Música de hoje

Depois do Começo – Legião Urbana – Música de Renato Russo

Vamos deixar as janelas abertas
Deixar o equilíbrio ir embora
Cair como um saxofone na calçada
Amarrar um fio de cobre no pescoço

Acender um intervalo pelo filtro
Usar um extintor como lençol
Jogar pólo-aquático na cama
Ficar deslizando pelo teto

Da nossa casa cega e medieval
Cantar canções em línguas estranhas
Retalhar as cortinas desarmadas
Com a faca surda que a fé sujou

Desarmar os brinquedos indecentes
E a indecência pura dos retratos no salão
Vamos beber livros e mastigar tapetes
Catar pontas de cigarros nas paredes

Abrir a geladeira e deixar o vento sair
Cuspir um dia qualquer no futuro
De quem já desapareceu

Deus, Deus, somos todos ateus
Vamos cortar os cabelos do príncipe
E entregá-los a um deus plebeu

E depois do começo
O que vier vai começar a ser o fim

U2 de Belém? Nunca mais!

                                                                                             Por Elton Tavares

Ontem (10) fui à reinauguração do Bar Sassas, arrendado pelo marido de uma velha amiga. A atração era a banda U2 Cover, de fora do Estado. Realmente parecia uma boa pedida. Entendam, não estou detonando o local e nem os proprietários, acredito que eles também não sabiam que o “cover da banda U2”, trazida de Belém (PA) é tão ruim.

A banda, que nem me dei ao trabalho de saber o nome, deve fazer muito sucesso nos municípios paraenses de Abaeté, Chaves, Breves, Afuá e etc. Mas duvido que aqueles caras sejam bem aceitos na capital paraense, onde já assisti a shows de muitas bandas legais.

E a bandeira da Irlanda? Parece que os figuras costuraram lençóis desbotados nas cores do país, para enrolar no vocalista, muito mau caracterizado de Bono Vox (mas a aparência não é o x da questão). O baixo estava muito baixo, o batera e o guitarrista erraram, um verdadeiro festival de cagadas.

No Sassas, estavam meus amigos da banda amapaense The Malk, que fazem melhor que eles com uma mão nas costas. O evento de ontem foi um prato cheio para aqueles que defendem a idéia de não apoiar festas com bandas covers e sim o rock autoral, genuinamente local.

Bom, desencontros de opinião a parte, o grupinho paraense não chega nem perto da banda cover de Brasília (DF), que eu e alguns amigos que prestigiaram o Sassas ontem, vimos no Sesc-Araxá, em 2006. Definitivamente, U2 de Belém, nunca mais!

Música de hoje

Sete Cidades Legião Urbana – Reta Russo
Já me acostumei
com a tua voz
Com teu rosto e teu
olhar
Me partiu em dois
E procuro agora o que é
minha metade

Quando não estás aqui
Sinto falta de mim mesmo
E sinto falta do meu corpo
junto ao teu

Meu coração
é tão tosco e tão pobre
Não sabe ainda
os caminhos do mundo
 

Quando não estás aqui
Tenho medo de mim mesmo
E sinto falta do teu corpo
junto ao meu
 

Vem depressa pra mim
Que eu não sei esperar
Já fizemos promessas demais
 

E já me acostumei
com a tua voz
Quando estou contigo
estou em paz

Quando não estás aqui
Meu espirito se perde
Voa Longe
longe

Não acredito em nada não, só não duvido da fé!

                             Por Elton Tavares
Hoje é o Dia do Evangélico. A data foi formalizada por meio da Lei Estadual nº 827, de 19 de maio de 2004. É uma homenagem aos evangélicos do Amapá. De acordo com a história, o movimento em Macapá formou-se mediante muitas perseguições. Os evangelizadores teriam sido vítimas de vários ataques, chegando até a uma decisão radical do vigário da cidade, então padre Júlio Maria de Lombaerd, a queimar os livros em praça pública, com a ajuda da polícia e convocação da população.

