Bons tempos do “Pai Véio e Pai D’Égua” – Crônica de Elton Tavares (Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”) – Republicada por hoje ser o Dia Mundial do Rádio

Ilustração de Ronaldo Rony.

Quando eu era moleque, na Macapá dos anos 80, ia para a escola com meus pais ou na Kombi do “Seu Raimundo”, ao som do programa de rádio “Pai Véio e Pai D’Égua”. O radiofônico contava com os radialistas Osmar Melo, o “Pai Véio”, e Hermínio Gurgel, como “Pai D’Égua”.

O programa tinha um formado diferenciado para a época. Consistia em informação misturada com humor. Os dois apresentadores interagiam de forma espirituosa e irreverente. Eles foram pioneiros do rádio moderno no Amapá, utilizando o improviso com muito equilíbrio.

“Herminio Gurgel, o Pai D’Égua, apresentava o programa ‘Alvorada Sertaneja’, de segunda a sexta-feira, através da Rádio Difusora de Macapá, emissora que já havia contado com seu concurso antes da instalação da televisão em Macapá.

A dupla formada por ele e pelo Osmar Melo fazia a alegria de muitos e causava raiva aos adversários políticos do então governador Annibal Barcellos. Hermínio Gurgel comandava o programa e Osmar Melo fazia as reportagens. Ambos já faleceram, mas deixaram muita saudade” – professor Nilson Montoril.

Foto: Blog Porta Retrato

Não conheci pessoalmente Hermínio Gurgel, falecido em 1994. Já Osmar Melo, que partiu em 2007, era amigo do meu pai, Zé Penha, e do meu tio, Itacimar Simões.

Todos eles já viraram saudades.

E como eram bons aqueles tempos.

É como diz o poeta: “Haja hoje para tanto ontem”.

*Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, de minha autoria, lançado em novembro de 2021.

**Republicado hoje por ser Dia Mundial do Rádio.

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