Inimigos

                                                                  Por Elton Tavares
A maioria das pessoas que conheço tem um inimigo, desafeto ou, no mínimo, antipatia por alguém. Os rivais são percalços que encontramos na vida, temos que lidar com isso da melhor maneira possível. Mas como combatê-los sem nos tornarmos canalhas? Acho que a forma mais indicada é simplesmente ignorá-los, infelizmente, ainda estou aprendendo a fazer isso.

Eu tenho dezenas de amigos, mas acho que possuo pelo menos uns 10 desafetos fervorosos. Alguns deles já foram meus amigos, mas, por diferentes motivos, se tornaram meus rivais. Quem me conhece sabe, não sou anjo, não levo desaforo para casa, mas garanto que em 80% dos casos, estes figuras pisaram na bola.

Eu acho muito bacana o jeito de gente que contemporiza, minimiza e ignora seus oponentes. Isso os isola, eu queria ser assim. O importante nesse papo é que não procuro arrumar maneiras de ferrar os meus desafetos, espero a hora certa de ir a forra, a tal volta do anzol. Pois não sou nobre o suficiente para o “deixapralaísmo”.

Muitos deles visitam meu blog, só para falar aos outros dos meus escritos e pobres devaneios. Eu li em algum lugar a frase: “Quando meus inimigos deixarem de contar mentiras a meu respeito, paro de falar verdades sobre eles”, e é isso que faço. Esse papo me fez lembrar de um poema do Vítor Hugo. Nele, o escritor deseja uma série de coisas legais aos leitores, mas também deseja que todos tenhamos inimigos, leiam:

Poema Desejo – Vítor Hugo

Desejo primeiro que você ame,

E que amando, também seja amado.

E que se não for, seja breve em esquecer.

E que esquecendo, não guarde mágoa.

Desejo, pois, que não seja assim,

Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,

Que mesmo maus e inconseqüentes,

Sejam corajosos e fiéis,

E que pelo menos num deles

Você possa confiar sem duvidar.

E porque a vida é assim,

Desejo ainda que você tenha inimigos.

Nem muitos, nem poucos,

Mas na medida exata para que, algumas vezes,

Você se interpele a respeito

De suas próprias certezas.

E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,

Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,

Mas não insubstituível.

E que nos maus momentos,

Quando não restar mais nada,

Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,

Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,

Mas com os que erram muito e irremediavelmente,

E que fazendo bom uso dessa tolerância,

Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,

Não amadureça depressa demais,

E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer

E que sendo velho, não se dedique ao desespero.

Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e

É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,

Não o ano todo, mas apenas um dia.

Mas que nesse dia descubra

Que o riso diário é bom,

O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra ,

Com o máximo de urgência,

Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,

Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,

Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro

Erguer triunfante o seu canto matinal

Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,

Por mais minúscula que seja,

E acompanhe o seu crescimento,

Para que você saiba de quantas

Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,

Porque é preciso ser prático.

E que pelo menos uma vez por ano

Coloque um pouco dele

Na sua frente e diga “Isso é meu”,

Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,

Por ele e por você,

Mas que se morrer, você possa chorar

Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,

Tenha uma boa mulher,

E que sendo mulher,

Tenha um bom homem

E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,

E quando estiverem exaustos e sorridentes,

Ainda haja amor para recomeçar.

E se tudo isso acontecer,

Não tenho mais nada a te desejar “.

Eu odeio olho gordo!

                                   Por Elton Tavares
Uma das piores coisas da vida, no meu ponto de vista, é o olho gordo. Eu odeio gente invejosa, conheço uma figura que se queixa (abertamente) pelo fato de ganhar menos que o colega. Porra, cada um com seus méritos. Tem pessoas que adoram colocar o olhão no carro dos outros, na casa do vizinho e até na roupa alheia.

Se você aparece com algum objeto novo então, é um Deus nos acuda, começam as infames indagações: “Quanto foi? Ou onde compraste?”, ou os comentários sórdidos: “Tá podendo..” ou “Tá roubando”. Puta merda!

Já teve vizinho que foi perguntar para a minha mãe, quando minha genitora comprou um carro novo, quanto o veículo havia custado. Égua! Odeio a indiscrição, a inveja latente, saltando dos olhos dos infelizes.

