Por Ugor Feio
Morador do município de Oiapoque, no Amapá, o “Poeta da fronteira”, como é conhecido Marven Junius Franklin, de 50 anos, recebeu o prêmio “Destaque da Literatura do Extremo Norte” durante o 35° Baile dos Artistas, em Belém, no Pará.
O escritor recebeu a homenagem no dia 28 de fevereiro, por sua obra “Oiapoque in Blues”, inspirada na vivência dele no município, localizado a 590 quilômetros de Macapá.
Para o poeta, a premiação é um passo importante para a literatura amapaense, que reconhece o trabalho realizado ao longo dos 15 anos morando na cidade que faz fronteira com a Guiana Francesa. Ele foi um dos 60 escritores homenageados durante a solenidade, sendo o único representante do Amapá.
“Meu trabalho é conhecido como literatura de fronteira e reflete muito sobre o que já vivi. Nasci no estado do Pará, mas meus textos falam da minha experiência no Amapá. Esse reconhecimento é gratificante”, disse o poeta.
A dificuldade de acesso ao Oiapoque e a grande preservação da mata são as principais inspirações de Marven. Ele conta que a obra dele “retrata a materialização das fronteiras real e imaginária, que se concretiza aos olhos do leitor através da poesia”.
“Tanto se fala dos defeitos do Oiapoque e da dificuldade em morar lá. Têm coisas boas também. Meus textos são produzidos em cima dessa solidão vivida nas regiões de fronteira, especialmente a angústia em meio à mata e seu clima nebuloso”, explica.
O escritor já conta com premiações como o 3° Prêmio Henrique José de Souza de Literatura, Concurso Literário de Presidente Prudente, Concurso Nacional Novos Poetas e Concurso de Poesias da Academia de Letras, Artes e Ciências Brasil de Mariana (MG), entre outros.
Fonte: G1 Amapá