Bom, se foi assim ou não, eu não sei. Sou totalmente a favor do da liberdade religiosa, ideológica e de expressão. Porém, entretanto, todavia, mas sou contra a encheção de saco promovida por uma minoria dos seguidores da luz. Calma, vamos por partes. Não se trata da “falta de Deus no coração”, como dizem alguns. Só acredito que todos procuram ser felizes com a religião que lhes parecer mais aprazível.

Eu gosto do espiritismo, mas não sou freqüentador assíduo. A maioria da minha família é católica e alguns são evangélicos. Aí é o ponto. É um tal de “viver em pecado para cá”, de “sair da vida mundana para lá”, égua-moleque-tu-é-doido! Isso enche a paciência de qualquer um. Dia desses, falando com uma amiga, ela disse que estava feliz com a sua religião. Eu disse que isso que importa no final das contas. Aí ela viu uma brecha e começou uma forma velada de pregação. Aleluia!

De acordo com o cantor e compositor Bezerra da Silva, isso é “aposentadoria de malandro”, já que boa parte dos seguidores, das diversas (e bote variedade nisso) vertentes do protestantismo, cometeram uma lista corrida de erros ao logo da vida. São casos de ex-presidiários, ex- prostitutas e até (pasmem) ex-homossexuais (como se optar por outra forma de sexualidade fosse pecado ou crime) entre outros. Sem falar do tema sempre freqüente das “Pequenas igrejas Grandes Negócios”.
Não quero que este texto provoque a discórdia ou promova a intolerância. Só é uma análise sobre atos extremos, como a proibição da entrada de imagem de santa em órgão público. Não duvido da fé das pessoas, só não gosto da falta de compreensão dos carregadores de Bíblia para com os que NÃO estão a fim de serem evangelizados.

Querem saber de uma coisa, parafraseando um música que não lembro o nome: “Não acredito em nada não, só não duvido da fé!” Sou a favor da laicidade, tenho amigo evangélico, macumbeiro, espírita, budista, católico, ateu e os escambau. São tribos diversas, pessoas diferentes e divergentes. Mas realmente não me importo. Por mim, cada um com a sua devoção. Só não me digam o que fazer com a minha. Aí o bicho pega. Oh céus, isso é tão complicado assim?
Da Observação:

Não te irrites, por mais que te fizerem…
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás assim do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio…”

Mário Quintana

Oração de hoje

Querido Deus!

Até agora meu dia vai bem.

Não perdi minha paciência, não fui sarcástico, rabugento nem chato.

Eu não reclamei, praguejei, gritei ou sai do regime.

Também não coloquei débitos no cartão de crédito.

Mas estou saindo da cama a qualquer minuto e então realmente vou precisar de Sua ajuda.

Amém.

Fonte: http://esquizofasia.blogspot.com/

Ser Flamengo

Com a vitória de ontem, sobre o Guarani de Campinas, pelo placar de 2×1, o Flamengo espantou o fantasma do rebaixamento. A maior torcida do mundo, que compareceu em massa para tirar o Mengão da forca, fez a festa nas arquibancadas. O Mengão é o 13º, com 43 pontos, seis à frente do Z-4. Ainda não foi dessa vez. Para o desgosto de vascaínos, nossos velhos fregueses invejosos (com o perdão da redundância), não cairemos, nem neste campeonato e nem nunca.

Para comemorar nossa permanência na elite do futebol nacional, uso as célebres palavras de Artur da Távola:

Ser Flamengo

Ser Flamengo é ser humano e ser inteiro e forte na capacidade de querer. É ter certezas, vontade, garra e disposição. É paixão com alegria, alma com fome de gol e vontade com definição. É ser forte como o que é rubro e negro como o que é total. Forte e total, crescer em luta, peleja, ânimo, e decisão.

Ser Flamengo é deixar a tristeza para depois da batalha e nela entrar por inteiro, alma de herói, cabeça de gênio militar e coração incendiado de guerreiro. É pronunciar com emoção as palavras flama, gana, garra, sou mais eu, ardor, vou, vida, sangue, seiva, agora, encarar, no peito, fé, vontade. Insolação.

Ser Flamengo é morder com vigor o pão da melhor paixão; é respirar fundo e não temer; é ter coração em compasso de multidão.

