Poema de agora: Mulheres de Manejo – Bruno Cavalcante

Mulheres de Manejo

Seu nome pode ter vários significados,
Rimar com a floresta ou campos devastados,
No coração da mata nasce a diferença,
Na sua chegada, à beira do Rio Arimum,
Nascia, não apenas mais um.
Era UMA, aquela presença essencial,
Sua história é contada como Margarida Florestal,
A correnteza leva seu nome de batismo,
E traz o caminho do extrativismo.
Aqui nesse território tem árvore forte,
Não se teme a morte, afinal, somos do norte,
O pobre, não é lamento, chamamos de empoderamento,
A floresta ferida, chama: Margarida, sentida de desmatamento.
Por lá, fazemos o manejo, seja homem ou mulher, sem distinção,
Mas e a luta?
É contínua, pela emancipação,
Impedindo a chegada do ladrão, cresce a consciência da população.
Cresce o desejo de acontecer, sem pretensão,
Como mulher, realizar sem ser vitrine,
Apenas o respeito, e que o homem não discrimine.
O desenvolvimento daqui pode ser melhorado,
Sem que ninguém seja humilhado,
Mas digo a vocês, aproveito este ensejo,
As coisas melhoram quando se tem mulher de manejo.

Bruno Cavalcante

  • Maravilhoso Bruno !! Margarida é uma mulher incrível, um símbolo da potência feminina na Amazônia. Quantas “margaridas” ainda nos são invisíveis, com todo seu conhecimento, protagonismo e prática do tão sonhado desenvolvimento sustentável com foco na redução de desigualdades como condição para todos os demais pilares da sustentabilidade. Viva Margarida !

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