MUNHOZ E A ARTE – Por Fernando Canto

Fernando Canto e o professor Munhoz – Última foto de velhos amigos

Prezados amigos, é um pouco difícil falar sobre o professor Munhoz neste momento doloroso de sua partida definitiva, sua última viagem. Ele deixará um vazio enorme na cultura amapaense, não só pela sua atuação no sacrossanto trabalho no magistério, mas sobretudo pelo homem que foi: um paladino das letras e das artes plásticas, que formou milhares de pessoas e que acreditava num mundo mais justo e melhor para todos.

Era um crítico ferrenho e um professor austero. Um cidadão justo, um católico intransigente .

Mas também era uma pessoa alegre, sempre disposta a ouvir os causos contados pelos amigos.

Mesmo não tendo sido seu aluno, aprendi muito com ele sobre História da Arte, matéria que falava com profundeza, arrematando estilos, escolas e artistas consagrados com a experiência de quem visitou centenas de museus em dezenas de países.

Fomos membros do Conselho Territorial de Cultura e nas últimas semanas estávamos reestruturando a Academia Amapaense de Letras, juntamente com seus ex-alunos Paulo Guerra, Manoel Bispo, Nilson Montoril e Antônio Carlos Farias.

Essa lacuna nunca será preenchida, pois Munhoz era ímpar no seu metier como crítico e intelectual das artes no nosso Estado.

Agora ele só precisa de preces e do nosso verdadeiro reconhecimento como insigne mestre que foi e um amigo mais velho que não parava de ensinar e de dignificar o que fazia.

Macapá, 23 de maio de 2017
Fernando Canto

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