Mas a pior coisa mesmo é a inveja de quem você é, inveja pelo fato de você ser popular, ter muitos amigos e ser carismático, apesar de não fazer nenhum esforço para isso. Logo dizem que és isso ou aquilo, inventam historinhas, fazem fofoca e tentam lhe derrubar.

Na maioria dos casos, os invejosos são pessoinhas medíocres, aqueles que só fazem figuração na vida. Acham que são ofuscados pelo sucesso alheio, são recheados de frustrações e não transam direito. Conheço pessoas assim dentro da minha família, conheci na faculdade e ambiente de trabalho (atual e em todos por onde passei).

Eu garanto uma coisa, não tenho inveja de ninguém. Não sou rico, não tenho carro, não esbanjo e nem ostento, até porque não sou granado. Mas tenho uma vida legal, procuro somente trabalhar, não fazer fofoca, não me interessar pelo que não é relevante. Se algum destes fulanos invejosos lerem este texto, se identificarão na hora, então, se toquem, seus idiotas.

Bom, bom, não está, mas tá bom!

                                    Por Elton Tavares
A Seleção Brasileira estreou ontem (15) na Copa 2010, contra a Coréia do Norte, com um resultado magro. Na primeira etapa, vimos um futebolzinho fuleira, uma bola quadrada e tals. Mas o importante é que o Brasil saiu na frente, jogou melhorzinho (nada empolgante), ganhou os três pontos e é líder do seu grupo.

O destaque foi o atacante Robinho, que não marcou gol, mas jogou muito e deu até passe para o meia Elano marcar o segundo. O Káká não jogou porra nenhuma, o Felipe Melo só constatou que é um merda e o Maicon fez o que esperávamos dele. No próximo domingo (20) tem mais.

Alguns, mais otimistas, dizem que o resultado foi bom, que foi só a estréia e Copa do Mundo é assim mesmo. Outros, críticos como eu, acharam a apresentação da Seleção de Dunga frustrante, mas o Robinho jogou bem. Já não posso dizer o mesmo do Luís Fabiano. Enfim, ta valendo.

Pensem bem, poderia ser pior, a Espanha perdeu para o time suíço, a primeira zebra do mundial da África do Sul (risos). Como diz o bordão de uma comediante brasileira: “Bom, bom, não tá, mas tá bom.” Vamos Brasil!

É hoje!

                                                              Por Elton Tavares
Nossa Seleção estréia hoje (15), ás 15h30, na Copa do Mundo 2010, realizada na África do Sul. O primeiro confronto é contra a desconhecida e misteriosa Coréia do Norte, país de regime fechado e regras duras do ditador Kim Jong-il. Falando nele, os coreanos disseram que a vitória em cima do Brasil será em homenagem a Kim Jong-il. Como dizemos por aqui: Tááá jabá!

Outra coisa boa de hoje é que, este espaço completa seis meses de existência, quero comemorar o aniversário do blog com uma vitória “De Rocha” em cima dos coreanos. Tomara que o Brasil dê uma “porrada seca” neles, pois os figuras de olhos puxados disseram não temer a única Seleção pentacampeã do mundo.

Eu confio no resultado positivo, mas quem for religioso que se pegue com seus santos, orixás, simpatias e afins. Tenho certeza da vitória, mas uma fezinha nunca é demais. Agradeço os mais de 6.400 acessos, obrigado mesmo. Vamos Brasil!

Emoções e patriotismo aflorado, é Copa do Mundo!

