Festival Burger Fest Rock reúne culinária criativa e empreendedorismo com o apoio do Governo do Estado

Com sabores, estilo e muita música, inicia nesta sexta-feira, 25, a 3º edição do Festival Burger Fest Rock, que conta com o apoio do Governo do Estado. A programação é uma vitrine para hamburguerias artesanais com uma pitada tucuju e para a apresentação de bandas de rock. O evento segue até domingo, 27, no estacionamento do Sebrae, das 17h às 23h.

A iniciativa faz parte do projeto “Gastronomia Tucuju”, desenvolvido pelo Sebrae, que busca valorizar o turismo gastronômico, a regionalidade e ampliar a participação das empresas no mercado com cursos, palestras, oficinas e promoção de eventos.

Serão 24 hamburguerias artesanais expositoras que devem apresentar uma receita inovadora e exclusiva para expor no festival. Dessa forma, os visitantes terão uma experiência gastronômica única de sabores e sensações, fortalecendo o empreendedorismo amapaense.

“As expectativas são as melhores possíveis em termos de diversificação e regionalidade nas receitas, inovação dos cardápios, valorização das hamburguerias artesanais, e de próprio público visitante”, reforça a gestora do projeto Gastronomia Tucuju, Tatiane Negrão.

Homenageando a rainha do rock brasileiro, Rita Lee, os três dias de festival terão atrações musicais com bandas de rock locais, seis delas credenciadas pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult). São elas: Estereovitrola, Venecy, Ajota, Cadilac Blue, Dezoito21 e Tia Biló.

“O Governo do Amapá segue de mãos dadas com o Sebrae Amapá no processo de valorização do empreendedorismo e fomento da cultura urbana do nosso estado. Entendemos o processo gastronômico como parte da identidade cultural amapaense e que se traduz pela regionalização dos pratos que, com certeza, serão apresentados ao público”, reforça a secretária de Cultura do Amapá, Clicia Vieira Di Miceli.

O evento também terá produções exclusivas como a Cozinha do Chef – Aula Show, comandadas por chefs burger amapaenses e convidado nacional. Haverá oficinas preparatórias de Boas Práticas de Alimentação e Marketing Digital; comercialização de hambúrgueres artesanais, steakhouse, cerveja artesanal, drinks, sobremesas e sucos. O público poderá apreciar ainda o Espaço Tatoo e exposição de camisaria e acessórios.

Texto: Winícius Tavares .Colaboradores: Rafaela Bittencourt
Fotos: Sebrae/Divulgação
Secretaria de Estado da Comunicação – SECOM/GEA

Sebrae promove 3ª edição do Festival Burger Fest Rock e homenageia Rita Lee

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Amapá (Sebrae) promove a 3ª edição do Burger Fest Rock com 24 expositores. O objetivo é apresentar as hamburguerias amapaenses, com receitas inovadoras e exclusivas para o festival; proporcionar ao visitante uma experiência gastronômica única, com sabores e sensações, além de tornar o nome do evento significativo e associado à marca Sebrae. O evento acontece no estacionamento da sede da instituição, no período de 25 a 27 de agosto, das 17h às 23h.

“O Burger Fest Rock é um exemplo de como a união entre a culinária criativa e o empreendedorismo podem gerar resultados notáveis, beneficiando tanto os negócios, quanto a comunidade que eles atendem. Esperamos que este evento seja não apenas uma experiência saborosa, mas também um catalisador para o fortalecimento da economia local”, disse a diretora técnica do Sebrae no Amapá, Suelem Amoras.

Projeto

O Projeto Gastronomia Tucuju é destinado às empresas do setor dos negócios de alimentação, de modo a fortalecer o Turismo Gastronômico, valorizar a regionalidade e ampliar a participação das empresas no mercado. O projeto oferta soluções personalizadas para as empresas participantes, por meio de cursos, palestras, oficinas, eventos de mercado, consultorias, informações e orientações direcionadas para alavancar os negócios.

“As expectativas são as melhores possíveis em termos de diversificação e regionalidade nas receitas, inovação dos cardápios, valorização das hamburguerias artesanais, e de próprio público visitante. Esperamos com o festival, proporcionar uma experiência gastronômica diferenciada, com sabores, bom som e estilo” disse a gestora do Projeto Gastronomia Tucuju, Tatiane Negrão.

Atividades

O evento apresenta produções exclusivas na Cozinha do Chef – Aula Show, comandadas por chefs burger amapaense e convidado nacional; Oficinas Preparatórias: Boas Práticas de Alimentação e Marketing Digital; Comercialização de hambúrgueres artesanais, steak house, cerveja artesanal, drinks, sobremesas e sucos; Espaço Tatoo; E exposição de camisaria e acessórios.

Parceiros

São parceiros da 3° edição do Festival Burger Fest Rock no Sebrae, a empresa Norte Rock, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e o Governo do Estado por meio da Secretaria de Cultura do Estado do Amapá (Secult).

Coordenação

O Burger Fest Rock é coordenado pela gerente da Unidade de Atendimento Coletivo – Comércio e Serviços do Sebrae no Amapá (UAC-CS), Vânia Chermont; e pela gestora do Projeto de Gastronomia Tucuju, Tatiane Negrão.

