Crônica porreta de Marcelo Guido
Torcer pro Vasco é receber o batismo da Cruz de Cristo e ver o vermelho do sangue se confundir com o vermelho de malta. É uma tradição herdada de pai para filho, a fim de unir raças e povos em prol da vitória.
É ter um título nobre de ser Vascaíno e estar do lado do Chico Anysio, Chacrinha e de muitos outros seres relevantes que fizeram e fazem a história.
Ser Vascaíno é antes de tudo ser um lutador, mas nunca desleal, é olhar os problemas com afinco e saber que as bênçãos de São Januário estarão a seu lado por todo sempre.
É ter uma bomba no pé tal qual Dinamite, é ter a segurança de Barbosa e a frieza de Galvão.
Um orgulho inexplicável de viver dentro de uma grande família, que lota estádios por onde passa, é saber que nem a fantástica língua portuguesa não criou um adjetivo para cunhar a torcida do Vasco.
Torcer pro Vasco é não se curvar as dificuldades e cair e saber levantar.
É lembrar os feitos fantásticos do Expresso da Vitória, é ter a genialidade de Romário e a raça de Edmundo.
É nascer sabendo que vai ter que superar os desafios impostos pelos ditos poderosos e responder historicamente a quem tenta reduzir os seus.
O Vascaíno celebra com orgulho os feitos já conquistados e tem a esperança de saber que o melhor ainda está por vir, pois já nasceu gigante. Por isso, vitorias, taças e títulos são sempre guardados na memória como serão aguardados sempre de peito aberto.
Ter construído a própria casa, ter agregado os pobres, pretos e operários, sabendo ser mais que ninguém mais povo que elite.
É incomodar a todos, com sua classe e sagacidade para se superar é ter o nome do heroico português cravado na alma e saber que um conquistador dentro da terra e do mar.
É ter orgulho de sempre está do lado certo da história, e saber que ela continua sendo escrita e que o Vasco nunca vai acabar, pois enquanto bater um coração infantil o Vasco será imortal.
O Vascaíno enfim é um ser coberto de glórias e luz que tem como objetivo as conquistas, sabendo que a sua imensa família é bem feliz, e que sua estrela estará lá sempre a brilhar.
Texto dedicado aos meus pais que me fizeram Vasco, ao meu filho que já nasceu com a cruz no peito e a minha mulher que me reparte igualmente com o Gigante da Colina.
*Marcelo Guido é Jornalista, pai da Lanna e do Bento e maridão da Bia, além de vascaíno.
1 Comentário para "Torcer pro Vasco – Crônica porreta de Marcelo Guido"
Lindo texto filho, emocionante mesmo seu amor pelo Vasco e lindo❤️