Falsidade e dissimulação

                                                                                         Por Elton Tavares

Existe um tipo de pessoa que, mesmo eu sendo desconfiado e “macaco velho”, as vezes me surpreende. Trata-se da falsa gente boa. Não costumo acreditar na “primeira impressão”, “amor a primeira vista”, astrologia, pessoas totalmente sujeiras ou cem por cento santas. Mas mesmo assim, ainda tenho amargas surpresas.

Hoje, tive certeza do que já desconfiava há umas duas semanas, uma pessoa com quem convivo há pelo menos três meses, que eu achava que era muito legal, me detona. Aquele tipo de gente que sorrir para você e te apunha-la por trás, sim, os covardes são os piores. Por isso gosto de mostrar quem eu sou de cara.  

Este ser desprezível anda falando horrores sobre mim, a velha e maldita fofoca. O perfil da pessoa que fofoca é baseado em ressentimentos e seus próprios defeitos e isso é fato. O pior é que todo mau caráter que fala mal de alguém pra ti, certamente falará mal de ti aos outros e isso também é fato.


Acredito que trata-se daquele tipinho que faz tudo qualquer coisa para subir na vida. Que acha bonito o “jeitinho”, que adora rir de piadas idiotas, desde de que sejam contadas por “gente influente”. Sim, a pessoa é sorrateira e medíocre.
O pior é que a pessoa é carismática e brincalhona. Daquelas que você adora tomar uma cerva. Ledo engano. No fundo é um demônio, a personificação maquiada da dissimulação. Acho que eu nunca vou me acostumar com tal comportamento. Eu realmente odeio falsidade.

Como sei que a figura em questão lê este blog e espero que tenha inteligência o suficiente para saber que este recado é para ela, fica a dica, eu sei o que você pensa que trama pelas minhas costas (risos). E não tenho o mínimo de receio. Sabe porquê? Porque aprendi que, cedo ou tarde, as máscaras caem e eu continuo sendo eu mesmo, queridão da galera (risos).

Música de hoje

Tô Voltando – Composição: Paulo César Pinheiro / Maurício Tapajós
Pode ir armando o coreto e preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar, muda a roupa de cama
Eu tô voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar…
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar porque eu tô voltando
Dá uma geral, faz um bom defumador, enche a casa de flor
Que eu tô voltando
Pega uma praia, aproveita, tá calor, vai pegando uma cor
Que eu tô voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar que eu só quero mesmo é
Despentear
Quero te agarrar… pode se preparar porque eu tô voltando
Põe pra tocar na vitrola aquele som, estréia uma camisola
Eu tô voltando
Dá folga pra empregada, manda a criançada pra casa da avó
Que eu tô voltando
Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar…
Quero lá.. lá.. lá.. ia…
Porque eu tô voltando!

A violência é tão fascinante e nossas vidas são tão normais

                                                                                       Por Elton Tavares

Imagem do filme “Clube da Luta”.
Ainda pouco, assistindo uma briga de vizinho, lembrei da frase de Renato Russo: “A violência é tão fascinante e nossas vidas são tão normais”. Eu adoro ver um porradal, pode parecer grotesco, burrice ou algo assim, mas no fundo, muita gente dá valor num pé de porrada “mano a mano”. Trata-se daquele tipo de briga sem armas, só tabefe, pontapé, bicuda, socos e etc.

Aí virão os chatérrimos politicamente corretos e dirão: “violência não leva a nada” ou “violência só gera violência”. Concordo, mas ver uma porradinha de vez em quando é bacana sim.

Lembro quando a minha lei era no braço, eu realmente não levava desaforo para casa. Mas nunca briguei sem um motivo relativamente justo. Quase sempre foi para defender amigos.

Imagem do filme “Laranja Mecânica”
Claro que houve momentos estúpidos como surtos de ciúme, mas faz parte da coisa, principalmente quando se é adolescente ou tem 20 e poucos anos. Ah, eu ganhei no mínimo 80% delas. É, eu era marrento (risos).