Sebrae no Amapá/Unidade de Marketing e Comunicação

Há 54 anos, encerrava o Festival Woodstock – #Woodstock #Woodstock69

Há exatos 54 anos, encerrava o Festival de Woodstock. O evento foi realizado, de 15 há 18 de agosto de 1969, em uma fazenda de 600 acres de Max Yasgur, na área rural de Bethel, no estado de Nova York (EUA). Com o objetivo de reunir lendas do rock, a festa levou milhares de jovens até lá. Foi o acontecimento mais importante da história da música.

Anunciado como “Uma Exposição Aquariana: 3 Dias de Paz & Música”, o festival deveria ocorrer originalmente na pequena cidade de Woodstock, mas os moradores locais não aceitaram, o que levou o evento para a Bethel, a uma hora e meia de distância (160 km de NY).

Cerca de 400 mil pessoas invadiram a cidade de Bethel para o Woodstock, onde residiam somente 2.300 cidadãos. Como a organização esperava “apenas” 60 mil pessoas, somando o público de todos os dias, a saída foi improvisar postos de alimentação gratuitos quando eles se depararam com uma massa sete vezes maior. Cidades vizinhas doaram frutas, enlatados e sanduíches.

Até hoje, o Woodstock é considerado um marco na história da música mundial. Mesmo depois de 52 anos, os relatos sobre o festival são de que o mundo parou por três dias de agosto de 69 (número sugestivo, não?) para uma grande confraternização e celebração.

Quem encerrou a festa foi nada mais, nada menos que o maior guitarrista da história. Ele mesmo, Jimi Hendrix. Antes dele, grandes nomes do rock estiveram no palco do festival, como Janis Joplin , Joe Cocker, Santana, Grateful Dead, Joan Baez, The Band, Johnny Winter e The Who.

Além de reunir alguns dos artistas mais consagrados do rock dos anos 60, o Woodstock foi a maior contestação social da juventude da época.

Woodstock pode ser considerada também a festa que teve a maior quantidade de penetras da história mundial. Em contrapartida muitos artistas convidados pensaram duas vezes em participar, The Doors e Led Zeppelin são os exemplos mais famosos. Os produtores até tentaram os The Beatles, que não toparam porque não convidaram a banda da Yoko Ono, obviamente uma negação de John Lennon.

Os que entraram para a História foram aqueles que se arriscaram, público e artistas que participaram e fizeram sua parte. Ao todo foram 35 apresentações. Literalmente eles deram um show.

Setlist dos shows que rolaram em Woodstock:

Richie Havens – Here comes the sun (George Harrison)
Sweetwater – Join the band (Alex Delzoppo, Fred Herrera)
Joan Baez – Diamonds and rust

Santana Oye como va (Tito Puente)
Grateful Dead – Fire on the mountain (Mickey Hart, Robert Hunter)
Janis Joplin Maybe (Richard Barrett)
The Who – My generation (Pete Townshend)

Joe Cocker – With a little help from my friends (John Lennon, Paul McCartney)
The Band – Mystery train (Junior Parker)
Johnny Winter – I smell smoke (Roger Reale, Jon Tiven, Sally Tiven)
Jimi Hendrix – Wait until tomorrow

Fontes: revistas, jornais, sites e nossas conversas de mesa de bar sobre Rock and Roll.

Lembrança boa de hoje: Johnny Marr no Lollapalooza Brasil 2014

Foto: Elton Tavares

Todo dia bate uma saudade de ver um shonzão. No Lollapalooza Brasil 2014, o guitarrista Johnny Marr, ex-integrante do The Smiths arrebentou. Mesmo com o fato de o seu show ter sido realizado no palco Onix (longe pra caralho, quase mais de 1km do palco Skol e quase dois para o palco Interlagos). Ele tocou e cantou canções de seu projeto solo, mas levantou a massa mesmo com músicas dos Smiths.

Foto: Elton Tavares

Stop Me If You Think You’ve Heard This One Before, Bigmouth Strikes Again e How Soon Is now? (com a presença surpresa de Andy Rourke, ex-baixista do Smiths, que tocou junto com Marr ). Além disso, na apresentação de Johnny rolou som da banda Eletronic (projeto dele, Bernard Summer do New Order e Neil Tennant do Pet Shop Boys) e The Clash, com I Fought The Law. Há sete anos. Eu tava lá. Foi um showzaço!

Elton Tavares

Rock doido de bom – Crônica de Ronaldo Rodrigues

Crônica de Ronaldo Rodrigues

Estive mais uma vez reunido com a galera do rock. Roqueiros de várias gerações vieram falar comigo. Uns lembraram o som do rock que ouviram em discos de vinil e outros me falaram de novidades tecnológicas, as mil possibilidades de se fazer som em novas plataformas (é assim que se diz, né?).

Ao contrário do que muita gente preconceituosa acha, show de rock é um momento de paz e papo com os amigos. Um grande encontro que, muitas vezes, pelo menos pra mim, o que menos importa é o show que rola no palco. O meu show, o nosso show, fazemos nós.

Confraternização é o nome certo desse encontro, com acordes gritantes das guitarras. É certo que, na roda punk, o caboco pode muito bem levar uma porrada valendo, mas ele desconta em outro, o outro desconta em outro e assim vai até o fim, sem que ninguém seja derrotado ou que a brincadeira acabe num porradal.

