Comédia Romântica

Comédia Romântica – Legião Urbana

Acho que só agora eu começo a perceber
Tudo o que você me disse
Pelo menos o que lembro que aprendi com você
Está realmente certo.

Bem mais certo do que eu queria acreditar
Você gosta mesmo de mim
Se arriscando a me perder assim
Ao me explicar o que eu não quero ouvir.
Ainda não estou pronto pra saber a verdade
Ou não estava até uma estação atrás.

Acho que só agora eu começo a ver
Que tudo que você me disse
É o que você gostaria que tivessem dito pra você
Se o tempo pudesse voltar dessa vez.

Sou eu mesmo e serei eu mesmo então
E não há nada de errado comigo, não

Não, não, não

Não preciso de modelos, Não preciso de heróis
Eu tenho meus amigos, e quando a vida dói
Eu tento me concentrar, N’um caminho fácil

Sou eu mesmo e serei eu mesmo então
E eu queria que o tempo
Pudesse voltar dessa vez
Renato Russo

A difícil arte de assumir os próprios erros

                                                                                         Por Elton Tavares

Uma e trinta e seis da manhã, penso aqui com meus botões: Assumir erros é sempre difícil, sejam eles grandes ou pequenos. As pessoas egoístas e orgulhosas são portadoras dessa deficiência (eu também sou egoísta e orgulhoso, mas muito menos que antes). Seus problemas são sempre maiores (ás vezes são mesmo), seus motivos são sempre mais relevantes e seus argumentos são, quase sempre, fracos.

Nestes casos, é melhor repensar os atos, pessoas podem ficar magoadas desnecessariamente. Podem ocorrer rompimentos com amigos, colegas ou conjugue, por “besteira”. Afinal, transferir a responsabilidade de falhas para os outros é mais cômodo. A coisa acontece de forma desapercebida, pois as figuras que fazem isso acreditam na sua total ausência de culpa.

É bacana quando a pesssoa reconhece o sua falha, mas essas figuras não arregam, acham que estão sempre do lado mais pesado da gangorra, minimizando a opnião dos outros. Eles são sempre os certos e a humanidade é que está errada. Aí pode se preparar, porque o bicho vai pegar!

Eu assumo meus erros. Não é fácil, dói no orgulho. Não, não é fácil para quem tem uma porrada de defeitos. Mas eu me esforço. Hoje em dia, consigo até pedir desculpas. Acho que o bom senso chega junto com a idade (tudo bem, nem sempre).

Não muito legal com algumas pessoas que conheci e jamais poderei corrigir isso. Mas me tornei uma pessoa melhor e o que importa é daqui para frente. Não me prendo à lamentações, só acho que tudo na vida é uma via de mão dupla, a tal reciprocidade.  Pensem nisso.