Hoje em dia, brigo mais com palavras e argumentos, mas não arrego se o bicho pegar. E não adianta se for jiujiteiro (é a moda), maromba, malaco ou playboy. Dá para cair dentro sem problema algum. Sabem por que penso assim? Porque em momentos extremos, um murro vale mais que mil palavras.

Resumindo o devaneio da madruga de domingo, “A violência é tão fascinante e nossas vidas são tão normais”. Mas a paz é sempre mais legal. Tenham todos um excelente domingo. Abraços na geral!

Recado ao Jair Bolsonaro

                                          Por Elton Tavares 
Nossa turma é desencanada de quem é negão, maluco, gay, vascaíno, judeu ou Boêmios do Laguinho, gostamos até gente políticamente correta (risos)
Assintindo ao programa Custe o Que Custar (CQC), onde o deputado Jair Bolsonaro confirmou ser um completo idiota racista e homofóbico, faço minhas as palavras que o compositor Evandro Mesquita declama ao final da música “Você não soube me amar”:
 ” (…) Nosso grupo sempre foi um grupo aberto. Nós nunca tivemos preconceitos, dogmas, Dobermanns, Dálmatas, Pointers, Sisters, Allmann, Brothers, nem Crosby, (…), nem Young… Talvez Lennon, não, McCartney… Talvez, quem sabe…”
É isso aí e foda-se o Bolsonaro!

Música de hoje

Preciso Me Encontrar – Cartola

Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Rir pra nao chorar.
Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Rir pra nao chorar.
Quero assistir o sol nascer,
Ver as águas dos rios correr,
Ouvir os pássaros cantar,
Eu quero nascer e quero viver…

Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Rir pra não chorar.
Se alguem por mim perguntar,
Diga que eu só vou voltar,
Depois que eu me encontrar…

Quero assistir o sol nascer,
Ver as águas dos rios correr,
Ouvir os pássaros cantar,
Eu quero nascer e quero viver…
Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Rir pra nao chorar.
Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Rir pra nao chorar.

Coral Anchietano, muito lindo!

                                                       Por Elton Tavares
Coral formado por crianças especiais – Foto: Márcia do Carmo.

Ontem (31), fui cobrir uma pauta na Escola José de Anchieta. O assunto foi a retomada de um projeto de Rádio nas instituições de Ensino (leia o post anterior). Durante a programação, rolou uma apresentação emocionante do Coral Achietano, formado por alunos especiais do Anchieta.

A coisa foi muita legal, no meio da música que as crianças cantaram, tem um trecho que diz: “Se alguém não percebe que você é especial, essa pessoa é deficiente do coração”. Eu adorei, muito firme, coisa linda, comovente, feita por meninos e meninas fascinantes.

Indo para o Bailique

                                                          Fim de tarde no Bailique – Foto: Daniel Nec.
Saindo de casa, são 5:55h da manhã. Viajo para o Arquipélago do Bailique a trabalho. Quem pilota o blog mais tarde é o meu amigo André Mont’Alverne. Tenham todos uma ótima terça-feira. Abraços na geral!

Elton Tavares

Amigo não separa briga, chega na voadora!

                                                             Por Elton Tavares
Imagem: Achei no Google.
Se tenho uma virtude máxima, é certamente a lealdade. Costumo ficar do lado dos meus até mesmo quando eles estão errados (claro que dou aquela velha cagada na pessoa), se estiverem certos então, vamos atrás do capeta lá inferno.

Hoje, fui criticado por alguns figuras sobre a reprodução de textos, no mínimo “polêmicos”, no meu blog. Os tais críticos mandaram mensagens cheias de blá,blá, blás, falando de ética, moral e profissionalismo, tudo balela.

Afinal, porque eu acreditaria em um pessoal que mal conheço ao invés de uma profissional com quem trabalhei, com um perfil firmeza, além de grande amiga? Ah, senhores e senhoras, a merda ta feita, como diz o adágio popular: “pior a emenda que o soneto”, pois não existem argumentos contra fatos.  

Imagem: Achei no Google.