                                                                Por Elton Tavares
As seis Copas da minha vida: 86,90,94,98,2002 e 2006.
Eu amo futebol, principalmente essa época, tempos de Copa do Mundo. A euforia toma conta da população, gente que nem gosta de futebol adora os mundiais de futebol. Pensando no que escrever sobre o assunto, resolvi falar das copas de minha vida. Ao todo, foram 8 mundiais, de 1978 á 2010 (já que nasci em 1976), mas falarei somente da Copa de 1986 para cá, pois minhas lembranças só alcançam até meados de 1983.
Apesar de achar o Dunga um FDP, acredito no time dele. A Seleção Brasileira estréia no campeonato amanhã (15), contra a Coréia do Norte, a partida é válida pela Copa do Mundo 2010, realizada na África do Sul. O texto é extenso, mas agradará aqueles que gostam de futebol. Leiam sobre as copas da minha vida:
México 1986
Na época da Copa de 86, realizada no México, eu tinha 10 anos e já gostava de futebol. Aquela foi a competição do Maradona, o ídolo argentino ganhou o torneio sozinho, o time era Maradona e mais 10, simples assim. Lembro quando perdemos para a seleção francesa, liderada pelo craque Michel Platini. O meu ídolo Zico (e de toda a molecada da época) perdeu um pênalti naquele jogo.
Penalidade essa comemorada exageradamente. Vou explicar, eu e minha família estávamos na casa dos meus avós paternos e meu tio, Itacimar Simões (que hoje mora no céu) ficou uma bandeira do Brasil bem em cima de um cano de água da casa. Resultado, perdemos a Copa e ele e meu pai (que também já se foi) tivera que ir atrás de um encanador.
Uma cena que me marcou foi o choro do jornalista da Rede Globo, Fernando Vanucci, ao final da partida em que o Brasil foi eliminado nos pênaltis; Vanucci declamou uma mensagem de um torcedor brasileiro à seleção, narrando a tal poesia, não conseguiu conter as lágrimas.
Itália 1990
A Copa de 1990, na Itália, foi a Copa em que ganhei grana apostando na Argentina. Calma, vou explicar. Eu ganhei o bolão na casa do meu tio. Cheguei perto do início do jogo, todos os palpites possíveis a favor do Brasil já tinham sido dados, eu disse: ” Coloca 1×0 para a Argentina”, secante e profético.
Com um passe de Maradona, Caniggia fez o gol que nos tirou daquele torneio. Nesta mesma partida, o lateral Branco saiu dizendo que havia pedido água ao massagista da equipe adversária e, depois de beber, tinha ficado zonzo. Estranhou que a água dada a ele não fosse do mesmo frasco entregue a Maradona. Ficou preocupado e comunicou ao bandeirinha. Depois, na volta para a concentração, dormiu no ônibus e continuou sonolento no dia seguinte. A história, que parecia uma desculpa pelo fracasso da Seleção em campo, acabou sendo comprovada pela imprensa argentina.
USA 1994
A copa do Romário, o baixinho arrebentou demais, Bebeto inventou a comemoração do embalo do bêbê e Tafarell, goleiro frio, de poucas palavras e poucos sorrisos, fechou o gol. Aquela foi a melhor Copa da minha vida, eu tinha 18 anos, foi tudo muito lindo. Assisti aos jogos na companhia de meu primo Gleuber e meu saudoso tio Ita (aquele do cano de 86).
Meu saudoso pai, Zé Penha, disse que o título foi sem graça, uma seleção retranqueira e tals. Concordo, mas o Romário deu show e me fez tomar incalculáveis litros de cerveja. Aquela foi a Copa.
França 1998
A Copa de 98, realizada na França, foi literalmente dos franceses. Aquele mundial era uma tragédia anunciada, já que o Romário foi cortado por conta de uma contusão. Mas o Baixinho deu a palavra de que estaria recuperado ao fim da primeira fase e eu botava fé nele, mas a comissão técnica não.
Chegamos a final contra os donos da casa, a partida marcou os torcedores. Um tal de Zidane, então desconhecido da maioria dos brasileiros, passou por cima da nossa seleção. Muitos discutem a possibilidade do Brasil ter “vendido” a final desta Copa. Poucos sabem o que realmente aconteceu na madrugada anterior ao jogo desta final, que resultou em um “bug ug” no Ronaldo Fenômeno, ainda um mistério para todos nós.
Japão e Coréia do Sul 2002
A copa de 2002 foi realizada em dois países, no Japão e Coréia do Sul. O zagueiro Roque Júnior calou a minha boca, eu critiquei muito o negão, mas ele defendeu com louvor. Com França e Argentina eliminadas na primeira fase e Itália fora (roubada contra a Coréia do Sul), pegamos a Alemanha na final, aí o Ronaldo lá na frente e o Marcos lá trás, arrebentaram.
Todo mundo chegou voando na copa de 2002. Até hoje, não sei se o Ronaldinho Gaúcho queria cruzar ou marcar aquele gol contra a Inglaterra, mas foi paidégua.
Uma particularidade daquela Copa foi o horário dos jogos, tivemos que beber de manhã e, ás vezes, amanhecer bebendo para ver os jogos.
Alemanha 2006
Não tenho muito o que falar sobre 2006. Apesar de um time de estrelas, a Copa foi palha para nós, quase não passamos por Gana e perdemos para a França, de novo, em um jogo que o Henry comeu a bola. A Itália venceu da França, com um futebol retranqueiro, o tal moderno, que fecha atrás e sai no contra ataque (modelo adotado pelo Dunga para 2010).
Tomara que a Copa de 2010 seja nossa, vamos Brasil!