Celebração de memórias afetivas, contação de histórias do tempo de a gente largado, sem compromisso, sem ter que acordar cedo, enchendo a cara de vinho barato pelas madrugadas insones, entre conversas piradas.

No Dia Mundial do Rock, que, curiosamente, só acontece no Brasil, fui ao encontro desse universo, acompanhado de meus filhos, Pedro, Artur e o Capitão Açaí, que a todo momento era lembrado por alguém. E, claro, uma multidão de amigos que me fizeram parecer o grande astro, o superstar da minha noite.

Vida longa aos roqueiros que empunham a bandeira do rock, o escudo da amizade e são capazes de a tudo vencer, até pandemias e guerras e fome e governos criminosos e desastrosos.

E tome brejas, cigarros e outras cositas que fazem florescer a mente e alegrar o coração, já sambado de tantas revoluções.

Rock sim! Rock sempre! Rock na veia do mundo!

Pitty se apresenta para 100 mil pessoas no Macapá Verão 2023 no dia mundial do Rock

Mais de 100 mil pessoas lotaram a Praça do Barão na quinta-feira (13) no segundo show nacional do Macapá Verão 2023 com a cantora Pitty para celebrar o Dia Mundial do Rock. A rockeira cantou seus hits inesquecíveis e atemporais, como “Me Adora”, “Equalize” e “Teto de vidro”. A noite também contou com o show da banda Warshipper, de São Paulo, e outras bandas locais dos mais diferentes segmentos do rock.

O evento foi uma parceria entre a Prefeitura de Macapá e a organização Dia Mundial do Rock no Amapá, que faz parte do maior Macapá Verão de todos os tempos.

A noite agradou não só os pais, mas também os filhos. As crianças tiveram um momento especial na abertura do evento com o show da banda Chocolate com Pipoca, que fez uma versão divertida de clássicos do rock’n’roll.

O ponto alto da noite foi o show da Pitty, que subiu ao palco às 22h e levantou o público com suas canções que marcaram gerações. A cantora também apresentou uma nova versão de “Admirável Chip Novo”, seu primeiro álbum lançado em 2003 que completou 20 anos em 2023.

Em entrevista à Prefeitura de Macapá, Pitty falou sobre a emoção de se apresentar no Macapá Verão. “É uma honra participar desse evento tão lindo e tão importante para a cultura local. Eu amo o Amapá e me sinto em casa aqui. O público é incrível e tem uma energia contagiante”, disse.

Uma das fãs da cantora era Julia Salvador, de 15 anos. Ela veio ao seu primeiro Dia Mundial do Rock acompanhada dos seus pais, Fábio e Adriane. Ela conta que o amor pelo rock é de família.

“Sempre escutei rock em casa com o meu pai e minha mãe. É amor que atravessa gerações. Estar aqui hoje assistindo os shows das bandas que sempre ouvi em casa e da Pitty é uma sensação incrível”, conta Julia.

Segundo o organizador do evento Bio Vilhena, a cultura do rock foi valorizada e esta edição trouxe a diversidade que o gênero abrange. “O rock é um gênero que tem muitas vertentes e muitos fãs. Queremos mostrar que o rock é vivo e que tem espaço para todos os estilos”, disse.

O diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), Olavo Almeida, destacou a importância da data para a cena cultural da cidade. “O rock expressa a diversidade, a criatividade e a resistência dos nossos artistas. Estamos muito felizes em poder realizar esse evento que valoriza as bandas locais e traz uma grande atração nacional como a Pitty”, disse.

As bandas locais também deram um show no dia em homenagem ao Rock. As bandas Alsttar, Viajantes, Indiegentes, Marcel Valkant, Stereovitrola, Nova Ordem, Dezoito 21, Cerimonial Sombrio, Morrigan, Mini Box Lunar, Invaders e Wolfgang fizeram a festa da galera. São sons que vão do metal ao psicodélico; do alternativo ao pop. Elas mostraram o talento e a diversidade da cena rock amapaense, que vai desde o indie ao metal.

A noite foi encerrada com o show da banda Warshipper, de São Paulo, que trouxe um som pesado e visceral para os amantes do metal. O Dia Mundial do Rock foi mais uma atração do Macapá Verão 2023, que segue até o dia 30 de julho com diversas atividades culturais, esportivas e gastronômicas em vários pontos da cidade.

Marcas Oficiais do Macapá Verão 2023 – O maior de todos os tempos:

CEA – Grupo Equatorial Energia, Concessionária de Saneamento do Amapá (CSA), Você Telecom, Mercadão dos Medicamentos, Santa Rita Engenharia, Domestilar, AK Motor’s, Águas da Amazônia, Ecopostos, Laboratório Dr. Paulo J. Albuquerque, Center Kennedy, Limpex Hospitalar, Tratalyx, Rede Amazônica, TV Equinócio, Faculdade Estácio e Claro Brasil.

Secretaria Municipal de Comunicação Social

Com repertório de clássicos do Iron Maiden, Banda Fatalium apresenta especial em Macapá

Reproduzir fielmente a energia, a intensidade e a emoção dos shows do Iron Maiden. Essa é a proposta do especial que a Banda Fatalium vai apresentar nesta sexta-feira, 14 de julho, no Taberna Pub. Para a noite, os músicos prepararam um repertório repleto de clássicos atemporais que marcaram e continuam marcando gerações de fãs da Donzela de Ferro.