Ser Flamengo é ousar, é contrariar norma, é enfrentar todas as formas de poder com arte, criatividade e malemolência. É saber o momento da contramão, de pular o muro, de driblar o otário e de ser forte por ficar do lado do mais fraco. É poder tanto quanto querer. É querer tanto como saber; é enfrentar trovões ou hinos de amor com o olhar firme da convicção.

Ser Flamengo é enganar o guarda, é roubar o beijo. É bailar sempre para distrair o poder e dobrar a injustiça. É ir em frente onde os outros param, é derrubar barreiras onde os prudentes medram, é jamais se arrepender, exceto do que não faz. É comungar a humildade com o rei interno de cada um.

É crer, é ser, é vibrar. É vencer. É correr para; jamais correr de. É seiva, é salva; é vastidão. É frente, é franco, é forte, é furacão. É flor que quebra o muro, mão que faz o trabalho, povo que faz país.

Artur da Távola

Música de hoje

Tendo A Lua – Os Paralamas do Sucesso – Composição: Herbert Vianna; Tet Tillett

Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim

O céu de ícaro tem mais poesia que o de galileu
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Querendo ver o mais distante e sem saber voar
Desprezando as asas que você me deu

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.

Eu hoje joguei tanta coisa fora
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.
Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.

Um ano de papo De Rocha

                                                                                                     Por Elton Tavares

Eu com Régis e André, colaboradores do De Rocha

Estou escrevendo neste espaço há exatamente um ano. Comecei com a cabeça transbordando de idéias e o coração abarrotado de sentimentos diversos, falando abertamente de meus defeitos e virtudes, fragilidades e pontos fortes. Já detonei muita gente, elogiei um montão de pessoas que fazem coisas incríveis, divulguei eventos culturais, falei de mim, da família, e comportamento, amigos, da lua, do céu e estrelas. Também reproduzi textos legais e besteiras dos outros.

Aí ganhei dois reforços de peso, os colaboradores André Mont’Alverne (que manda muito bem quando se trata de música e cinema) e Régis Sanches, que anda meio sumido, é verdade (que arrebenta falando de política e comportamento). Dois amigos inteligentes e com mentes férteis, que sempre visam a objetividade.

Já abordamos desde futilidades a coisas sérias, como política e religião, tudo muito parcial, porque o blog é meu e imparcialidade fica para os veículos “sérios” (pelo menos deveria ser assim). Afinal, este espaço é para dizer o que acho, seja certo ou não, depende dos posicionamentos e óticas de cada um.

É engraçado como gostei desse papo de ser blogueiro, sabiam que isso vicia? Adoro os comentários, adoro quando algo repercute, adoro quando vou a um bar e um leitor, amigo ou não, diz: “Pô, legal aquele lance que escreveste” ou “Nada haver aquilo lá cara”. É bem legal mesmo. A média de acessos está em torno de 200 ao dia. Afinal, aqui falamos também de nossos sonhos guardados em gavetas e experiências de nossas vidas.

A expressão “de rocha” é um termo muito usado pelos amapaenses, uma gíria como que quer dizer que o papo é reto, firme e dez, como dizem alguns. Eu tento falar um pouco de tudo, alfinetar, elogiar e retratar, seja de maneira séria ou humorada. Os textos postados aqui já deram o que falar, já me criticaram, parabenizaram e corrigiram.

Alguns gostaram, concordaram e discordaram, fora os que me execraram. O importante é a liberdade de expressão, seja no sentido metafórico ou na bucha. Para mim, as pessoas ouvem ou lêem quem tem sempre algo a dizer.

Estou muito feliz pelos 664 textos postados (50% meus), os 147 seguidores (leitores assumidos) e os quase 20 mil acessos. Agradeço a todos que colaboraram de alguma forma para esta página (fotos, poemas, comentários e textos em geral). Continuarei dando pitaco no nosso cotidiano, divulgando cultura, discordando e divertindo a massa, seja sobre o Amapá, Brasil ou qualquer lugar do mundo. Obrigado queridos leitores, mesmo. Valeu praca!