Araken, o Showman!

                                                       Por Elton Tavares 
Araken, sucesso da Copa de 1986.
Tomado pelo espírito da Copa do Mundo, lembrei da de 1986, realizada no Mexico (falarei das copas em um texto sobre os mundiais que vi). Na época, a molecada (e os adultos) viraram fãs do personagem Araken, o Showman! O Araken aparecia em vinhetas, antes do início e nos intervalos dos jogos transmitidos pela Rede Globo.

A irreverência do publicitário José Antonio de Barros Freire, o Barrinhos, que interpretava o personagem caiu na graça do povo e roubou a cena daquela Copa. Araken encarnava o torcedor brasileiro, que não perde a esperança e leva tudo na sacanagem. Hoje, aos 54 anos, Barrinhos é documentarista e mora no interior de São Paulo. Ele trabalha com produção de vídeos de responsabilidade social e programas para televisão.

O Araken satirizava os adversários e fazia sucesso com a mulherada, era o malandro feinho que sempre se dava bem. Ele também criticava a seleção como todo torcedor. Aparecia nas situações mais engraçadas, sempre na pele de um ferrenho torcedor, vestindo a camisa verde-amarela.

Araken deixou saudades em mim e (acredito) em toda a geração que acompanhou aquela Copa do Mundo. A musiquinha que ela cantava era mais ou menos assim: “Nessa Copa do Mundo não tem ninguém, vai dar Brasil meu bem, com Araken, o showman”. Êta nostalgia. Vamos Brasil!

Eu gosto de ser estranho

                                 Por Elton Tavares
O pessoal do trampo, galera legal, vive me convidando para ir ao pagode, a shows de brega, micaretas ou boites. Eu não vou, não não gosto, é assim mesmo, sou um estranho e gosto disso. No máximo, vou a barzinhos mais sofisticados da cidade, mas “balada” não, não me divirto nelas.

Os convites são recheados de prós, como bebida grátis e abundância de mulheres (supostamente fáceis), mas o público e a trilha sonora destes lugares não me agrada, eu gosto mesmo é de Rock and roll, MPB e Samba (samba não é pagode), exatamente nesta ordem.

Este depoimento pode soar preconceituoso, não acho, é somente uma preferência, não estou dizendo que minhas opções são o que deve ser feito. Eu gosto mesmo é de boteco, de bater papo (coisa que não pode ser feita em boites e afins), de ouvir som legal.

Ser diferente tem um preço, você pode ser tachado de antipático, arrogante, porra-louca, antisocial e etc. Mas eu realmente passo de “vibes”, “charlação” ou qualquer uma dessas “paideguices”. Enfim, eu gosto de ser estranho (risos).

Um dia de fúria

                                    Por Elton Tavares
Vocês sabem aquele dia que tudo da errado? Pois é, ontem foi osso, tanto no trabalho, como em questões particulares. Foi notícia ruim, cagada no trabalho, arrogância, pressão, falta de comunicação, afobação, fora as fofoquinhas cotidianas, lá pelas 18h, eu já tava quase surtando, assim como o personagem do ator Michael Douglas, no filme “Um dia de fúria” (risos).

Dá vontade de mandar tudo e todos para a caixa prega e, em alguns casos, socar algumas faces (risos). Mas tudo bem, quando fui dormir pensei: “Amanhã é outro dia, bola para frente”. Afinal, se não fossem as adversidades, seria até chato. Como diz um popular slogan amapaense: “A gente não pára!”. Que venham outros “dias de cão”, parafraseando o “Seu Creisso”: eu me agarantio!

Circunstâncias

                                                     Por Elton Tavares
Eu, com o sorriso desenhado – By Camila Karina
Após algumas revelações, por sinal, impactantes (e olha que me chocar é bem difícil), saquei que, o que poderia causar um estrago muito grande em outra época, torna-se um tiro de festim no contexto atual. Estou diminuindo, aos poucos, minhas tempestades em copos d’água, graças!