Fundada em julho de 2019, a Fatalium tem uma trajetória marcada pela participação em grandes eventos de rock. Para quem quer aproveitar o melhor do Hard Rock, Heavy Metal e Power Metal, essa é a pedida.

O vocalista da banda, Lenno Marques, gosta de dizer que “isso faz com que a banda seja hoje uma das referências do rock pesado, sempre levando um grande público fiel aos eventos”.

FICHA TÉCNICA

Especial Iron Maiden.
Músicos: Lenno (vocal), William (guitarra solo), Nélio (guitarra base), Geison (baixo) e Tulio (bateria).

SERVIÇO:

Local: Taberna Pub (Av. Padre Júlio Maria Lombaerd, 3646 – Centro).
Data/hora: 14 de julho, a partir das 20h.
Ingressos: R$20 antecipado
Reservas pelo WhatsApp (96) 98133-0474
Instagram @bandafatalium

Assessoria de comunicação

Hoje é o Dia Mundial do Rock!! (E vivo o “Roquenrou” desde moleque) #DiaMundialDoRock

Amo Rock and Roll e hoje (13) é o Dia Mundial do Rock. O gênero sonoro mais legal de todos, fruto da junção do Jazz e Blues, é celebrado nesta data porque em 13 de julho de 1985, o produtor Bob Geldof organizou o “Live Aid”, um show histórico e simultâneo, realizado em Londres (ING) e na Filadélfia (EUA). O objetivo era o fim da fome na Etiópia. Lá se vão 38 anos do show que mudou a história do rock.

Já em 2005, Bob Geldof organizou o Live 8, para pressionar os líderes do G8 a perdoar a dívida externa dos países mais pobres. Desde então, o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock.

Lembro o momento exato em que me apaixonei perdidamente pelo Rock. Em 1989, assistia a novela Top Model (sim, naquela época eu não tinha tantas opções) e torcia para o Gaspar (Nuno Leal Maia), um hippie remanescente de sua geração e surfista quarentão, lembrar-se da sua esposa, Maria Regina Belatrix (Rita Lee), que o havia abandonado.

Tudo porque durante as lembranças do cara, em imagens preto e branco, tocava “Stairway to Heaven”, canção clássica do rock and roll, da banda inglesa Led Zeppelin. Era firme. Eu tinha 13 anos. Muito antes, eu já curtia rock nacional e Beatles. Acho que curto som bacana desde 1986.

Desde que caí de amores pelo Rock, foram muitas festas nas quadras de escolas de Macapá, bares, boates, shows na capital amapaense e fora dela. Shows memoráveis e emocionantes nas grandes cidades e festivais inesquecíveis.

Aqui na minha aldeia já vi apresentações de várias bandas nacionais. Fora do Amapá, já fui para quatro festivais Lollapalooza, onde assisti aos shows do Interpol, The Smashing Pumpkins, Raimundos, New Order (Em Sampa e em Curitiba), Pixies, The XX, Metallica, Duran Duran e The Strokes. Isso sem falar nas excelentes apresentações de Rancid, Jimmy Eat World e Criolo. Também rolou de ver, graças a Deus, Red Hot Chilli Peppers, U2, Pearl Jam, The Killers, Radiohead, Morrissey e The Cure (o melhor de todos).

Além disso, procuro incentivar, por meio de divulgação, todos os eventos rockers no Amapá. Nos anos 90, produzi algumas festas e até criamos um movimento chamado Lago do Rock, em 2004. Coleciono grandes momentos felizes na vida. A trilha sonora dessa memória afetiva é 90% Rock. Bons tempos!

Dizem por aí que o Rock morreu, ele nunca morre, só está em constante mudança, assim como nossas vidas. O rock é imortal, ele nos salva da mesmice, basta protegê-lo de mãos erradas.

Sabem, tenho tendências ao extremismo com relação a gênero musical, pois aqui não existe aquele papo de “só é roqueiro até tocar um brega ou pagode das antigas”. Não! Muito menos escutar coisas “da moda”. Aqui sempre foi e sempre será Rock and Roll!

O Rock n’ Roll me salvou. Graças a ele não tenho uma vida ordinária e nem me tornei um “eclético”. Não só amo o estilo, mas vivo o Rock. Feliz Dia Mundial do Rock e LONG LIVE ROCK N’ ROLL!

O Rock é energia, o desejo ardente, as exultações inexplicáveis, um senso ocasional de invencibilidade, a esperança que queima como ácido” – Nick Horby – Romancista inglês

Elton Tavares

Sobre a Origem do Rock e do Dia Mundial do Rock #DiaMundialDoRock

Amamos Rock and Roll e hoje (13) é o Dia Mundial do Rock. No dia 13 de julho de 1985, o produtor Bob Geldof organizou o “Live Aid”, um show histórico e simultâneo, realizado em Londres (ING) e na Filadélfia (EUA). O objetivo era o fim da fome na Etiópia. Lá se vão 37 anos do show que mudou a história do rock.