Sem idéias

                                        Por Elton Tavares
Ando meio sem idéias para textos legais nesta página, “meio desligado”, como diriam os Mutantes. Acho que é porque não estou lendo o suficiente, já que a “leitura precede a palavra. Além disso, meus fantasmas estão com tudo, me devastam interiormente. Uma série de contrariedades me corrói, asfixiando-me bem devagar.

Existe muralha imensa, intransponível e implacável. Por conta dela, enxergo a inevitabilidade do desenrolar. Ando cansado e cansando. Um monte de pequenas coisas que, quando somadas, viram um coisão. E por não querer desistir e não querer perder, tenho a impressão que existe uma bigorna sobre os meus ombros.

Bom, sigo lutando contra a entre safra de boas idéias, reproduzindo textos alheios e providenciando exorcismo dos meus demônios, pois como disse o saudoso Renato Manfredini, mais conhecido como Russo, na música “Metal contra as nuvens”:

“E nossa história não estará, pelo avesso assim, sem final feliz. Teremos coisas bonitas pra contar e até lá, vamos viver. Temos muito ainda por fazer, não olhe pra trás, apenas começamos. O mundo começa agora, ahh! Apenas começamos”

Música de hoje

Trac Trac – Os Paralamas do Sucesso – Composição: Fito Paez

Não, não passa o tempo

Ao menos para mim

Tomo comprimidos e sigo sem dormir

Vejo tantos portos, não há onde atracar

Já não existem laços, alguém cortou

Trac, trac, trac


Todos os perfumes, todo aquele lugar

Todas as misérias e tudo mais que há

Cada movimento do sol sobre você

Cada móvel velho e cada anoitecer

Yeah, yeah…


Dá-me tu amor, solo tu amor

Solo dá-me tu amor


Poucas garantias há para nós dois

Nada neste mundo tem tanto valor

Todos os vizinhos parecem saber

E lançam seus olhares sobre eu e você

Yeah, yeah…


Veio todo mundo, a Rádio e a TV

Veio o comissário, anjos do céu também

Todos querem algo, sangue ou não sei quê

Em todo Universo nada lhes dá mais prazer

Yeah, yeah…

Chega de blá, blá, blá!

                              Por Elton Tavares

Você age como fala e diz que pensa? Tô cansado de ver gente falando, escrevendo e se gabando disso e aquilo. Não seja hipócrita, faça valer sua palavra e escrita. Isso vale para um monte de jabazeiros por aí e outros que acham que falar bonito é o suficiente.

Se você escreve algo, nos remete a idéia que acredita naquilo. Mas esse papo de bater e assoprar é uma prática comum no Amapá, Macapá e até em nosso ciclo social.

O recado é o seguinte, não fale ou escreva no que não acredita só porque acho “legal”. Existem casos isolados, como sarcasmo e humor, mas para tanto, é preciso um mínimo de talento, que não é o caso a que me refiro.

Sei que é difícil só falar a verdade, mas está na hora de começar a treinar. Deixe de ser hipócrita e só dê papo “De Rocha”.

Luta por direitos

O Sindicato dos Jornalistas do Amapá vai formar a comissão que vai discutir com o Sindicato das Empresas de comunicação no Estado, o acordo coletivo da categoria. O Nosso acordo já foi aprovado e prevê piso salarial, planos de cargos e salários, seguro de vida e data base, além de direito intelectual e a carga-horária que não vem sendo respeitada por muitos empresários.

O acordo coletivo vai ser protocolado na Superintendência Regional do Trabalho para o inicio das negociações. Uma reunião geral deve ser marcada com todos os sindicalizados e jornalistas interessados no assunto.

Meu comentário: Tomara que agora este Sindicato funcione. Respeito os profissionais que fazem parte da associação de classe, já pensei muitas vezes em me filiar, mas como nunca vi as coisas mudarem, desisti. Fico na torcida para o êxito da reunião, que o resultado seja favorável para os jornalistas do Amapá. Acho que vou procurar o órgão, pois parece que ele será, finalmente, um Sindicato de fato.