Protesto de terça

                                                                                             Por Elton Tavares

Pensando aqui com os meus botões, cheguei a conclusão que sou um “estranho chato”, pois eu penso. Vejo os outros, os legais, eles são idiotas, mas são muito bacanões. Levam vidas comuns, como gado, gostam do que os outros gostam, vão para onde todo mundo vai, escutam o que todos escutam, freqüentam boites e academias, possuem muitos “amigos”, acompanham a moda, são baladeiros, não perdem micaretas (diversão preferida de nove entre 10 cidadãos locais), sim, aquele momento de insanidade coletiva que os bacanas pagam para participar. Sufoco por sufoco, prefiro um show de rock and roll. Enfim, não são chatos.
Mas querem saber? Eu, filho mais velho de uma família de classe média baixa, adoro ser um estranho chato, levar uma vida fora do comum é muito mais interessante. As pessoas “superbacanas” são medíocres, não lêem livros, escutam músicas ruins (sim, ruins. Não tenho preconceito musical, tenho é conceito mesmo), freqüentam locais onde todos querem parecer mais ricos do que são, não assistem filmes (só se for dublado, porque legenda da dor de cabeça). Essas criaturas julgam pessoas pelo que elas possuem, agregam valor ao indivíduo.
Serei mais claro, já escutei diversas vezes frases fúteis do tipo: “Fulano do Golf preto” ou “Ciclano, dono da loja tal” ou “Beltrano, chefe do setor” tal. Grandes merdas, eu gosto de gente legal, inteligente e, sobretudo, de bom caráter. Pode ser liso, granado, preto, branco, homo ou hétero. Não sendo um merda do tipo que descrevi, está valendo. É, e no final das contas nós, os chatos, que somos estranhos. Pois não vivemos em cima da esteira da velha linha de montagem do cidadão comum.
Sou chegado em um bom papo, mas assisto Chaves e outras besteiras. Leio livros, mas jogo videogame. Enalteço músicos e artistas e desprezo a maioria das pessoas “bem sucedidas” (aos olhos da sociedade), patrícias, playbas e afins. Sempre existiu reciprocidade entre eu e o High Society, nós nos odiamos. Não atribuo valor aos outros pelos que eles possuem, mas sim pelo que são. Acredito que dinheiro deve ser gasto em felicidade e bem estar das pessoas e não em boçalidades e vaidades afins.
É ótimo presenciar o sucesso das pessoas, quem trabalha e compra suas coisas legais e tals, mas não pensa que é mais por ter mais. Vitória não é ter carro e mulheres fúteis, mas conhecimento, amigos, família e, é claro, um amor.
Falando nos bacanas, muitos deles possuem diversas máscaras. Odeio gente que muda de acordo com o circulo que frequenta. No meio da família é uma coisa, dos amigos é outra, no trabalho então, coloca mais uma máscara. Elas devem sofrer de esquizofrenia alucinatória, com ira narcisista involuntária (filme Eu, eu mesmo e Irene).
É por isso que os chatos estranhos não são amigos de todos, porque possuem preconceito intelectual, não admitem os superbacanas por perto. Eu to precisando atualizar o cérebro, preciso ler algo novo, preciso escutar bandas novas e assistir filmes cults. É irônico, mas no final das contas, nós, os chatos é que somos estranhos (risos).
“Temos, há muito tempo, guardado dentro de nós, um silêncio bastante parecido com estupidez” – Eduardo Galeano.

11 meses De Rocha

                                                                                       Por Elton Tavares
O blog De Rocha completa hoje (15) 11 meses de vida. Apesar de não puxar o saco de nenhum político, não xavecar ninguém por interesses patidários ou financeiros (prática comum na blogsfera amapaense, com a desculpa furada de “jornalismo íntegro”), não usar fotos de bundas, não falar de idiotices como reality shows e afins, conseguimos atingir mais de 16 mil acessos. Gostamos de textos, só usamos o Twitter para divulgá-los e para rirmos das discussões políticas apaixonadas, além das futilidades como “fui tomar banho”.
Voltando ao blog, por aqui vocês acompanham de tudo, música, poesia, jornalismo, besteirol, piadas, devaneios, Política, Arte, Literatura, comportamento, Música, muito rock, relatos, declarações de amor, chacotas, felicitações, reconhecimentos, críticas, enfim, posts relevantes e irrelevantes, diversidade digital ao extremo.
Já criticamos do Papa ao mais reles dos mortais, brincamos com situações inusitadas e postamos alguns textos com uma certa dose de criatividade, além de muita porcaria. Mas também já elogiamos quem faz coisas legais. Ressaltamos que o blog é uma válvula de escape, uma brincadeira. Tudo bem que, vez ou outra, rola uns textos e releases sérios, que achamos importante.

Agradeço, em meu nome e de meus colaboradores, aos nossos seguidores (leitores assumidos), aos leitores anônimos, aos críticos, aos que gostam, aos invejosos (porque os cliques deles também contam), resumindo, a todos que colaboraram para o razoável sucesso desta página. Confesso que adoro quando sou elogiado, por algum texto meu, do Régis ou do André (fora os colaboradores que aparecem), mas as críticas fazem parte do pacote.

Claro que sei que alguns dizem que este espaço é inútil, por não virar ferramenta de manobra política. Aos que acham isso, só tenho uma coisa a dizer: mordan-se!

Gostamos de muitas páginas locais, mas reconheços a importância de alguns blogs como o poético e brilhante Paralelos do Cotidiano , os culturais Canto da Amazônia, Eu sou do Norte e Página Cultural, além do histórico Porta Retrato (todos os endereços estão nos meus favoritos). 

Tudo bem, existem os que realmente são jornalísticos, mesmo com os egos inflamados de seus respectivos donos, mas prefiro não citar quem é quem, para não semear, ainda mais, a vaidade digital local (risos).

