Hipocrisia e a falsidade virtual

                                                       Por Elton Tavares

Sabem aquele velho papo de: “Égua, quanto tempo, temos que marcar algo”. Pois é, hoje vou falar desse tipo de falsidade corriqueira, principalmente na internet. Tenho pelo menos uns 400 contatos no MSN, uns 500 amigos no Orkut e mais não sei quantos no Facebook. Bom, vamos por partes.

Quase todo mundo é muito, digamos, solícito na internet. É uma tal de paideguice descabida no mundo midiático que adoça até a tela do computador. É um lance de “amigo”, “querido”, “parceiro”, “irmão” e outros adjetivos. Sem falar nos elogios e a tal saudade daqueles que não vemos pessoalmente há meses ou anos.  

Aí que entra o tal “Égua, quanto tempo, temos que marcar algo”.Papo furado, a maioria dos antigos amigos de escola, faculdade ou antigo emprego se tornam boas lembranças ou somente mais um rosto conhecido na rua e nada mais. Claro que tenho muitos velhos amigos. Mas eles não dependem do mundo virtual.


Tá bom, somente uma que mora em Macapá, mas não temos contato pessoal pela total falta de compatibilidade de lugares freqüentados e etc. E dois que moram longe. O restante são somente pessoas legais, que talvez um dia tenham significado algo ou até foram amigos, mas o tempo, distância ou qualquer que seja o fator, os afastou. E isso é fato.

Claro que não estou tirando o mérito dessas pessoas, alguns foram personagens importantes de nossas histórias. Parafrasenado o escritor Fernando Canto: “De um tempo que fomos para sermos o que somos”. Cirúrgico!

Outro dia, uma efusiva conhecida (daquelas que a gente aceita só por educação na rede social) mandou um recado para o bate papo do Facebook: “Oi Elton, precisamos marcar com a fulana, o beltrano e o Sicrano, igual antigamente”. Acontece que perdi o contato com esse pessoal há tempos e quando encontro falo só de “oi”.

O ápice do papo furado é quando, erradamente, pensam que você pode beneficiá-los de alguma forma. Aí a rasgação de seda sem sentido é um atentado à minha modesta inteligência. A estes figuras, como diz o meu amigo Fernando Bedran: “panemas e pregos que acham bonito ser otário” e disparam todo tipo de falsidade clichê, dedico este texto.

Ah, eu adoro 80% dos meus contatos de internet, este escrito fala de uma minoria, que fique claro. Pois ao contrário de Cazuza, “mentiras sinceras” NÃO me interessam.

Você planeja o futuro? Eu não.

                                                                                Por Elton Tavares

Hoje, após conversar com uma amiga, me toquei que não planejo o futuro. Sério, no máximo uma viagem a curto prazo ou as próximas férias. Mas aquele papo de juntar grana para comprar alguma coisa porrada ou programar ações para o ano que vem e etc, não.


Ela ainda disse que o meu “discurso” é semelhante ao de um personagem de novela global. Ainda bem que eu não assisto novela e esse lance de viver um dia de cada vez é uma forma que adotei há anos.

Procuro não fazer mal a ninguém, bem aos meus e trabalhar direito. Acho que o resto é conseqüência. A ação e reação dos seus atos.

Costumo brincar dizendo que não tenho um pinto para dar água e que sou um cara livre, claro que não é bem assim. Nossas obrigações profissionais e pessoais nos impedem sim.
 

Outra coisa, conheço poucas pessoas auto-suficientes, seja financeira ou emocionalmente. Posso afirmar que sou muito apegado ao meu povo para cometer certas doidices.


Meu falecido pai dizia que o importante era ser feliz e não politicamente correto. E como aquele cara foi feliz em sua curta e fervorosa vida.

É por isso que gosto de gente inteligente e maluca. Mas ó, os doidos responsas, que seguram suas ondas. Melhor do que os que têm sua própria bula pronta e repetem como se fosse um mantra da auto-afirmação. “Eu sou isso e aquilo e não preciso de ninguém”. Doce ilusão.

Claro que quero, como todos nós, ter um futuro legal. Mas não é algo que tira o meu sono. Quem sabe um dia ser “exímio escritor” ou um bom profissional, como me disse uma colega de trabalho no ano passado (nem sei por onde anda aquela figura).

Até aí beleza. Mas esse papo todo é para dizer que, nem sempre o “planejamento de vida” funciona e para ser feliz é melhor aceitar algumas coisas que não podemos mudar (não, não to plagiando aquela oração) e viver, sim, um dia de cada vez. Sem planos, simples assim.

Você assume os seus defeitos?

                                                                                     Por Elton Tavares

Sei que vocês dirão ou pensarão: Lá vem o Elton com esse papo reflexivo de novo. Bom, é isso mesmo. O papo hoje é: você assume seus defeitos?