Dia de Finados

                                                                                              Por Elton Tavares

Hoje (2) é o Dia de Finados. Como todos os anos, irei acender velas e bater um papo com os meus mortos, pois é uma visita agendada. Uma homenagem ao meu pai, avós, tio e alguns amigos. Pessoas queridas que já faleceram, mas ainda estão vivas em meu coração. É incrível como, mesmo após muitos anos, ainda sinto a falta deles. É, o inesperado está sempre à espreita. Mas após algumas perdas, aprendi que sempre devemos superar e começar de novo.

O conceito do Dia de Finados diz que:

Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática de quase dois mil anos.
Esse é o grande lance, temos que amar as pessoas importantes para nós agora, enquanto ainda temos chance. Renato Russo cantou, há muitos anos atrás, o velho papo de Camões: “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. Falando em citações, lembrei do poema “Filtro Solar”, que tem um trecho que diz: “Dedique-se a conhecer seus pais. É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez.”

É isso, ame os seus hoje, não deixe para amanhã. Bom, tem muita gente que prefere levar flores e acender velas pela manhã, eu irei mais tarde, tomara que a tradicional chuva caia somente após a minha visita aos cemitérios de Macapá.

Falando em saudade, aí embaixo está um pedacinho de uma verdadeira prece, uma das melhores músicas amapaenses:

“Ainda lembro de ti
e as luzes do espaço me tiram o compasso do coração
Ainda trago os calos
Daquele amor que ficou em algum verão”

Algum Verão (Zé Miguel)

10 passos para ser um péssimo namorado

Me considero um bom namorado, mas confesso que peco em algumas situações e atitudes. Li esse texto ontem e resolvi mostrar á vocês:

10. Odeie series da Warner, Sony e todos os programas de meia hora da TV a cabo. Diga que comedias românticas te fazem acreditar em algo que não existe. Faça questão de lembrar disso toda vez que estiverem na fila do cinema.

9. Não goste dos amigos dela. Fale não acreditar em amizade entre homem e mulher. Deixe claro que você só têm amigas por acidente de percurso, mas seja suficientemente cínico para irritá-la dizendo que com você e aquela sua amiga é “diferente”.

8. Faça sua agenda de acordo com os jogos do seu time. Evite sair de casa aos domingos no período das 16h até as 20h. Esclareça que festas, aniversários e confraternizações quartas e quintas devem ser abominadas.

7. Seja amigo das suas ex-namoradas. Faça questão de manter contato. Diga que é normal, são todos adultos e o sexo com elas nem era tão bom assim. Intenso, mas de qualidade discutível.

6. Trabalhe até tarde. Quando ela reclamar que você não tem tempo pra ela, deixe o trabalho de lado. Aí quando ela falar que você está a sufocando, o que não deve demorar muito, volte a trabalhar.

5. Evite suspeitas de estar fazendo algo errado. Por mais que todas as evidencias comprovem, defenda-se sendo honesto e homem. Ela vai fuçar seu celular, e-mail, computador e não vai achar nada. Não traia sua namorada, isso vai deixá-la maluca por não conseguir provar nada.

4. Tenha bom gosto suficiente para vestir-se mal. No limite do aceitável – por você, é claro – e bem diferente dos namorados das amigas dela. Lembre-se: aquela camisa surrada e mais confortável do mundo estará sempre a sua disposição. Ela, não.

3. Evite uma discussão. Diga “ok, ok, você está certa” mesmo sabendo que ela está confundindo a assassina Leila Cantanhede de Vale Tudo com o Adalberto Vasconcellos de A Próxima Vítima. Mas quando você abrir o Wikipedia e mostrar que estava certo prepare-se para um “também não precisa jogar na minha cara”.

2. Não se preocupe com o status do relacionamento nas redes sociais como Orkut e Facebook. Muito menos repare se ela deixou ou adicionou uma comunidade.

1. Fale a verdade. Se há algo que deixa o ser humano perplexo, acredite, é ouvir a verdade.
– “Você acha que engordei?”
– “Uhum”
– “O que?”
– “Eu disse que sim, sua gorda surda”