Ta bom, vocês não estão entendendo porra nenhuma. Só estou afirmando que dependendo da circunstância, os problemas são maximizados ou minimizados, depende do seu atual estado de espírito e ótica com que a coisa é vista. Como estou com o meu “nãoligômetro” ligado e focado no trampo, uma grande cagada torna-se somente um peidinho, que incomoda no início, mas logo se dissipa no ar (risos). Chega de falar merda (literalmente).

O velho Nelson Rodrigues é que estava certo, precisamos SEMPRE ver “a vida como ela é”. Haja de acordo com sua consciência e o resto é resto. O que diabos você vai ganhar com isso? Bom, cabeça fria e paz de espírito, simples assim. Tenham todos uma ótima semana.

O infame domingo

                                                           Por Elton Tavares
Há pouco, durante uma conversa com uma amiga no MSN, falei que estava um tanto entediado hoje e ela também se queixou do infame domingo. Você está ferrado se você não sair de casa, não tem internet, TV á cabo, um bom filme ou um bom livro para ler no domingo.
A programação televisiva é pífia, com um formato chato e ultrapassado. E os apresentadores então? Todos os são medíocres. Fora aquela sensação de “acabou o final de semana, puta merda!” que o domingo trás (risos).
Tudo bem, domingo é dia de almoço de família, das velhinhas irem á missa e outras dominguices. No meu caso, domingo é ressaca (ás vezes moral), videogame, leitura e etc. No final das contas, é como dizem os velhos Titãs, na música Domingo:
“Domingo eu quero ver
o domingo passar
Domingo eu quero ver
o domingo acabar
Domingo eu quero ver
o domingo passar
Domingo eu quero ver
o domingo acabar..”

Sempre tem um filho da puta!

                                 Por Elton Tavares
Vocês já perceberam que sempre existe um filho da puta? Sim, puxa-sacos inveterados, o secador do seu time, aquela amiga da sua namorada que vive dizendo para ela te sacaniar, parente invejoso, falso amigo, colega de trabalho metido a foda, gay enrustido, que paga de machão e sacaneia outros homossexuais, racistas, xenófobos, mal comidas, enfim, sempre tem um filho da puta!

Tem também aquele doido, caretaço e otário, que vive te derrubando porque não consegue ser como você, que é maluco e se da bem mesmo assim. Aquelas doidas que nunca conseguem um namorado, ficante ou algo assim e detonam os das amigas. O cara que vive colocando defeitos nas suas coisas, por que bom mesmo são os utensílios dele.

Além dos filhos da puta da “elite”, que adoram ostentar suas futilidades, gabar-se de seus carros, jóias, apartamentos, roupas e afins. Ou pior, os filhos da puta que queriam ser como os elitizados, mas são parece o Batman, só capa, só foba, por assim dizer.

Também tem aquele parente que te sacaniou anos atrás e que não para de falar mal de ti, o vizinho que coloca o som que você odeia (no volume máximo), o colega invejoso, o falso amigo, o fura olho, mulher insatisfeita ou mordida (que te detona pelas costas), os “comilões” de plantão, que se gabam de feitos amorosos e, ás vezes, sem que eles tivessem existido.

O incompetente, que tenta puxar seu tapete, já que ele não consegue brilhar, a mulher sonsa, que paga de santinha e é a maior devassa, o cara que sempre senta na sua mesa liso, bebe, come e no final diz: “Hoje eu não tenho grana”, a sogra que quer mandar na vida do casal, o pai que cria o filho para ser competitivo e o torna um canalha e o chefe que rouba sua idéia.

É foda, mas temos que driblar, diariamente, vários filhos da puta. Eles sempre estão à espreita, esperando você marcar bobeira para lhe sacaniar. Como dizia meu avô: “Tem gente que não serve para serem nossos amigos, temos somente que transitar entre eles, da melhor maneira possível”. Não adianta neurar com isso, afinal, os filhos da puta são filhos da puta por insatisfação, se você não é um filho da puta, meus parabéns. Pois eu também não sou (risos).

Maio está no final

                                                               Por Elton Tavares
Paula Toller, igual vinho, quanto mais velha, melhor!

Maio se foi, um mês de reviravoltas, mudanças e adequações. Novas amizades foram feitas, velhas amizades, que pareciam consistentes, caíram por terra. O tempo ficou reduzido, mas muito mais proveitoso e rentável. Pessoas partiram e outras chegaram. É isso aí, a vida é uma doideira mesmo.