Eu assumo que sou esquentado, ciumento, brigão, possessivo e, ás vezes, intolerante. Mas e vocês? Vejo muita gente escrevendo na blogsfera, detonando os outros a torto e a direito, por pura e simples maldade. Principalmente no twitter. É um tal de contar podre dos outros em somente 140 caracteres, coisa feia mesmo.

Ah, ainda tem os que dizem que quem trabalha não faz nada, mas em alguns casos, o crítico é somente um invejoso querendo puxar o tapete de quem está tendo oportunidade de trabalhar. Isso em vários setores públicos e privados.

Aí fico me perguntando, será que alguns fulanos e, principalmente, fulanas não sabem que nós sabemos de seus respectivos tetos de vidro e rabos de palha? Moramos em um Estado onde todos escutam coisas sobre todos.

Em Macapá então, nem se fala. Aí vem neguinho ou doidinha pagar de sabidão, detentor de uma mentirosa conduta exemplar. Gente capaz de tudo para andar do lado de quem está por cima.

Acredito que críticas são construtivas para a melhoria dos serviços, mas se forem embasadas e não disparadas na doida, por assim dizer. Aí volto a dizer e perguntar. Eu assumo os meus defeitos, que não são segredos para ninguém. E vocês?

Ainda tenho o péssimo hábito de pré julgar pessoas, o famoso pré-conceito, principalmente quando elas se mostram frescas ou arrogantes em um primeiro momento. Mas, em alguns casos, depois que apuro melhor e saco que são legais, fica tudo certo.

Antes de julgar. Tentar sacaniar, apedrejar ou detonar com alguém, pensem na sua conduta, sobretudo em vossas histórias. Que pelo visto, vocês pensam que ninguém sabe. Ledo engano. O velho papo da ação e reação. Fica a diga.

Sexta corrida

                                                          Por Elton Tavares

Sexta-feira, 18:40h. O dia já se foi e o expediente está longe de acabar, mas está ótimo! Na verdade, o bom humor é por conta de muitas cervas e bom papo com os amigos na noite de ontem.


Foi muito legal, além de uma excelente válvula de escape, pois ando trabalhando muito, lendo pouco, escrevendo muito, sobretudo, focado no trampo.

Muitos dizem que estou “sumido”. Mas a verdade é que ando um tanto quanto atarefado. Parafraseando o escritor Caio Fernando Abreu: “Mudei muito, e não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado.”

Bom, tenho que voltar ao trabalho. Tenham todos um ótimo fim de semana.

Mil postagens!

                                                      Por Elton Tavares

É, chegamos a mil e duas postagens. Já disparamos muitas farpas por aqui, falamos de nós, dos outros, do céu, lua e estrelas. Já elogiamos uma porrada de figuras. Devo confessar que eu, Elton, não sabia que esse papo de “blogar” viciava. Gosto “pá cacete” desse lance. Seja falando sério ou nos delírios virtuais.

Já postamos tremendas besteiras, mas acertamos em alguns textinhos. Ah, também adoramos os elogios, muitas vezes de estranhos, sobre o De Rocha. Mas o mais legal são os comentários, mesmo os que discordam de nós.

Eu já recebi críticas pra caramba, coisas do tipo:“Essa página não é séria”, “Caneta pesada”, invejoso, rancoroso, extremista, babaca, iniciante e até fui chamado de burro. Gostei delas, afinal, adoro quem abre precedente para que eu revide (risos).

Mas no final das contas, não é nada pessoal. Apesar do blog ser realmente um passatempo (pois ele não me paga sequer uma cerveja, risos), acredito que todo blogueiro, jornalista ou internauta que expõe o que pensa na internet está sujeito a críticas, normal, faz parte da coisa.


Obrigado aos que dedicam alguns minutos de seu dia para visitar esta humilde página. Continuemos discordando, afinal, isso é democracia. Abraços na geral.

Insônia e a falta de criatividade

Domingo, duas e quinze da madruga. Resolvi não sair de casa. A patroa ta dormindo, a TV não tem nada que preste e não tenho nenhum livro novo. Já fumei três cigarros acompanhados de suco de laranja e não consegui escrever nada de interessante.

A falta de criatividade me perturba, enche o saco mesmo. Fico com uma inveja branca dos meus amigos blogueiros que já atualizaram suas respectivas páginas, principalmente quando leio e fico com aquela sensação de “eu queria ter escrito isso” (risos).

Para piorar o quadro, a internet ta uma bosta. Acho que deveria ter ido a algum barzinho tomar umas, mas agora já foi. Quem sabe mais tarde a lacuna criativa seja preenchida com boas idéias ou besteiras legais. No mais, abraços na geral.

