MP-AP e Sebrae traçam agenda comum para tratar de projetos de sustentabilidade

O objetivo é fazer com que as pessoas convivam em harmonia com a natureza e tirem dela o proveito necessário para sua sobrevivência. Foi este o motivo da reunião entre o Ministério Público do Amapá (MP-AP) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Amapá (Sebrae/AP), onde definiram na última quinta-feira (14), uma agenda comum a respeito do assunto. A procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei, e o promotor de justiça do Meio Ambiente de Macapá, Marcelo Moreira, estiveram com o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Iraçu Colares, o superintendente Waldeir Santos, e diretores Marciane Santos e Marcell Harb, para um diálogo com Nager Amui, representante do Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS).

Nager Amui veio ao Amapá participar do Seminário Sustentabilidade – Negócios Inovadores e de Impacto, programação da Semana Global do Empreendedorismo, e abriu espaço na agenda para reunir com os representantes do MP-AP e Sebrae/AP para trocarem informações e experiências sobre projetos de sustentabilidade. O CSS está instalado em Cuiabá (MT) e é referência mundial quando o assunto é prática sustentável. O Centro é o maior exemplo de empreendimento em que as instalações foram projetadas para o consumo responsável, aliando a manutenção ambiental e ao convívio equilibrado entre natureza e pessoas.

A concepção arquitetônica, o conceito de reaproveitar material reciclável, aproveitamento do que a natureza disponibiliza, como a energia solar, a luminosidade e a chuva, fazem parte do cotidiano do CSS, que funciona como um laboratório e escola de sustentabilidade aberta para pequenos empreendedores e gestores que queiram adaptar seus espaços físicos para ambientes de negócios e gestão ecologicamente corretos e rentáveis. Nager Amui apresentou como funciona o Centro e as vantagens para o meio ambiente, projetos, economia e pessoas, ao aderir ao conceito.

Ivana Cei fez um relato sobre as experiências do MP-AP, através da Promotoria de Meio Ambiente, como a emblemática luta para transformar a antiga lixeira em aterro sanitário, e os esforços para que os demais municípios façam a adequação e se enquadrem no Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Porém, a PGJ reconheceu a carência de uma política eficiente para que a cadeia de coleta de resíduos funcione.

“Quando a lixeira virou aterro, colocamos uma fábrica de vassouras para os catadores, mas a falta de qualificação resultou na incompreensão de sua importância, vieram os conflitos e a fábrica parou. Por isso, o Sebrae é importante para a organização da cadeia, nós não temos esta expertise em qualificação”, pontuou.

O promotor Marcelo Moreira explanou sobre o projeto Colorindo o Futuro – Baixada Pará, que tem como fundamentação a preservação e uso consciente do meio ambiente, e da experiência vivida no laboratório a céu aberto escolhido para o piloto do projeto.

Nager Amui destacou a importância destas iniciativas e se colocou à disposição para auxiliar na construção de projetos, e ressaltou que o site do CSS tem muitas informações. A diretora Marciane Santos disse que existe a proposta de construção de um CSS no Amapá, enquanto que o superintendente Waldeir Santos explanou sobre as inovações implantadas no Sebrae/AP para a prática da sustentabilidade.

No final da reunião foi acertada a construção de uma agenda de compromissos para dar andamento aos diálogos sobre projetos e práticas sustentáveis. Foi discutida a proposta de levar um grupo de profissionais e gestores para conhecer o Centro Sebrae de Sustentabilidade, sua estrutura concebida com conceitos ambientais, que garante o aproveitamento máximo de energia natural, água da chuva, reciclagem, diminuição do uso de plástico, medidas que impactam na redução de custos, melhoria da qualidade de vida, e preservação do planeta e da humanidade.

Para a PGJ, quanto mais pessoas e empreendimentos aderirem às propostas de substituir as velhas práticas, melhor para todos. “Conhecer os objetivos do CSS causa uma reviravolta nos conceitos, e esta mudança tem que acontecer nos pequenos negócios, mas também em instituições como o MP-AP e Sebrae, e na nossa própria casa. Estamos satisfeitos em saber que existe um centro no Brasil que é referência mundial e que está de portas abertas para disseminar estes conhecimentos e técnicas”, manifestou Ivana Cei.

SERVIÇO:

Mariléia Maciel – Assessora Operacional – CAOP/AMB
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amapá
Contato: (96) 3198-1616
E-mail: [email protected]

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