20 anos sem Cássia Eller – #RockNacional #CássiaEller

Há exatos 20 anos, morreu a cantora, compositora e instrumentista Cássia Rejane Eller. Ela tinha 39 anos e partiu no auge de sua carreira, em razão de um infarto do miocárdio repentino. Foi levantada a hipótese de overdose de drogas, já que ela era usuária de cocaína. A suspeita foi considerada inicialmente como causa da morte, porém foi descartada pelos laudos periciais do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro, após autópsia.

Cássia Eller era extremamente talentosa, tinha uma voz poderosa, sempre teve uma presença de palco intensa, e muita atitude. Assumia a preferência por álbuns gravados ao vivo e era convidada constantemente para participações especiais e interpretações sob encomenda, singulares, personalizadas e lindas.

Caracterizada pela voz grave e pelo ecletismo musical, interpretou canções de grandes compositores do rock brasileiro. Ela teve uma trajetória musical bastante importante, embora curta, com algo em torno de dez álbuns próprios gravados no decorrer de doze anos de carreira. De fato, somente em 1989 sua carreira decolou.

Outra característica importante é o fato de ela ter assumido uma postura de intérprete declarada, tendo composto apenas três das canções que gravou: “Lullaby” (parceria com Márcio Faraco) em seu primeiro disco, Cássia Eller, de 1990 (LP com 60.000 cópias vendidas, sobretudo em razão do sucesso da faixa “Por enquanto” de Renato Russo); “Eles” (dela com Luiz Pinheiro e Tavinho Fialho) e “O Marginal” (dela com Hermelino Neder, Luiz Pinheiro e Zé Marcos), no segundo disco, O Marginal (1992).

A parceria com o cantor e compositor Nando Reis rendeu várias composições do artista para Cássia. Entre elas, Relicário e All Star.

Era homossexual assumida e morava com a parceira Maria Eugênia Vieira Martins, com a qual criava o filho Francisco (chamado carinhosamente de Chicão). Ela teve seu filho com o baixista Tavinho Fialho. Ele morreu em um acidente automobilístico meses antes do nascimento de Francisco. Maria ficou responsável pela criação do filho de Cássia após a morte de sua companheira.

Cássia Eller estava grávida em 1994 e ganhou um presente do amigo Renato Russo, a música “1º de Julho”. Na canção, o compositor descreve bem a artista. Saquem:

Em vários pontos do Rio de Janeiro, fez-se um minuto de silêncio durante a comemoração da passagem do ano em memória de Cássia Eller. Vários artistas também prestaram homenagem à cantora em seus shows, na virada do ano.

Cássia Eller foi uma força da natureza. Um furacão ou um raio. Ela era PHoda demais. Foi talentosa, visceral e tinha personalidade. Suas canções (interpretações) embalaram muitas noites de bate papo com amigos, regadas com muita, muita cerveja. Seu acústico, que vendeu mais de 900 mil cópias, é um discaço até hoje. Que a fera, bicho e mulher seja sempre lembrada com carinho e homenagens.

Elton Tavares, com informações do Wikipédia, UOL, BIS e Rolling Stones.

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