Bom, é isso, muito obrigado e abraços na geral!

14 anos sem Renato Russo

                     Por Elton Tavares
Ontem (11), completou 14 anos da morte de Renato Russo. Ele, Cazuza e Raul foram os caras mais fodas do rock nacional. Carioca que cresceu em Brasília (DF), Renato Manfredini Júnior foi um cantor e compositor sem igual. Ele liderou a Legião Urbana e obteve o sucesso de público e crítica. O som da Legião me remete ao passado, à situações, pessoas, lembranças legais, enfim, foi a trilha sonora de minha adololêncencia e da maioria de meus amigos.

A primeira banda de Russo foi o Aborto Elétrico (1978), a qual durou quatro anos, e terminou devido às constantes brigas que havia entre ele e o baterista Fê Lemos (do Capital Inicial). Renato herdou desta banda uma forte influência punk que influenciou toda a sua carreira. Nessa mesma época, aos 18 anos, assumiu para sua mãe que era bissexual, em 1988, assumiu publicamente.Em 1982, fundou a Legião Urbana, juntamente com Marcelo Bonfá, Dado Villa Lobos e Renato Rocha.

Apesar de nos afastarmos das pessoas, seja pelo tempo, distância ou qualquer outro fator, as músicas da Legião me trazem de volta o velho Colégio Amapaense, a frente da casa do Adelson, onde ficávamos eu, ele e Lígia. O Helder (negão), a Rita e o Edmar. Lembro também da Lorena Queiroz, minha prima querida e tantos outros personagens da minha história. É, nostalgico, mas bem legal.

Aos críticos, que achavam Renato veado demais ou dizem que as letras dele são piégas, só tenho a lamentar, pois a Legião foi e sempre será a maior de todas as bandas deste país. Eles venderam 20 milhões de discos durante a carreira, mais de uma década após a morte de Russo, a banda ainda apresenta vendagens expressivas.

Para os fãs da nova geração, que adoram ler coisas sobre a banda, recomendo o livro “Conversações com Renato Russo”, que contém trechos de entrevistas mostrando o seu ponto de vista sobre o rock, a bissexualidade (incluindo a sua própria), o mundo, as drogas e a política.

Encerro este post com a minha preferida de Renato, a canção “Andrea Dória”:

Andrea Doria – Legião Urbana

Às vezes parecia
Que, de tanto acreditar
Em tudo que achávamos tão certo
Teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços de vidro

Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir

Não queria te ver assim
Quero a tua força como era antes.

O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada

Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria um livro aberto
Até chegar o dia em que tentamos ter demais
Vendendo fácil o que não tinha preço

Eu sei, é tudo sem sentido
Quero ter alguém com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada que eu segui
E com a minha própria lei
Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como eu sei que tens também.

Sexta!

                                Por Elton Tavares
Hoje é sexta-feira, dia (e noite) internacional da gelada. Para todos que, como eu, tiveram uma semana estressante, nada melhor do que tomar umas com os amigos em algum bar da cidade.  Aos leitores, amigos ou não, desejo um ótimo fim de semana. Abraços na geral!

Recado

Tua Batata Tá Assando – Bezerra da Silva

 

Se quiser falar de mim, que fale agora.
Não deixe eu virar as costas, pra jogar conversa fora.

E sei perfeitamente bem que você fala de mim rasgado.
Diz que eu cheiro cocaína e fumo maconha adoidado.

Não satisfeito ainda disse
que eu toco qualquer embalo,
e também já fui até avião
quando morei no meu Morro do Galo.
Se quiser falar de mim, que fale agora.
Não deixe eu virar as costas, pra jogar conversa fora.

E sua monstruosa inveja, não deixa você crescer.
Meu sucesso permanente, ele incomoda muito a você.

O que vem debaixo não me atinge, porque eu sou um cidadão de bem.
Você me detona na minha ausência, é porque muito respeito me tem.
Olha aí,
Se quiser falar de mim, que fale agora.
Não deixe eu virar as costas, pra jogar conversa fora.