Em 2005, Bob Geldof organizou o Live 8, para pressionar os líderes do G8 a perdoar a dívida externa dos países mais pobres Desde então, o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock. Vamos resumir a ópera (tudo bem, é um resumão, mas vocês vão curtir):

Sr. Jazz e Sra. Blues

Há cerca de 70 anos, um casal de velhinhos, casados desde o fim da segunda guerra, ambos de pele escura, donos de vozes graves e um jeito simpaticíssimo, risonhos e alegres, que adoram “mexer as cadeiras”, como eles mesmos dizem, brigavam com uma vizinha, a Senhora Música Clássica. É, o Sr. Jazz e Sra. Blues não eram fracos.

Reza a lenda que quando eles saiam por aí juntos, ninguém era de ninguém, e por isso, até hoje é difícil saber quem são os verdadeiros pais dos quatro garotos que brotaram dessa relação tão moderna. O Rockabilly, Rock Progressivo, Hard rock e Rock Pop.

Rockabilly

Rockabilly, o irmão mais velho, herdou dos pais a incansável vontade de dançar. Na adolescência andou muito com um dos seus irmãos, o Rock Pop. Usava calça boca de sino, topete e óculos escuros, mesmo quando não fazia sol. Fez um tremendo sucesso entre as garotas quando jovem, mas se tornou um velho gordo.

Rock Pop

O Rock Pop está sempre na moda, mas quando quer dizer algo, se perde em suas contínuas mudanças de opinião. Já andou com todos os seus irmãos, mas sempre teve problemas com o Rock Progressivo. O que se sabe, é que ele está sempre montado na grana e quem anda com ele, sempre se dá bem financeiramente. Rock Pop é viciado em dinheiro e se vende por qualquer coisa. É normal ouvir falar por aí que ele é um enganador, mas nunca ninguém conseguiu uma prova concreta.

Rock Progressivo

O Rock Progressivo, por sua vez, está na cara, no corpo e no jeito de ser de um legítimo filho do Sr. Jazz e Sra. Blues. É um cara exibicionista, adora se “amostrar”, fazendo inúmeras loucuras. Às vezes, fica chato por demorar muito tempo em suas loucuras, só porque é difícil de fazer. Isso causa irritação em muitas pessoas, mas no fundo, é um cara bacana.

Hard Rock

O Hard Rock é o mais revoltado da família. Às vezes, no meio da diversão se torna meio dançante. Cabeludo, adora usar lenço na cabeça, maquiagem e vive fazendo poses homossexuais. Alguns o chamam de gay, outros dizem que ele só se comporta assim para causar impacto. O que se sabe é que na adolescência, ele era ninfomaníaco e usou e abusou das drogas. Mas logo casou e teve dois filhos. O primogênito Heavy Metal e o caçula Punk Rock.

Heavy Metal
Punk Rock

No meio disso tudo, a vizinhança comenta que o Sr. Blues teve um namoro sério com uma ativista política, e dessa relação surgiu o Rock, simples assim. Um rapaz afoito, naturalista e espontâneo. Nunca teve papas na língua e dizia exatamente aquilo que pensava. Às vezes era muito relaxado, tentou ser igual ao pai, mas não teve sucesso nessa tentativa e se frustrou. Surgindo daí um sentimento de revolta meio contido, que só era observado nas entrelinhas.

Dependendo do seu humor, ele não tá nem aí para nada. Fala de igualdade e exalta ideias comunistas. Este teve dois filhos com uma namorada linda e problemática. O Grunge e o Hard Core.

O Hard Core adora andar de skate pela casa, quebrando tudo, porém é um cara organizado, gosta de filmes de surf e tem o corpo todo tatuado. Às vezes fica meio EMOtivo e reclama muito da vida, mas todos sabem que é por causa da namorada que o trai o tempo todo.

Grunge

O Grunge é melancólico por natureza, também reclama muito da vida. Está na puberdade e por isso a sua voz desafina constantemente. Ele costumava levar a vida de uma forma suicida, anda dizendo para todo lado que nada importa…nevermind!!

Heavy

O Heavy Metal é um alcoólatra fortão, cheio de tatuagem de caveira pelo corpo. Adora andar a toda velocidade na sua Harley Davidson. É uma aficionado pela Mitologia Nórdica, Ocultismo e odeia a Igreja Católica. Alguns dizem que ele tem um pacto com o Diabo. Pois tem uma voz grave, mas quando grita, fica tão aguda que é capaz de quebrar os vidros do espelho. Tem fama de malvado, mas na verdade, não é. Trata-se de um cara gente boa, que se dá bem com todo mundo. Ele teve vários filhos: Thrash , Melódico, Prog Metal, Death, Black, Doom, Gothic, todos são muito unidos.

E isso aí, demos uma viajada, mas o que importa é que amamos o Rock and Roll. O estilo é fundamental para nós e nossos amigos. Costumamos comparar o Rock com o Universo. Os dois estão em constante expansão e em alta velocidade. Dizem por aí que o Rock morreu, ele nunca morre, só está em constante mudança, assim como nossas vidas.

É o velho lance de superar momentos difíceis, voltar com força total. Assim Raul, o pai do rock nacional, inventou o termo “metamorfose ambulante”. Ele se descreveu como pessoa e usou isso para explicar o rock and roll. O rock é imortal, ele nos salva da mesmice, basta protegê-lo de mãos erradas. Enfim, viva o rock and roll!

