O primeiro E.T ao chegar no planeta Terra – Texto Ficcional sobre estranhas visitas e outros casos – Por Luiz Jorge Ferreira

Por Luiz Jorge Ferreira

Desceu no Pacoval.
Antes sobrevoou a Fortaleza, sentiu o odor dos peixes no Mercado Central e imaginou que algum dos seus tinha sido morto…
Sobrevoou o Curiaú e ao passar por sobre Mazagão veio a lembrança que há coisa de 300 Equinócios atrás tinha visto uma cavalgada por esse posicionamento registrado na tela brilhante a sua frente, uma coincidência dessa longitude…latitude atual com a que ficou registrada no visor da Impulsiver nome com que chamava sua Nave…
Esses nativos do Planeta Azul não sobrevivem 300 Equinócios, o que eles chamam anos. Nenhum deles daquele tempo está lá embaixo.
De noite após deixar a Nave em uma dobra invisível do tempo, foi a um restaurante e ficou observando os clientes e ao ver um deles sair do local se auto copiou dele e entrou…não havia necessidade dele se alimentar havia tomado uma super absorção de oxigênio irradiado na linha imantada, que os nativos chamavam de Equador…
Mas já com a cópia implantada do terráqueo que sairá…entrou calmamente e sentou como todos ali faziam… De outra vez ali estivera e absorverá um vinho escuro ao qual os nativos adicionavam um pó branco que chamavam t a p i o c a.

Curiaú Macapá – AP – Foto: Floriano Lima

Ele gostou mais do vinho, era difícil ele manipular a imagem quântica e afasta-la da sua pele semimetalica para flutuar as partículas até seu orifício processador de substâncias alimentares solidas.
Não tocou nessa substância, porém repetiu o vinho…apontando com o dedo…pois falar açaí saia nasalado, o que chamava a atenção dos ao redor…
Seu avisador neutronico vibrou em seu pulso para avisar que depois de oitenta pulsabidades se estraçaria a carapaça com a qual contruira a forma humana do copiado cliente. Tratou de absorver o líquido com rapidez…

E se esforçou a correr quando notou que apêndices deslocadas das suas mãos punham expostas suas armações metálicas liquidas, coloridas de lilás…
Saiu correndo até o prédio do antigo hotel que carregava o ônus do abandono, e destruição, pelo poder público.
Eu estava urinando escondido depois de tomar algumas geladíssimas cervejas no restaurante um pouco adiante…quando me deparei com um barulho de uma chaleira expelindo o produto de sua fervura…olho assustado e deparo com minha cópia se esfacelando em fragmentos fosforescentes que foram ao chão e gaseificaram imediatamente, flutuando minha cara…
Corri muito e bastante…

Anos depois soube que um ser extra terrestre havia visitado o mundo…
E havia indícios que estivera em Macapá e frequentará locais públicos clonando um dos humanos ali presentes, para não ser identificado…
Eu li e ouvi as reportagens a respeito…mas nada comentei…
Quem ia acreditar que acontecera comigo…ainda mais em mim…que sempre bebo muito, e costumo sair para ir urinar nos lugares mais ermos…eu heim!

Mas o dente postiço que foi clonado com a obturação lilalizada,e sendo amalgama metalizado se impregnou da cor lilás…eu recolhi do chão e mandei colocar em um pingente e uso, ela nunca deixou de disparar a sinalizador da presença de metal nas portas dos bancos…
Guardo como amuleto…
Quem sabe um dia o devolva…

Seja bem vindo.

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