Olha aqui seu canalhocrata, preste bem atenção no que eu estou falando:
Você não perde por esperar, a tua batata tá assando.
Você falou de mim o que bem quis,
não fui na polícia seu cara-de-bode.
Quero ver se você vai fazer o mesmo,
quando eu lhe der um tremendo sacode.
Olha aí,
Se quiser falar de mim, que fale agora.
Não deixe eu virar as costas, pra jogar conversa fora.
Olha aí,
Se quiser falar de mim, que fale agora.
Não deixe eu virar as costas, pra jogar conversa fora.
Se quiser falar de mim, que fale agora.
Não deixe eu virar as costas, pra jogar conversa fora.
Olha aí,

Se quiser falar de mim, coisa ruim, que fale agora.
Não deixe eu virar as costas, pra jogar conversa fora.

Andar com Fé!

Para iniciar bem a semana, uma oração em letra de música. A bela canção “Andar com Fé”, de Gilberto Gil. Abraços na geral.
Andar com Fé – Gilberto Gil
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”

Que a fé tá na mulher
A fé tá na cobra co-ral
Ô-ô
Num pedaço de pão
A fé tá na maré
Na lâmina de um punhal

 

Ô-ô
Na luz, na escuridão

Andar com fé eu vou,

que a fé não costuma “faiá”
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”

A fé tá na manhã
A fé tá no anoite-cer
Ô-ô
No calor do verão
A fé tá viva e sã
A fé também tá pra mor-rer

 

Ô-ô
Triste na solidão

 

Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”
Certo ou errado até
A fé vai onde quer que eu vá
Ô-ô
A pé ou de avião
Mesmo a quem não tem fé
A fé costuma acompa-nhar

Ô-ô


Pelo sim pelo não.

Andar com fé eu vou,

que a fé não costuma “faiá”
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”
Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma “faiá”

Cara valente?

                                           Por Elton Tavares
Em certas ocasiões, sou um tanto “destemperado”. Uma pessoa que nunca presenciou tais desequilíbrios disse: “Tu és só papo!” (risos). Não, não sou um falastrão ou gabola descabido, que afina quando o bicho pega, mas lembrei dessa canção aí embaixo:
Cara Valente – Maria Rita
Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir
Foi escolher o mal-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração
Olha lá, ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas, veja só
A gente sabe
Esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter proteção
Foi se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim, rapaz
Não bota esse cartaz
A gente não cai, não
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver na pior
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver nesse mundo de mágoas

Dietas podem causar síndrome de abstinência

Para muitos, a segunda-feira, é o início de um novo ciclo. Uns resolvem parar de fumar, outros aceitam o “boy jesa” e vários começam um regime, fechar a boca e tals. Hoje (20), vou começar milésima quinta dieta. Vou parar com os sandubas, pizzas e gordices afins por um tempo. Já que não dá para abandonar a cerveja, é melhor deixar as guloseimas de lado. Não tenho pretensões de ficar magro ou malhado (risos), só quero perder um pouco de peso. Sobre este assunto, encontrei este texto aí embaixo, leiam:
Dietas podem causar síndrome de abstinência
Segundo um estudo publicado no American Journal of Psychiatry, obesos que começam uma dieta se comportam da mesma forma que viciados em drogas em períodos de abstinência. Observou-se que, nos dois casos, os receptores de dopamina (neurotransmissor responsável pela sensação de prazer) sofrem diminuição ao longo do tempo. Isso faz com que obesos precisem de maiores quantidades de comida para que se sintam satisfeitos e, consequentemente, uma queda súbita no consumo de comida calórica pode provocar reações químicas no cérebro provocando uma grande sensação de irritabilidade.
Somente 15% dos obesos conseguem seguir dietas com sucesso, número ainda inferior ao de dependentes químicos que fazem tratamento. De acordo com especialistas, para reverter esses hábitos é preciso fazer uma reeducação alimentar e do cérebro que precisa “se acostumar” com a nova rotina. Assim como os dependentes químicos, os viciados em calorias também limitam a vida social e mudam seu comportamento em função da comida, o que torna o tratamento um tanto quanto difícil, pois não se pode afastar o gordinho da comida completamente.
A maioria das pessoas condena os obesos que não conseguem seguir dietas e perder peso, mas não têm idéia do que eles passam toda vez que tentam uma nova dieta e falham. Isso pode diminuir sua autoestima e fazer com que se sintam cada vez menos capazes de perder peso. É normal se ouvir comentários como “Não pode ser tão difícil assim fechar a boca”, mas realmente é muito mais complicado do que parece.
É importante lembrar que os resultados desse estudo não podem ser usados como desculpa para o gordinho não tentar mais mudar seu estilo de vida. As constatações são apenas uma forma de compreender melhor o que acontece no corpo humano e, com isso, procurar alternativas para enfrentar esses desafios. Precisamos ter mais conhecimento sobre nós mesmos e sobre o efeito daquilo que ingerimos todos os dias, evitando nos tornar viciados em comida calórica e outras complicações futuras, para nós e nossos familiares, já que os hábitos da família são influências decisivas no nosso desenvolvimento.