*Texto escrito há 10 anos a quatro mãos por mim, Elton Tavares e André Mont’Alverne, nosso antigo colaborador.

As memoráveis férias de julho em Macapá e a babaquice de quem não sabia curtir

Começou o mês de julho. Em outra época, o período mais aguardado pelos jovens amapaenses. A galera que não viajava tinha a oportunidade de rever os amigos. A maioria deles, estudantes que moravam em vários estados do Brasil. Era aí que rolava a troca de informações culturais e a indignação. Nós inventávamos festas divertidíssimas, com muito rock e birita barata. Oh “ajuntamento” paidégua aquele.

Alguns amapaenses, mais exigentes e com a memória fraca, ficavam mordidos com o fato de Macapá não mudar. Eles falavam que não tinha isso ou aquilo, que a cidade onde moravam era o máximo, que todos lá eram legais e blá, blá, blá. Era aquele velho papo para encher os olhos e ouvidos de quem nunca saia daqui, era mais para aparecer, pois a maioria terminou os estudos e voltou para cá, onde as oportunidades ainda são grandes.

Mas também tinha a galera que notava todos os contras de nossa terra, mas não dava importância, pois estavam felizes de estar com a família e amigos. A mudança de comportamento dessas pessoas era de acordo com sua personalidade, os legais saíram daqui e voltaram cheios de novidades, ideias e muita vontade de mudar Macapá para melhor.

Já os pregos, chegavam torcendo o nariz e (pasmem) até mudavam sua forma de falar, com sotaques e vícios de linguagem das respectivas cidades onde moravam. Sabemos que, em alguns casos, é normal que pessoas absorvam o linguajar do local onde moram, mas a maioria deles era pura falta de personalidade mesmo.

Tinha cada figura. Nós éramos rotulados de loucos, pois escutávamos rock e fazíamos o que dava na telha. Fomos alvo de uma moçada “careta” que fazia o tipo politicamente correta. Até esses patetas irem estudar fora do Amapá. Foi um choque para eles, teve santa que virou loucona, teve prego que virou safo. E vice-versa, etc.

Alguns, que eram babacas, viraram caras legais e outros, que eram legais, se tornaram chatos esnobes. Parecia muito com o papo do Douglas, aquele personagem do ator Bruno Garcia, no filme “Lisbela e o Prisioneiro”.

Douglas era um pernambucano, que se esforçava para falar com sotaque carioca, pois tinha passado um tempo no Rio de Janeiro e ao voltar para sua cidade natal, desdenhava de tudo, pois as coisas boas se passavam no “Rio di janêiro”. A grande febre dos anos 90, na capital amapaense, foram as boites e barzinhos. A noite ficava mais agitada, todos estavam afim de diversão (é incrível, mas tinham mais opções que hoje).

Foi uma época em que a vida noturna local era muito mais badalada (não sei se essa opinião é a confirmação de que estamos ficando velhos). O mais legal eram as festas. Rolavam muitas festinhas nas casas, reuniões de amigos, regadas a rock e vinho barato.

Já tivemos “julhos memoráveis”, eventos marcantes como o Dia Mundial do Rock, noites no antigo Mosaico e quando inventamos o Lago do Rock (para combater a micareta), som legal e companhia paidégua. Nostálgico!

Casos e mais casos engraçados. Conhecemos tanta gente assim, mas o melhor das férias de julho, quando não viajávamos, era rever os amigos, a maioria deles não era como as que citamos neste texto. Eles amam este lugar tanto quanto nós e ficavam felizes em estar conosco, os provincianos enraizados por vontade própria (risos).

Elton Tavares

*Crônica de 2010, republicada por ser julho.

Coletivo Pulso Norte: bandas de Rock Autoral do Amapá se unem para fortalecer o movimento, lutar por causas sociais e temas da saúde mental de jovens

O Amapá tem uma porrada de bandas autorais fazendo um som de primeiro. Bandas como Dezoito 21, Stereovitrola, Tia Biló, VM Rock, Mini Box Lunar, Jonny Bigode, Nova Ordem, Degrau Norte, Hey Jack e Wedson Castro, já gravam o som próprio há décadas na tentativa de fortalecer o cenário local, algo nem sempre muito prático.

As bandas tem feito um trabalho cada vez mais profissional possível. Com ajuda da tecnologia e a possibilidade se produzir e gravar o som autoral em estúdios aqui mesmo no estado, um sonho antes distante se tornou realidade.

E a novidade tem sido a união dessas bandas deixando de lado a velha cultura da disputa e depreciação do trabalho uma da outra, (um aspecto mesquinho) para fortalecer o movimento local. Assim como muitas bandas se unem lá fora, em outros estados, no Amapá essa estratégia também já tem dado certo.

Com uma energia surreal entre os integrantes das bandas e muita vontade de concretizar um projeto, surgiu o “Coletivo Pulso Norte”. Com a meta inicial de fortalecer e valorizar o trabalho autoral das bandas de Rock amapaense, além de buscar a formação de público. É já tem bandas por aqui com uma boa galera curtindo e cantando algumas músicas autorais.

