Joãozinho Gomes gira a roda da vida. Feliz aniversário, amigo poeta!

Enrico Di Miceli, Fernando Canto, eu e João Gomes – Foto: Clícia Di Miceli

Gosto de parabenizar amigos em seus natalícios, pois declarações públicas de amor, amizade e carinho são importantes pra mim. Além disso, o Amapá precisa preservar, reconhecer e homenagear seus grandes nomes em todas as áreas de atuação. Esse texto, além de ser uma felicitação, é um momento de reconhecimento, pois Joãozinho Gomes gira a roda da vida pela 64ª vez neste vigésimo dia de outubro.  Não à toda, na mesma data em que é celebrado o Dia Nacional do Poeta, pois o cara é brilhante em poetizar a vida.

Escritor, compositor e um dos maiores poetas da Amazônia, Joãozinho Gomes tem seu talento reconhecido e respeitado em todo o Brasil. Sempre o admirei, mas tive a honra de bater papo algumas vezes com esse nobre artista. Durante essa trajetória, compôs, cantou e gravou com o Grupo Senzalas (com Zé Miguel e Amadeu Cavalcante), Val Milhomem, Patrícia Bastos e Enrico Di Miceli. Isso para citar só alguns.

Joãozinho Gomes é natural de Belém e mudou-se para o Amapá em 1991. Aqui, botou pra quebrar e juntamente com outros renomados monstros criativos e talentosos, revolucionou a cena musical amapaense. Se tornou um artista premiado na música e na literatura. É um cara que orgulha esse estado no meio do mundo, nosso lugar no planeta.

Em 24 de dezembro de 1991 às 22:30m eu pisei em solo amapaense e meus pés incontrolavelmente enraizaram-se neste solo de modo tão profundo à serem hoje raízes impossíveis de serem arrancadas, extraídas, removidas. Não custei a entender as aspirações telúricas deste chão sagrado que de maneira paterna e acolhedora abrigara os meus pés em seu ventre de mata e rio com a intenção de que eu a ele pertencesse de forma efetiva, afetiva, perenal. Vi com clareza à linha do horizonte a grafia das águas e das folhas textualizando a minha vida dali para diante, li os meus desígnios e, compreendi a lírica missão entregue à minha arte. Queria este solo gentil, generoso e belo, que eu me juntasse aos seus filhos-pássaros e os ajudasse no ofício de cantarem a sua história rica, única, bela. Era tempo de criar”, relatou o poeta há alguns anos, quando recebeu o título de Cidadão Amapaense.

Joãozinho é um gênio sem pavulagem. Um cara de bom trato, fala mansa, conversa firmeza e um homem do bem. Com uma contribuição incalculável para a Cultura do Amapá, ele é um ícone poético tucuju, nortista e nacional. Ao mestre da Poesia, minha homenagem e agradecimento pelo conjunto da obra.

Joãozinho Gomes, amigo, que seu novo ciclo seja ainda mais produtivo, harmonioso e rentável. Que tua vida seja longa, por pelo menos mais 64 quentes outubros amazônicos. Que tenhas sempre saúde e ainda mais sucesso junto aos seus amores. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

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