado ou como se diz no futebol, vão sendo deixados de escanteio, não pela falta de competência técnica ou política, sendo que muitas das vezes as pessoas que são indicadas por esse político para compor seu mandatos e gestões, não são nomeados pela competência e sim porque são exímios bajuladores ou por força de algum financiador de campanha. O fato é que em momentos de crise política ou institucional, aquelas lideranças que foram abandonadas a beira do caminho. São lembradas e as vezes por um breve momento é exaltada como referência da luta pela melhoria da qualidade de vida da nossa sociedade, mas assim que passam as turbulências, essas lideranças caem de novo no esquecimento, sem nenhuma comenda, honraria ou tem seu nome gravado em alguma placa de rua, escola ou algum órgão público, sendo meros Coadjuvantes diante da história que ajudaram a construir.

*Ricardo Iraguany é Professor de artes, Bacharel em Direito e pós graduado em Docência do ensino superior
Contato: [email protected]

 

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