Mas, as ideias começaram a fluir e projetos foram surgindo a cada novo encontro. Já tem um grande festival marcado para acontecer nos dias 30 de junho e 1 de julho, no Taberna Pub, no Centro de Macapá reunindo dez bandas.

É isso, após vários encontros e reuniões, o “Coletivo Pulso Norte” quer deixar marcas profundas indo além das tocadas. O movimento do rock alternativo autoral vai colocar em prática vários projetos, na capital do estado e também no interior. A ideia é levar qualificação através da iniciação musical em escolas e associações de bairros. Realizar rodadas de conversa ao som das bandas em áreas periféricas, nos bairros cercados por pontes. Sem falar do objetivo de colocar em discussão questões que afligem os jovens amapaenses, como problemas psicológicos, ansiedade, depressão e a falta de oportunidade.

É o Rock And Roll autoral do Amapá fazendo história. E quem tiver a fim de curtir o som dessas bandas, já têm Playlist rolando por aí, em todas as plataformas digitais. Afinal, você que curti o velho e bom som das guitarras, contrabaixo, bateria e um bom vocal com letras e temas relevantes, precisa valorizar o que é nosso.

Sem esquecer de ir aos shows das bandas locais, para conhecer e valorizar o trabalho. O “Coletivo Pulso Norte” tá realizando o 1º Festival. Serão dois dias, com 10 horas de muito rock do meio do mundo.

Serviço:

Tarberna Pub (Avenida Padre Júlio, 864 – Centro Macapá)
Início as 21 horas.
Ingressos antecipados: R$ 20,00
Norte Rock (Gardem e Vila Nova Shopping), Taberna Pub, Escola de Música Acordes e no Cerimonial Rock Bar.
30 de junho Bandas: Tia Biló, Stereovitrola, Degrau Norte, Wedson Castro, Dezoito 21
01 de Julho Bandas: Jonny Bigode, Mini Box Lunar, Hey JeCk, VM Rock, Nova Ordem.

Apoio: Duas Telas Produtora Cultural.

Assessoria de comunicação

Sir Paul McCartney completa 81 anos. Parabéns ao mitológico Beatle!! @PaulMcCartney – #HappyBirthdayPaulMcCartney

Foto: site do artista

Sou fã de muitos músicos e compositores, brasileiros e gringos. Um dos maiores da música mundial, Sir Paul McCartney, que hoje completa 81 voltas em torno do sol neste décimo oitavo dia de junho. Um gênio e ícone do Rock que embalou muitos momentos felizes de várias gerações.

Apesar de amar Led Zeppelin, Pink Floyd e Rolling Stones, entre outros monstros do Rock, para mim, os Beatles foram e sempre serão os maiores deste, que é o melhor estilo musical do mundo e da história da música. Eles revolucionaram tudo e influenciaram os últimos 60 anos seguintes em todo planeta. O legado da banda é incalculável.

Uma placa relembra as palavras de Lennon sobre a data: “Aquele foi o dia, o dia que eu encontrei Paul, que as coisas começaram a se mover” – Foto: Pablo Miyazawa

Há 65 anos, no dia 6 de julho de 1957, John Lennon, com 17 anos, e Paul McCartney, com 15 anos, foram apresentados em Liverpool (ING). Encontro, que originou a maior parceria da história da música, ocorreu na na igreja de São Pedro, antes do show da banda The Quarrymen.

Claro que eu gostava mais do Lennon e do George, mas quem explodiu na carreira solo (Ringo também tá vivo e tocando, mas sucesso mesmo valendo, foi o Sir), de fato, foi Paul McCartney e ele tá aí até hoje botando pra quebrar.

McCartney é um expert em escrever belas melodias. Ele entrou no “Guinness Book” há mais de duas décadas como o cantor e compositor mais bem sucedido em toda a história da música, com mais de 43 singles que chegaram ao topo das paradas e 100 milhões de discos vendidos. Paul fez alguns show no Brasil e eu não vi nenhum deles, mas não perdi as esperanças, pois o mitológico ex-beatle é PHODA!

“De todas as pessoas que eu conheci, a mais especial foi provavelmente Paul McCartney. Claro, eu era fã desde que tinha catorze anos. Mas o que vou falar com ele? É como tentar conversar com Deus. Por onde começar? ‘Oh, então você fez a terra em sete dias! Como foi?’ Estávamos na festa de aniversário de Elton John. Paul de um lado, Sting de outro e Elton à frente. Era como se eu tivesse morrido e ido pro Céu do Rock. Mas sou imprestável quando preciso conversar com pessoas que admiro. Gravei uma música dele e então, de repente, chegou uma carta, dizendo: “Obrigado por não roubar “Fine Line”, Ozzy”. Foi impossível tirar o sorriso do meu rosto por vários dias” – Ozzy Osbourne, no livro “Eu Sou Ozzy”.

Cantor Paul McCartney durante show no Estádio Allianz Parque Eduardo Anizelli/Folhapress

Gratidão ao ex-beatle e parabéns pelas suas oito décadas e um ano de vida (que vida!) e mais de 60 anos de Rock. Enfim, por tudo que representa este espetacular artista, ele merece nosso reconhecimento e respeito. Paul, um dos deuses do Olimpo do Rock and Roll. Feliz aniversário, McCartney!!

Elton Tavares, com informações de revistas, sites e meus mais de 36 anos escutando som bacana. 