ALTERNATIVAS

Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido.
Ah, se apenas tivéssemos acertado aquele número (Unzinho e eu ganhava a sena acumulada), topado aquele emprego, completado aquele curso, chegado antes, chegado depois, dito “sim”, dito “não”, ido para Londrina, casado com a Doralice, feito aquele teste…
Agora mesmo neste bar imaginário em que estou bebendo para esquecer o que não fiz, aliás, o nome do bar é Imaginário, sentou um cara do meu lado direito e se apresentou: – Eu sou você, se tivesse feito aquele teste no Botafogo. E ele tem mesmo a minha idade e a minha cara. E o mesmo desconsolo. – Por quê? Sua vida não foi melhor do que a minha?
– Durante um certo tempo, foi. Cheguei a titular. Cheguei à seleção. Fiz um grande contrato. Levava uma grande vida. Até que um dia…
– Eu sei, eu sei… disse alguém sentado ao lado dele.
Olhamos para o intrometido. Tinha a nossa idade e a nossa cara e não parecia mais feliz do que nós. Ele continuou: – Você hesitou entre sair e não sair do gol. Não saiu, levou o único gol do jogo, caiu em desgraça, largou o futebol e foi ser um medíocre propagandista. – Como é que você sabe?
– Eu sou você, se tivesse saído do gol. Não só peguei a bola como mandei para o ataque com tanta perfeição que fizemos o gol da vitória. Fui considerado o herói do jogo. No jogo seguinte, hesitei entre me atirar nos pés de um atacante e não me atirar. Como era um “herói”, me atirei.
– Levei um chute na cabeça. Não pude ser mais nada. Nem propagandista. Ganho uma miséria do INSS e só faço isto: bebo e me queixo da vida. Se não tivesse ido nos pés do atacante…
– Ele chutaria para fora. – Quem falou foi o outro sósia nosso, ao lado dele, que em seguida se apresentou: – Eu sou você se não tivesse ido naquela bola. Não faria diferença. Não seria gol. Minha carreira continuou. Fiquei cada vez mais famoso, e agora com fama de sortudo também. Fui vendido para o futebol europeu, por uma fábula. O primeiro goleiro brasileiro a ir jogar na Europa. Embarquei com festa no Rio…
 – E o que aconteceu? perguntamos os três em uníssono.
– Lembra aquele avião da VARIG que caiu na chegada em Paris?- Você… -Morri com 28 anos.
– Bem que tínhamos notado sua palidez. – Pensando bem, foi melhor não fazer aquele teste no Botafogo…
– E ter levado o chute na cabeça…
– Foi melhor, continuou, ter ido fazer o concurso para o serviço público naquele dia. Ah, se eu tivesse passado…
– Você deve estar brincando, disse alguém sentado a minha esquerda. Tinha a minha cara, mas parecia mais velho e desanimado.
– Quem é você?
– Eu sou você, se tivesse entrado para o serviço público. Vi que todas as banquetas do bar à esquerda dele estavam ocupadas por versões de mim no serviço público, uma mais desiludida do que a outra. As conseqüências de anos de decisões erradas, alianças fracassadas, pequenas traições, promoções negadas e frustração.
Olhei em volta. Eu lotava o bar.Todas as mesas estavam ocupadas por minhas alternativas e nenhuma parecia estar contente. Comentei com o barman que, no fim, quem estava com o melhor aspecto, ali, era eu mesmo. O barman fez que sim com a cabeça, tristemente.
Só então notei que ele também tinha a minha cara, só que com mais rugas.
– Quem é você? perguntei.
– Eu sou você, se tivesse casado com a Doralice.
– E?
Ele não respondeu. Só fez um sinal, com o dedão virado para baixo …
Sua vida não é feita de decisões que você não toma, ou das atitudes que você não teve, mas sim, daquilo que foi feito! Se bom ou não, penso, é melhor viver do futuro que do passado.
Luís Fernando Veríssimo

10 meses de blog!