Música de hoje

Trocando em Miúdos – Composição: Chico Buarque & Francis Hime

Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim!
O resto é seu
Trocando em miúdos, pode guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas de amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças
Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter
Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado
Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu
Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde.

Égua-moleque-tu-é-doido, 30 mil acessos!

Bom, deixa eu me gabar só um pouquinho. Hoje chegamos aos 30 mil acessos, sendo 350/400 (isso cai para 200 no findi) ao dia. Para um blog que não puxa o saco de ninguém e tem somente um ano e dois meses, acho que está legal.

Aos poucos, o conteúdo melhora. Claro que ainda dou minhas espetadas e posto coisitas irrelevantes. Mas o aumento do número de visitas fala por si.

Agradeço aos meus quatro colaboradores (que ajudam muito), aos 199 seguidores e até aos que entram aqui só para detonar a página, afinal, os cliques deles também contam. Valeu mesmo! Abraços na geral.

Elton Tavares

Descolado? Não! Deixa eu assim mesmo.

                                                Por Elton Tavares 

                                                                                             

Hoje me peguei imaginando como seria se eu fosse como a maioria. Sim, se eu fosse bregueiro, pagodeiro, freqüentador de boites e fosse “eclético” (desculpa recorrente do mau gosto musical de 9 entre 10 amapaenses).

Talvez vibrasse com os comercias de TV (como já vi várias pessoas fazerem) quando anunciam o vigésimo “show” de Leandro Leart (é assim que se escreve o nome daquele merda?), bandas de brega, cantores de Funck ou micaretas com alguma atração baiana manjada.

Talvez esperasse a chegada do domingo para ir (sujo, de chinelo e bermuda, por ter passado o dia bebendo em alguma domingueira) para o pagode. Quem sabe, até pagaria de safo nos clubes freqüentados por adolescentes.

Quem sabe seria um desses novos fãs de sertanojo, que se multiplicam como gremilis à cada chuva que cai em Macapá. Ah, de repente eu poderia gostar das bandas que só tocam o “mais do mesmo” nos barzinhos “descolados” da cidade e usasse as palavras “balada” e “vibe” (risos).
Pensando nisso tudo, prefiro ser estranho e continuar curtindo as poucas (e cada vez mais raras em Macapá) festas de rock, escutar MPB e Samba de verdade com a família. Só para constar, não sou tão estranho assim, aguardo ansioso pelo Carnaval. Sobre ser descolado, deixa eu assim mesmo.

É isso mesmo…

O que não dura para sempre (Hellen Cortezolli)

Numa bela confissão de amor
me enganei…

Foi um amor sofrido, desses incomuns
que não é encontrado em qualquer lugar
e que não se mantém facilmente…
Desses que nada deve ser feito
Nem por merecimento, tão pouco por direito,
Intocado… deveria ser assim…
Caso contrário haveria veneno,
Seria raivoso, ciumento
Nem suculento, nem auspicioso,
coisa quase impura
Quebrado por ambos.

Eu devia estar contente…

Eu ando cansado de andar em círculos. Cansado de falar e não ser atendido. Eu ando remoendo, desistindo e perdendo um pouco todos os dias. O problema maior é não perceberem que ando cansado e depois ser tarde demais.
Ouro de Tolo ( Raul Seixas)

Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês…

Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73…

Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado
Fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa…

Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa…

Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado…

Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto “e daí?”
Eu tenho uma porção
De coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado…

Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Prá ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos…

Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco…

É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal…

E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social…

Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar…

Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador…

Ah!
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar…

Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador…

De novo. Mas eu já sabia….

                                                          Por Elton Tavares
Golaço do Thiago Neves em cima do goleiro vascaíno
Ontem, o Flamengo ganhou do Vasco por 2 a 1. O jogo aconteceu no Estádio “Engenhão” e foi válida pelo primeiro turno do Campeonato Carioca 2011. Além de continuar invicto e vencer o primeiro clássico do ano, o rubro-negro eliminou o Vasco da Gama da Taça Guanabara.

Tudo bem que o futebol é um esporte que 11 jogadores disputam contra 11 adversários, mas no caso de Flamengo e Vasco, o Mengão sempre ganha (risos). É incrível como o arremedo de time sempre perde para a equipe rubro negra.
Eu no Bar do Francês. Local onde sempre vejo o vascú perder para o Mengão.

O Flamengo afundou o Vasco numa crise maior ainda. Uma porrada bem dada. Claro que assisti ao jogo no Bar do Francês, o boteco mais rubro-negro de Macapá. Enfim, minha semana já começou muito bem e dedico esta vitória aos amigos:

Marcelo Guido, Bia Andrade, Rita Freire, Célio Lopes, Black, Jaílson Santos, Bruno Mont’Alverne, Lígia Cândido, Petton Laurindo e tantos outros cruzmaltinos da freguesia (risos).