O breve relato sobre a Little Big, a saudosa banda de skatistas de Macapá – Crônica de Elton Tavares

As lembranças do Facebook me trouxeram uma foto da saudosa banda Little Big. Na postagem, os componentes do grupo e brothers das antigas contavam causos e marcavam um reencontro. Aí bateu a nostalgia e resolvi republicar este texto. Saquem:

A primeira formação da Little Big foi com Antônio Malária, no vocal, Ronaldo Macarrão, no contrabaixo, Tibúrcio, na guitarra, e Paulo Neive, na bateria. Todos skatistas.

A banda quase acabou com a saída de Tibúrcio. Patrick Oliveira (hoje líder da stereovitrola) assumiu este posto de forma brilhante. Houve um rodízio na cozinha da Little. A bateria contou com participações do Zico, Ricardo Kokada e Kookimoto, mas quem emplacou mesmo foi o Mário (não lembro o sobrenome do Mário e nem sei por onde ele anda, mas o cara tocava muito).

Eles tocaram juntos da segunda metade dos anos 90 até meados de 2002. Era a banda que mais agitava o rock and roll em Macapá.

A Little foi a banda de garagem mais duradoura e badalada daquela época (certeza de casa cheia onde os caras tocavam). No repertório, tinha punk, indie, hardcore e manguebeat. Chegaram a desenvolver um som próprio, com composições do Antônio Malária, um flerte com o batuque e marabaixo, misturados ao rock.

A banda ganhou força com a percussão de Guiga e Marlon Bulhosa. Inspirados, chegaram ao topo do underground amapaense com as canções autorais “Baseados em si”, “São Jose”, “Beira mar” e “Lamento do Rio”. Quem viveu aqueles dias loucaços lembra bem do refrão: “Eu sou do Norte, por isso camarada, não vem forte”.

 

A banda embalou festas marcantes do nosso rock, teve seus anos de sucesso pelas quadras de escolas, praças, pista de skate, bares (principalmente o Mosaico) e residências de Macapá. Quando os caras executavam “Killing In The Name“, do Rage Against The Machine, a casa vinha abaixo. Era PHODA!

Era rock em estado bruto, sem muitos recursos tecnológicos ou pedaleiras sofisticadas. Os caras agitavam qualquer festa. Quem foi ao Mosaico, African Bar, Expofeiras, Bar Lokau, festas no Trem Desportivo Clube e Sede dos Escoteiros, sabe do que falo.

Vários fatores deram fim à Little Big, como desentendimentos internos e intervenção familiar. Eles não estouraram como banda autoral porque não tiraram os pés da garagem.

Em 2012, os caras se reuniram e tocaram em uma festa, mas eu perdi a oportunidade de vê-los, pois estava indo para Laranjal do Jari a trabalho. A Little Big agitou as noites quentes de Macapá e embalou os piseiros de uma geração. Uma banda que faz parte da memória afetiva de muitos amapaenses roqueiros e já quarentões. E foi assim.

De um tempo que fomos para sermos o que somos” – Fernando Canto.

Elton Tavares

Sobre a saudosa Drop’s Heroína (primeira banda de Rock formada somente por mulheres do Amapá) – Crônica de Elton Tavares – *Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”

 

 

Ilustração de Ronaldo Rony

 

Crônica de Elton Tavares

A Drop’s Heroína surgiu do desejo das, então adolescentes, Rebecca Braga (vocal) e Aline Castro (guitarra). A proposta foi a de formar uma banda diferente, com uma agressividade teenage. Logo depois se juntaram à Lenilda (bateria) Cristiane no contrabaixo e Sabrina (guitarra base). Depois, a formação mudou várias vezes. Entraram Suellen no teclado e a última formação contou com Débora nos vocais e Dauci no baixo. A banda lutou contra o preconceito, já que era formada apenas por mulheres, algo nada convencional no Amapá, na década de 90.

A banda foi pioneira no feminismo do rock amapaense. Suas apresentações eram sempre porretas, dignas de um público fiel que seguia a Drop’s aonde quer que as heroínas fossem tocar.

A Drop’s não resistiu à saída da vocalista Rebecca Braga, tentou seguir em frente com uma substituta, mas a coisa não vingou. Apesar disto, a banda inspirou outras meninas e escreveu uma página importante do nosso rock. Ao primeiro grupo roquenrou formado por mulheres de Macapá, nossas saudosas palmas.

Em 2012, no extinto bar Biroska, rolou a festa “Noventinha”, com shows das bandas Little Big (eles não tocaram, mas isso é outra história), Drop’s Heroína e Os Franzinos – todas da mesma época. Infelizmente não fui, pois estava no município de Laranjal do Jari, a trabalho. Uma pena.

Enfim, essa foi uma história vivida por muitos que viveram o rock amapaense há mais de duas décadas. Aqueles anos ficaram guardados na memória e no coração de todos.

É, vez ou outra “mascamos o chiclete Ploc da nostalgia”, como diz Xico Sá.

Falando em citações, existe uma que define a amizade que os integrantes das Little e Drop’s têm até hoje: “bandas são mais que ajuntamentos de músicos, são reuniões de alma” – Jimmy Page.

*Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, de minha autoria, lançado em novembro de 2021.