A primeira vez que fui a uma Aldeia Indígena

                                                                         Eu na aldeia indígena Aramirã -Foto: Adryany Magalhães.

Eu nunca tinha ido a uma aldeia indígena, mas morria de curiosidade. Eis que surgiu a oportunidade no início desta semana. Na última segunda-feira (19), fui a Aldeia Aramirã, da etnia Waiãpi, que fica cerca de 93 km do município de Pedra Branca do Amapari, no centro-oeste do Estado do Amapá, quase 2:30h de carro da capital Macapá.
A experiência foi melhor do que eu pensava. Os índios foram gentis. Fizeram apresentações de dança e falaram sobre seus anseios, sua identidade e Cultura.
Que o nosso país é uma mistureba de raças, todos estamos cansados de saber. Mas certamente a indígena é a mais presente na miscigenação do povo da Amazônia.
Quando eu era mais novo e ignorante, tinha um certo preconceito com índios. Fui emprenhado pelos ouvidos, pois desde moleque ouvia que eles eram preguiçosos. Como dizia o sábio Renato Russo: gente que “fala demais por não ter nada a dizer”.
                                                          Trampando – Foto: Marcus Vinícius

 
Graças a Deus, com um pouco de leitura, deixando de lado tais pontos de vista idiotas, me toquei. Hoje vejo os índios com outros olhos e respeito seu modo de vida e peculiaridades. Afinal, eles lutam pela conservação de sua identidade e isso é nobreza.
A influência indígena na Cultura nortista é forte demais. Conhecimentos acumulados através dos séculos. São Remédios caseiros, como a Andiroba, nosso poderoso antiflamatório e mais uma porrada de ervas benéficas para o tratamento de doenças.
Sem falar nas comidas típicas como maniçoba, tacacá, farinha de mandioca, açaí entre tantos outros elementos que compõem nossos costumes e tradições.
Então, queridos leitores que possuem algum tipo de sentimento escrôto em relação aos indígenas, são os verdadeiros donos do Brasil, como racismos e preconceitos, é melhor aprenderem a respeitar a raça e valorizar sua Cultura, pois ela é fortíssima em nossas tradições, costumes e culinária .  Pensem nisso!
Elton Tavares

Forrock paidégua!!

                                                                                                Por Elton Tavares
                                                    Biroska lotado. Festa perfeita – Foto: Camila Karina
Eu costumo ser nostálgico. Parece que as coisas mais bacanas já rolaram e tals. Mas quanto o assunto é Rock no Amapá, as coisas parecem mesmo estar mudando para melhor. Além de vários festivais na agenda anual, vira e mexe, alguém promove uma festa bacana.

Foi o caso de ontem (24), rolou o “Forrock na Vila”, na casa de shows Biroska, que diga-se de passagem é um espaço muito legal. Quando cheguei, lá pelas 23:30h, peguei o finalzinho da apresentação da banda Degrau Norte. Também assisti a boa performance da Beatle George, apesar de eu não gostar do vocalista (pois o moleque é metido a rockstar pra cassete), eles mandaram muito bem, principalmente quando tocaram The Doors.

Ainda falando da apresentação da Beatle George, eles simplesmente atrapalharam a apresentação das outras bandas, como a stereovitrola, pois estouraram o tempo estabelecido para o show. Tudo bem que rock não segue regras, mas eles cagaram na pia. A organização do evento teve que desligar os instrumentos para frear a molecada non sense.

Os shows da Radiofone e Oh My Dog foram perfeitos, cheios de energia, público pulando e cantando junto. Principalmente quando a Radiofone tocou clássicos dos Smiths e a Oh My Dog mandou Nirvana. Foi doido demais.
                                                                                          Banda Radiofone – Foto: Camila Karina
Ah, vale ressaltar, eu nunca tinha visto uma festa de rock em Macapá com tanta mulher bonita. É, parece que os tempos em que o público era 90% macharada de camisa preta ficaram pra trás. Que bom.

O mais legal foi ver a casa cheia de público “pagante”. Sim, gente que se propõe a meter a mão no bolso. O pessoal que curte rock aqui estava acostumado com  ingressos de R$ 5 e cachaça na mochila. Sofri isso na pele quando promovi festas no antigo Mosaico, nos anos 90, era só prejú.

Ainda bem que as coisas estão mudando pra melhor, reconhecimento e valorização do rock. Fiquei feliz por isso. Enfim, a festa foi perfeita, não faltou bebida, não teve briga lá dentro, não tava quente, todos de divertindo, muitos amigos e som de qualidade. Parabéns aos organizadores.

Quatro casamentos e um funeral

Senhoras e senhores, peço desculpa por interromper a sobremesa. Só há uma ou duas coisinhas que acho que devo dizer como padrinho. Esta é só a segunda vez que sou padrinho. Espero que tenha me safado dessa vez. Pelo menos o casal em questão ainda fala comigo mas infelizmente eles já não falam um com o outro. O divorcio foi finalizado há uns dois meses. Mas garantiram-me que isso não teve absolutamente nada a ver comigo. A Paula já sabia que o Piers tinha dormido com a irmã dela antes de eu ter falado disso no discurso, mas o facto de ele ter dormido com a mãe dela foi uma grande surpresa e acho que foi o principal motivo para o pesadelo de recriminação e violência que se tornou o seu casamento de dois dias. Mas já chega. Gostaria apenas de dizer o seguinte: estou, como sempre, absolutamente fascinado por qualquer pessoa que consiga fazer este tipo de compromisso tal como o Angus e a Laura fizeram hoje. Eu sei que não ia conseguir fazê-lo e acho que é maravilhoso que eles consigam.”
Charles ( Hugh Grant ) no discurso do casamento de Angus e a Laura no filme “Quatro casamentos e um funeral”. Eu concordo.