O ano já está no meio e eu correndo atrás do sonhado sucesso profissional. A Copa está na porta, as Eleições 2010 na sequência e de repente, 2011.

Como disse o louco e admirável Cazuza: “O tempo não pára!”. Aí vai uma musiquinha piegas e melosa, mas agradável. Só para o post não ficar sem sonoridade (risos).

Maio – George Israel E Paula Toller

Maio
já está no final
O que somos nós afinal
se já não nos vemos mais

Estamos longe demais
longe demais

Maio
já está no final

É hora de se mover
prá viver mil vezes mais

Esqueça os meses
esqueça os seus finais
esqueça os finais

Eu preciso de alguém
sem o qual eu passe mal

sem o qual eu não seja ninguém
eu preciso de alguém

Meus bons amigos distantes

                                                                 Por Elton Tavares
Hoje me peguei pensando: “como será que estão os meus amigos que não falo ou vejo há muito tempo?”. Falo da Lígia Marruá, Rita Freire, Ricardo Primo, Adroaldo Junior, Anna Beatriz, Luiza Cabral e Júlia Canto. Estamos envelhecendo em lugares diferentes. É, depois dos 30 anos, estamos “do meio dia para tarde”, como dizemos por aqui (risos). Todos eles são loucos de carteirinha, com suas particularidades, claro. Sim, eu sempre tive inclinação para fazer amizade com os doidos e daí? Os politicamente corretos são previsíveis e, muitas vezes, chatos.

Sinto saudades dessa galera, se eu tivesse muita grana, mandaria buscar todos, juntá-los aos que aqui estão e faríamos grandes festas, como antigamente. Tudo bem, é nostálgico e piegas, mas saudade é assim mesmo. Existe também aquele grupo de ex amigos, que deram sua parcela de contribuição na formação do indivíduo que sou, gente inteligente, descolada, desprendida, mas, por alguma das escolhas da vida, virarão somente lembranças.

Ainda tento manter contato por telefone, e-mail, Orkut ou MSN, mas distância é foda. Li em algum lugar que os amigos são os irmão a família que nós escolhemos, é véro. Saudade de assistir shows de rock com o Adroaldo (o “astro”) cantando, de beber até cair com a Rita e seus palavrões, com a Lígia e seu sarcasmo e Júlia (a fumante mais inveterada que conheci), da meuguice disfarçada da Luiza, da doçura exagerada da Anna, dos churrascos e bate papos com o Ricardo (o engraçado é que era a fim de dar uns murros nele).

Não que os dias de hoje não sejam legais, eles são, mas quanto mais faço amigos, mais queria os velhos por perto. Bom, chega de papo, só quero que eles saibam que fazem muita falta. Tomara que sejamos amigos para sempre e tomara que nos encontremos logo. Como dizia Vinícius de Moraes: “A vida é a arte dos encontros, embora haja tantos desencontros pela vida”. Para finalizar, em homenagem aos brothers que citei, a música, da banda Barão Vermelho, “Meus bons amigos”:

Meus Bons Amigos – Roberto Frejat

Meus bons amigos, onde estão?
Notícias de todos quero saber
 

Cada um fez sua vida
De forma diferente
Às vezes me pergunto
Malditos ou inocentes?

Nossos sonhos, realidades
Todas as vertigens, crueldades
Sobre nossos ombros
Aprendemos a carregar
Toda a vontade que faz vingar
No bem que fez prá mim
Assim, assim
Me fez feliz, assim…

O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo
E imperfeito…

Meus bons amigos, onde estão?
Notícias de todos quero saber
Sobre nossos ombros
Aprendemos a carregar

Toda a vontade que faz vingar
No bem que fez prá mim
Assim, assim
Me fez feliz, assim…

O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo
E imperfeito

Não, não, não
O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo
E imperfeito…

Iuhuuu! É sexta-feira!

Depois de uma semana árdua de trampo e preciosas horas perdidas no banco, eis que chega o final da sexta-feira, o início do fim de semana. Aqueles dias preciosos, período que pessoas que trabalham muito deveriam descansar. Mas tem um monte de sacanas iguais a mim e o que nós queremos mesmo é ir para a cagada. Beber, ficar, comer, escutar som, dançar (que não é o meu caso), falar besteira, enfim, extravasar, cometer  os desaconselháveis excessos (risos).

Chega de papo, vamos beber cambada!