Visita a Pompadour – Texto poético de Luiz Jorge Ferreira.

É verdade…de vez em quando o passado nos visita.
Eu puxo a cadeira descolorida por tantos que nela sentaram e digo fique a vontade
…sei que trás noticias minhas de Ontem coisa que esqueci ou nunca mais lembrei…tens um perfume que não me é estranho, e um cacoete de passar repetida vezes as mãos no cabelo que me lembra alguém…
baixinho cantas Vinícius e Jobim para me emocionar e consegues


Derramo o sal com que ia temperar o alimento…nos meus tormentos que se assustaram com o som que cantas.
Há tempos que não escutava essa Peça do Bach’s….uma das mais suaves…e eu dizia …Sabá…
A intimidade adquirida na amizade feita nos Cabarés Franceses quando de suas apresentações no Theatro Liceu…permitia.
Sabá…você acertou no alvo …criando Mademoselle Dubois e tocando essa peça linda….do Mozart…Pour Elise…
Vá degustar seu Absinto em paz…


Enquanto corto com minha tesoura de pontas tortas a ponta da unha encravada do dedão do pé direito, que me impede de rodopiar como gostaria… Mademoselle Ava Gardner, sorridente e extremamente decotada na Moldura dependurada no Cabaré da Senhora Shuerdapacovack.
…oferece- me chá.

Texto poético de Luiz Jorge Ferreira.

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