                                               Por Elton Tavares
É minha gente, mesmo falando pouco de política e outros assuntos que são sucesso no fofoqueiro twitter tucujú (odeio aqueles 140 caracteres, só uso para ler os protestos efusivos e divulgar textos), chegamos aos décimo mês de papos “De Rocha” (e alguns furados, como não podia deixar de ser). Ainda virão muitos escritos chatos por aí, podem botar fé!

São 120 pessoas (assumidas) que curtem devaneios, besteiras, críticas, música boa, piadas, acidez e um tiquinho de intransigência. Para os críticos, deixo o recado: “mordan-se”, isso para não utilizar outro termo que acabar em “se”.

Agradeço, como sempre, aos amigos que me enviam fotos legais, aos meus colaboradores (André e Régis) e todos que curtem este espaço. Aqui falamos de tudo um pouco, do papo de rocha ao papo furado, diversidade digital ao extremo.

Bom, estou meio bêbado e fim de papo por aqui, abraços na geral!

Agradável surpresa

                                                              Por Elton Tavares
Eu não costumo planejar, traçar planos ou tentar organizar minha vida anticonvencional. Sempre deixei rolar, a única coisa que levo a sério é o trabalho, sim, com o trampo eu me preocupo. Estou tentando ser um bom jornalista, um bom profissional e tals.

Mudando de assunto, há algumas semanas, me deparei com uma situação diferente, precisei fazer escolhas, ceder e arriscar. Sabem duma coisa? Eu acertei, pelo menos até aqui. Acho que é isso, uma agradável surpresa, uma mistura de sorte e diálogo.

Continuo sem planejar o futuro, vivendo um dia de cada vez e bem rápido. Mas agora, o presente está muito mais legal, beirando a perfeição. Para fechar este devaneio, deixo a tradução da música “What A Wonderful World”, que reflete o meu atual bem estar.

Que Mundo Maravilhoso – What A Wonderful World (George David Weiss)

Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também

Eu as vejo florescer para mim e você

E eu penso comigo… que mundo maravilhoso
Eu vejo os céus azuis e as nuvens tão brancas
O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da boa noite
E eu penso comigo… que mundo maravilhoso
As cores do arco-íris, tão bonitas nos céus
Estão também nos rostos das pessoas que se vão
Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: “como você vai?”
Eles realmente dizem: “eu te amo!”
Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer
Eles aprenderão muito mais que eu jamais saberei
E eu penso comigo… que mundo maravilhoso

Sim, eu penso comigo… que mundo maravilhoso

Para você

Tanto (I Want You) – Composição: Bob Dylan / versão: Skank

Coveiros gemem tristes ais
E realejos ancestrais juram que
Eu não devia mais querer você
Os sinos e os clarins rachados
Zombando tão desafinados
Querem, eu sei, mas é pecado
Eu te perder
É tanto, é tanto
Se ao menos você soubesse
Te quero tanto

Políticos embriagados
Dançando em guetos arruinados
E os profetas desacordados
A te ouvir
Eu sei que eles vem tomar meu
Drinque em meu copo a trincar
E me pedir pra te deixar partir

É tanto, é tanto
Se ao menos você soubesse
Te quero tanto

Todos meus pais querem me dar
Amor que há tempos não está lá
E suas filhas vão me deixar
Por isso não me preocupar

Eu voltei pra minha sina
Contei pra uma menina
Meu medo só termina estando ali
Ela é suave assim
E sabe quase tudo de mim
Ela sabe onde eu
Queria estar enfim

É tanto, é tanto
Se ao menos você soubesse
Te quero tanto

Mas seu dândi vai
De paletó chinês
Falou comigo mais de uma vez
Não, eu sei, não fui muito cortês

Com ele,não
Isso, porque ele mentiu, porque
Te ganhou e partiu
Porque o tempo consentiu
Ou se não porque

É tanto, é tanto
Se ao menos você soubesse

Te quero tanto
É tanto
Se ao menos você soubesse
Te quero tanto