Esse lance de verdades e mentiras na internet é uma coisa interessante e engraçado, de repente aparece “tanta gente fina, elegante e sincera”. Eu posso afirmar, sem medo algum, que continuarei trabalhando corretamente, coisa que não posso falar de vocês e acho que nem preciso explicar porque.


Entre verdades escrachadas ou mentiras sinceras, só repito o que aprendi com o meu falecido e saudoso pai: “Não faça mal a ninguém, aí já estará fazendo o bem”, dizia José Penha Tavares, sabiamente. Acho que é marromêno por aí mesmo.

Imagem: Achei no Google.

Aos que “repudiam” o espaço que dei para os desabafos, só tenho um recado: sigam suas vidinhas desinteressantes e eu a minha bacanona (risos).

Enquanto Belém recebe Iron Maiden, o Restart toca aqui, que merda!

                                                                                             Por Elton Tavares
New Kids On The Block, Locomia e Polegar, bandas ridículas, mas nada supera o Restart
Na época que eu era adolescente, final dos anos 80 e início dos 90, tempos de The Smiths, The Cure, Legião Urbana, Titãs e tantos outros nomes de alta qualidade, tanto sonora, melódica e letras inteligentes, também existiam bandas medíocres. Mas quando falávamos de “conjuntos” (nem se usa mais essa palavra para grupos musicais) ridículos eram coisas como New Kids On e Block, Locomia e Polegar (sim, aquele do maluco que curte pilhas), entre outras (quem não souber quem foram esses merdas, que procurem no Google, nem vou me dar ao trabalho de explicar).

No entanto, a esculhambação chegou ao ápice, pois infelizmente hoje em dia existe o “Restart”. Frangotes que usam um visual gay (com todo respeito aos perobas, principalmente os amigos) e óculos New Wave. Os moleques até ganharam o prêmio “revelação”, no concurso “os melhores do ano” do “Domingão do Faustão”. Sifudê!

Emos coloridos com canções medíocres, o sinal dos tempos. 
O pior de tudo é que os emos coloridos farão um “show” em Macapá, no próximo dia 02 de abril. Deste jeito, nossa capital continuará refém do brega, domingueiras nos clubes de letrinhas e batidões terríveis. Fora a velha mania de ir ao pagode, sujo, de chinelo e já embriagado, eu passo longe. Mas isso é outra história.

Pior que essa situação não é só culpa dos empresários que trabalham com entretenimento. Pasmem, mas no ano passado, durante a Expofeira, quando trouxeram (argh) Detonautas, a organização do evento deixou os Titãs como última opção, a primeira era o sertanejo alegrinho, Luan Santana. É como o Lobão disse uma vez: “Se sua banda veio depois do Raimundos, desculpe, não é rock nacional”.

Discordo do Lobão, pois têm uma meia dúzia que são muito bacanas, como a stereovitrola e Godzilla, ambas amapaenses. Mas coisas como NX0, Detonautas, CPM22, JQuest (acho que só eu não fui para o show deles e Macapá) e coisas desse naipe, eu desprezo. Pior é quem faz cover dessas aberrações sonoras, como uma certa banda local, que também tem letrinhas e números no nome. 

Enquanto os frangotes coloridos atravessam o Amazonas para tocar aqui, a velha “Donzela de Ferro” estará em Belém. Sifudê!

Confesso que é muito difícil de admitir, mas musicalmente, Macapá não existe para os grandes artistas (a não ser os “lado B”, que volta e meia dão as caras em algum festival). Escuto, assisto e leio notícias sobre ótimos shows de rock que só chegam até Belém (PA), a exemplo da clássica Iron Maiden, que tocará no dia 01 de abril, na capital paraense. Que inveja branca!


Certa vez, Gilberto Gil disse: “De um lado este carnaval, do outro a fome total”. Deve ser assim que meus amigos da Terra das Mangueiras olham para cá, no sentido rock da coisa, claro. É como a velha frase que diz: “cômico, se não fosse trágico”. Realmente são dois mundos separados pelo Rio Amazonas. É palha, mais é verdade.
Voltando ao “show” do Restart em Macapá, respondo com uma poesia tão fuleira quanto as letras da bandinha de adolescentes: “vou não, quero não”. Égua-moleque-tu-é-doido! Ah, falando de citações, lembrei de uma que define bem a atual situação da música: “alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem MUSICAL”. Boicotem a apresentação dos emos coloridos, só assim garantiremos que eles nunca mais voltarão aqui.
Ah, se você gosta mesmo de rock. Vá para o evento “Vila do Rock”, no mesmo 02 de abril, nos altos do Brisa’s Bar (orla), a partir das 21h, com as bandas Mazah, Radiofone e stereovitrola.

Há dois anos, o Radiohead tocou em SP, eu estava lá

                                                                                       Por Elton Tavares
Imagem: Blog Factóide
Existem experiências na vida que não esquecemos, jamais. Em março de 2009, há exatamente dois anos, eu e alguns amigos assistimos ao show da banda inglesa Radiohead, em São Paulo.

Imagem: Blog Factóide

Após comer uma picanha argentina no Mercado Municipal de Sampa, nos dirigimos para a Chácara do Jóquei, local do Festival “Just a Fest”, que contou com as bandas Los Hermanos, Kraft Werk e, é claro, a Radiohead.
Imagem: Blog Factóide
Os Los Hermanos fizeram um show legalzinho, em tom de despedida, já que foi a última apresentação deles. O Kraftwerk detonou nos recursos visuais e eletrônicos, justamente o que esperávamos.

Imagem: Blog Factóide

Não sei como descrever o show do Radiohead, o ápice da viajem, o termo incrível é pequeno para a magnitude do espetáculo que eles proporcionaram, valeu cada centavo, as 6h de avião, a distância do local do evento (quase não conseguimos sair de lá, uma procissão a zero por hora, risos).

Eu e André Mont’Alverne (amigo e colaborador deste blog) no show do Radiohead.

Setlist do Show do Radiohead:

01. 15 Step
02. There There
03. The National Anthem
04. All I Need
05. Pyramid Song
06. Karma Police
07. Nude
08. Weird Fishes/Arpeggi
09. The Gloaming
10. Talk Show Host
11. Optimistic
12. Faust Arp
13. Jigsaw Falling Into Place
14. Idioteque
15. Climbing Up The Walls
16. Exit Music (For A Film)
17. Bodysnatchers
18. Videotape
19. Paranoid Android
20. Fake Plastic Trees
21. Lucky
22. Reckoner
23. House of Cards
24. You and Whose Army
25. Everything In Its Right Place
26. Creep

Paguei 200 paus nele, mas valeu cada centavo.
Foi fantástico e inesquecível. Obrigado a todos que dividiram aquele dia comigo, pois o guardo no coração. Ah, usei as imagens do Blog Factóide porque as minhas fotos estão no outro computador.
Radiohead

Radiohead é uma banda inglesa de rock alternativo, formada no ano de 1988, em Oxford, por Thom Yorke (vocais, guitarra, piano), Jonny Greenwood (guitarra), Ed O’Brien (guitarra), Colin Greenwood (baixo, sintetizador) e Phil Selway (bateria, percussão). Ah, é um dos grupos de rock mais fodas do mundo.

Música de hoje

Banda Blitz no programa do Chacrinha – 1982 – Imagem encontrada no Google.

                                               Você Não Soube Me Amar – Blitz

“..Todo mundo dizia
Que a gente se parecia
Cheio de tal coisa e coisa e tal
 

E realmente a gente era
A gente era um casal
Um casal sensacional
Você não soube me amar
Você não soube me amar
Você não soube me amar
Você não soube me amar
 

No começo tudo era lindo
Era tudo divino era maravilhoso
Até debaixo d’água nosso amor era mais gostoso
 

Mas de repente a gente enlouqueceu
Ai eu dizia que era ela
Ela dizia que era eu

Você não soube me amar
Você não soube me amar
Você não soube me amar
É foi isso que ela me disse
 

Oh! baby não! “

Música de hoje

Flor de Lis – Djavan

“Valei-me, Deus!
É o fim do nosso amor
Perdoa, por favor
Eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez
Tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei?
Eu só sei que amei,
Que amei, que amei, que amei…”